Anarquistas, graças aos Otários
Sempre que faltar sensibilidade, discernimento e bom senso na interação humana, compensam criando uma lei.
São miríade de leis, artigos, parágrafos, incisos, medidas provisórias, decretos para nada; e nada de cumprimento de leis, artigos, parágrafos, incisos, medidas provisórias e decretos em vigor para tudo, os quais deveriam ser exercidos em prol da igualdade e justiça de todos; porém entre o que se escreve e o que se pratica, existe o egóico poder. Com a palavra, desembargadores, engenheiros, humanistas, políticos, médicos, poliglotas, etc, etc, etc.
Se contabilizado a olhos vistos, provavelmente tenha mais leis na constituição brasileira que abonam os erros e defendem os nobres, que palavras na Bíblia.
Em um sistema tomado pelo ranço da corrupção, impunidade e safadeza, quanto mais leis, mais as moscas esbaldam, barganham, escambiam a carne podre.
Abaixo a mixórdia democrática de direitos e suba a imposição do Dever. Dessa maneira, quem sabe o direito passe a ser a resultante do dever cumprido.
Em estado de graça, o Bobo dirigiu-se ao Rei, afirmando: “Tu não devias ter ficado velho, antes de ter ficado sábio.”
Será que William Shakespeare já sabia que poder e aposentadoria serviriam somente para alimentar a safra futura de vagabundos e anarquistas espertos?
Filho, político, funcionário e amigo: enraizou em casa, no poder ou na empresa, mandam e desmandam nos patrões; afinal, os gregos otários postularam que democracia é poder da maioria. Claro que no tempo deles, porque atualmente está difícil de impor ordem, disciplina, hierarquia e trabalho, visando o progresso iqualitário e a justiça comum.
Certamente, assinado pela democracia do direito adquirido, não há outro país com tanta corrupção e mandatários no mundo, que o Brasil.
Por fim, reis, otários, bufão e bobos pertencem a mesma legião de anarquistas, que de bobo salvador da pátria, não tem nada. Joaquim José da Silva Xavier, o mártir inconfidente Tiradentes, foi outro. Por aqui, sobraram os traídores da honestidade; e pule fora do soçobrado Titanic, salve-se o honesto anacrônico que puder.