O QUE O BRASIL QUER DE SEU POVO?

O QUE O BRASIL QUER DE SEU POVO?

O que será que os espíritos das florestas, rios, pântanos, ravinas, pampas, caatingas, montanhas, vales e praias pensam sobre o ser que se apossou de tudo que há no mundo?

Em especial, o Brasil, que pulsa o coração de seu solo por um ser humano que lembre com maior carinho da existência do seu próprio lar, já que brindou a todos os hominídeos com seus cantos e encantos naturais, que teve sedimentado não só o solo, mas vivencia uma etapa geológica em que estamos sobre uma placa continental bastante estável no tocante a tremores de terra, terremotos, maremotos, fendas vulcânicas em atividade ou outros tipos de incidentes impróprios para a vida, à exceção do perímetro da caatinga quase toda nordestina, que sofre com a ação das correntes de ar e umidade baixa, resultantes dos "el nino" e "la nina", com seu atuar no oceano atlântico.

Mesmo na caatinga, desde que melhor utilizada e dinamizada as suas potencialidades, podemos também dizer que esse convívio e sobrevivência pode ser decantado não só em versos e prosas, mas ser prazeroso e lúdico.

Mas e a parte que cabe ao povo brasileiro, como a tocante à sua responsabilidade de conservar limpa e organizada a sua moradia? Afinal, a sua real moradia templária é o conjunto geográfico do nosso País, que também é um pulmão, celeiro e aquífero do mundo.

Ou seja, a nossa responsabilidade é bem maior do que se possa imaginar, pois junto com o bônus da esplêndida natureza, vem o ônus de sabermos usar e preservar esse espaço que é a fonte que abastece a cornucópia da vida terrestre. E não nos é dado o luxo de sermos egoístas, como resposta a um planeta que foi bastante autruísta para conosco.

E voltamos à questão primordial: O que o Brasil quer de seu povo? E é preciso que entendamos a amplitude desse querer, pois não cabe só a uma classe social, mas ao seu conjunto inteiro, pois nenhuma classe pode se ver como ilha, mas sim como parte de um continente. Ou seja, não pode haver isolamento de grupos que se achem com primazia em relação a outros grupos sociais. O estado momentâneo de riqueza ou pobreza financeira não pode fazer um ser humano desprezar seu semelhante, mesmo que não sejam parte de seus clãs familiares. O que o Brasil quer e precisa de modo mais contundente é que nos reconheçamos como um país jovem, forjado por uma heterogeneidade étnica, social, religiosa e cultural, que precisa se harmonizar para conviver e garantir um futuro mais alvissareiro, pois o resto é a natureza solo-vegetal e climática que nos propicia, já que aqui temos uma máxima que diz: "em si plantando, tudo dá!".

Não é à toa que, é no Brasil que vemos culturas produzirem, durante todo o ano, as frutas, verduras ou leguminosas que em outros continentes ou países só podem ocorrer sazonalmente. E isso é um prêmio que não podemos esquecer jamais. O que nos dá realmente a clara responsabilidade de aprimorarmos nosso modo de usufruto, para brindarmos com o mundo as melhores taças de champanhe do bom viver.

Por isso, após tantos anos e décadas de descaso social, passamos por um momento crucial de nos posicionarmos com mais robustez de caráter no tocante às escolhas que estaremos sufragando com nossos votos em outubro de 2018, pois está mais do que na hora de o povo brasileiro tomar as rédeas da sua carruagem, extirpando da liderança política os que a usam apenas para benefício próprio ou de pequenos grupos, pensando e agindo por um futuro coletivo, plural e fraterno.

O Brasil está cansado de ser manipulado por uma elite que proclamou a República, mas ainda se sente como realeza, fazendo dos demais brasileiros os seus eternos escravos servis, sem escrúpulo algum.

Publicado no Facebook em 29/05/2018