O que esperamos da vida?
O que temos pedido para a vida?
Quais têm sido os nossos maiores desejos, sonhos, solicitações, nos dias atuais?
Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.
Os egoístas exigem todas as satisfações somente para si.
Os ditadores solicitam atenção exclusiva para seus próprios caprichos.
Os vaidosos querem louvores, reconhecimento.
Os invejosos exigem compensações que não lhes cabem.
Os despeitados solicitam considerações indevidas.
Os que nada fazem, nada produzem, pedem prosperidade sem esforço.
Os tolos reclamam divertimentos sem preocupação de serviço.
Os revoltados reclamam direitos sem deveres.
Os extravagantes exigem saúde sem manterem cuidados.
Os impacientes aguardam realizações sem bases.
Os insaciáveis pedem todos os bens para si, esquecendo as necessidades dos outros.
Essencialmente, porém, tudo isso é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou exclusivamente à posse passageira das coisas momentâneas.
Importante, então, vigiar o plano dos nossos desejos.
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O que temos pedido à vida?
Importante recordar que não sabemos o momento da viagem de volta, e que o retorno se faz sem bagagens visíveis ou palpáveis.
Reflitamos sobre nossas prioridades, sobre tudo aquilo que anda preenchendo o campo de nossas solicitações, desejos e pretensões maiores.
Saber pedir é uma arte. Nossos desejos revelam quem nós realmente somos e ao que damos mais valor.
Questionemos igualmente: o que temos oferecido à vida?
Que contribuição temos dado ao mundo, aos que estão à nossa volta?
Que pensamentos temos emitido para a existência abençoada? São de gratidão ou de revolta, em sua maioria?
Qual tem sido a utilidade das nossas mãos para a harmonia do globo?
São mãos que permanecem mais em rogativa do que no trabalho? São mãos que mais separam do que ajuntam? São mãos que mais violentam do que consolam?
E como temos empregado os nossos olhos?
Nosso olhar é aquele que mais condena do que conforta? Nossos olhos valorizam mais o mal do que o bem? Nossa vista anda insensível ou atenta às necessidades do próximo?
O que temos oferecido à vida?
Somos cooperação ou fardo? Somos entendimento ou discórdia? Mais apego ou libertação?
A inteligência desenvolvida nos fez grandes cobradores de nossos direitos. Porém, como andam os nossos deveres?
O fato de muitos dos nossos direitos não estarem sendo atendidos a contento, não nos concede razão para não cumprirmos nossos deveres.
Se o mundo não nos respeita como desejaríamos não significa que possamos desrespeitar o mundo da mesma forma. Pelo contrário. Só uma atitude nobre e antagônica pode colocar fim nos ciclos de relações infelizes que ainda predominam no planeta.
Peçamos força, equilíbrio, saúde e paciência. Não nos imaginemos sós em nossas lutas importantes. E ofereçamos para a vida sempre o nosso melhor, independentemente do que o mundo e a existência nos ofereçam.
Redação do Momento Espírita, com citações do cap. 35,
do livro Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 23.4.2020.