A PASSAGEM DAS ESTAÇÕES NÃO MAIS RENOVA A ESPERANÇA
A PASSAGEM DAS ESTAÇÕES NÃO MAIS RENOVA A ESPERANÇA
Foi-se o tempo em que eu via o florir da primavera, como prenúncio do verão, junto com o desabrochar das flores, favorecendo a bilração da natureza.
Também já foi o mesmo tempo em que nós tínhamos o outono das colheitas, logo antes que o frio nos abraçasse com a chegada do inverno, tão propício ao resguardo e nossa querência de um chá, um bate-papo e os cuidados e aconchegos inerentes ao período.
Os tempos modernos foram deverasmente impactados pelo avanço das tecnologias, criando manias que não têm relação com algo que vem desde um passado não tão remoto, mas que são consequências de ardis midiáticos, que são como ratoeiras mortais e não como o colo materno, que não é contemporâneo, mas é conterrâneo do celeiro de Cristo, onde a manjedoura nos mostra o mais importante, que nos chega pelo seio de uma família ou um clã, tão distante das trilhas que levam à esbórnia insana.
Como poderemos renovar nossas esperanças, se não temos mais noção de tempo? Pois os dias passam rápido e sem sentido, sob a insuflada pulsação do coração do nosso planeta, como está posta na Escala de Schumann.
E esse vácuo temporal, que domina a nossa compreensão do enredo místico da vida, vem solapando as nossas virtudes de convívio social harmônico, nos imputando um ritmo selvagem de enfrentamento, em que tudo passa a ser motivo de contendas pessoais e conflitos sociais, cada vez mais descontextualizados de razões que tenham relevância para o futuro que precisamos idealizar, não só em nossos sonhos, mas o futuro pautado na construção de uma sociedade de paz, respeito e tolerância.
Há um imperativo em nossas vidas, as quais não devem ter relação com as guerras, torturas, escravidão e ganância, que nos impulsiona a navegar no curso dos rios sociais que se imbricam no grande delta das nossas existências, tendo como vetor direcional o caminhar paulatino que nos guie para um almejado paraíso, lutando contra tudo que gere desigualdade entre iguais e tolerando a diversidade étnica e cultural de todos os seres humanos.
Afinal, a vida nasce e floresce até onde a esperança já não encontra um terreno adequado, pois embora finita, a vida se recria e renasce a todo momento, se tivermos obstinação pela eternidade.
Publicado no Facebook em 19/08/2019
A PASSAGEM DAS ESTAÇÕES NÃO MAIS RENOVA A ESPERANÇA
Foi-se o tempo em que eu via o florir da primavera, como prenúncio do verão, junto com o desabrochar das flores, favorecendo a bilração da natureza.
Também já foi o mesmo tempo em que nós tínhamos o outono das colheitas, logo antes que o frio nos abraçasse com a chegada do inverno, tão propício ao resguardo e nossa querência de um chá, um bate-papo e os cuidados e aconchegos inerentes ao período.
Os tempos modernos foram deverasmente impactados pelo avanço das tecnologias, criando manias que não têm relação com algo que vem desde um passado não tão remoto, mas que são consequências de ardis midiáticos, que são como ratoeiras mortais e não como o colo materno, que não é contemporâneo, mas é conterrâneo do celeiro de Cristo, onde a manjedoura nos mostra o mais importante, que nos chega pelo seio de uma família ou um clã, tão distante das trilhas que levam à esbórnia insana.
Como poderemos renovar nossas esperanças, se não temos mais noção de tempo? Pois os dias passam rápido e sem sentido, sob a insuflada pulsação do coração do nosso planeta, como está posta na Escala de Schumann.
E esse vácuo temporal, que domina a nossa compreensão do enredo místico da vida, vem solapando as nossas virtudes de convívio social harmônico, nos imputando um ritmo selvagem de enfrentamento, em que tudo passa a ser motivo de contendas pessoais e conflitos sociais, cada vez mais descontextualizados de razões que tenham relevância para o futuro que precisamos idealizar, não só em nossos sonhos, mas o futuro pautado na construção de uma sociedade de paz, respeito e tolerância.
Há um imperativo em nossas vidas, as quais não devem ter relação com as guerras, torturas, escravidão e ganância, que nos impulsiona a navegar no curso dos rios sociais que se imbricam no grande delta das nossas existências, tendo como vetor direcional o caminhar paulatino que nos guie para um almejado paraíso, lutando contra tudo que gere desigualdade entre iguais e tolerando a diversidade étnica e cultural de todos os seres humanos.
Afinal, a vida nasce e floresce até onde a esperança já não encontra um terreno adequado, pois embora finita, a vida se recria e renasce a todo momento, se tivermos obstinação pela eternidade.
Publicado no Facebook em 19/08/2019