Vento, Brasil adentro!

Os ventos arribaram as saias;

Ouriçaram os cabelos das árvores;

E cantaram réquiens nos ouvidos dos prédios

Faço a todos os deuses, deusas, reis e rainhas saber, que as verdades sopradas pelos ventos neste artigo não contém uma ínfima gota de seriedade. Portanto, qualquer alteração de humor, durante e após a leitura deste, é por conta e risco do leitor. Sugiro, então, que pense bem a questão antes de lê-lo. Muito obrigado!

Ironicamente, no dia do Prof. mais uma fortaleza de prédio veio abaixo. Quais são as causas do acidente? Será por que as pessoas que construíram a magnífica, poderosa e imponente obra, não foram educandos e passaram por profissionais do ensino e educação desde a mais tenra idade? Provavelmente, não. Sei lá, entendi Patro, 3,1426... é o número admensional PI.

Certamente, não foi objeto de pesquisa e estudo de brasileiros. Também, para quê serve saber isso, se no passado, os geometras gregos se preocuparam em nos prover, mastigaram o conhecimento para nós?! Quando há necessidade, chamo o santo Google e ele que saia da casinha, e dance um tango argentino. Se o Papa argentino e Deus é por nós, quem será contra nós.

Existe outra hipótese mais provável para o desabamento: não havia nenhum familiar deles, mãe por exemplo, (de quem construiu) morando no prédio. Na dúvida, assinale as duas respostas.

Mudando de Zé para jacaré, homem para lobisomem, porque nada de conjecturas interessa-me, lá vai o vento, levantando as saias, tafuindo nas entranhas do Brasil, adentro.

Ventos, salinização, família, professores, médicos (preferencialmente os cubanos) advogados, políticos e ferragens é a combinação perfeita de materiais e ferramentas, do país que foi fecundado, ou cuspido, por acaso. Foi parido, puramente pela sorte e erro dos navegantes portugueses. Portanto, começou lá atrás, à mais de 500 anos, não desmoronamento do prédio, mas de todo o país.

Mais: com o avanço tecnológico promovido pelos gringos e o monte de faculdades à distância e presenciais de esquinas, Brasil é um país abarrotado de doutores, letrados, justas perguntas e injustas respostas, menos solução. E segundo o elementar da química, sem solução, a mistura não dará certo, nunca.

Dando continuidade aos nossos estudos à distância, sobre o elementar da química, 2 corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, ao mesmo tempo. Huuum, ou os móveis, animais domésticos, papagaios, calopsitas, sogras e os moradores-condôminos, ou a construção, propriamente dita, em pé; eis a explicacão e o porquê da ruína e desabamento do prédio.

O país continuará sendo uma sentença matemática com muitas variáveis e pouca esperança no ar. Todavia, é o país do futuro e celeiro do mundo. Louvado seja, o alemão que inventou a cerveja. Porque o futebol é dos ingleses e o samba, dos nossos amigos africanos, mas tudo, menos a responsabilidade, comprometimento e caráter, se desenvolveu e é priorizado no Brasil.

Iiiiça, que daqui um mês e meio, sol, praia, rede, água de coco, comida aos montões, champanhe na taça, ajuntamento familiar, braseiro, menino Deus. Fogos, assovios e palmas para o novo ano. Maestro Zezinho, com mil notas, uma cantoria repetida: "adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize, no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, corrupção nas mesas e prédios a desabar, para quem tiver pernas, sair em debandada e correr".

Boa, boa, maestros Mil-e-Cianos! Agora manda um sambinha do morro: "você com o revólver na cinta é um bicho feroz; sem ele, anda rebolando e até muda a voz". Excelente, palmas! Mais um versinho do saudoso Bezerra da Silva. Manda, manda, vai lá: "vou apertar, mas não vou acender agora...; se segura malandro, prá fazer a cabeça tem hora". Boa, boa; bate na palma da mão! É você Lombardi?!

Cidadania, internet, selfie, Faustão aos domingos, futebol na tv à tarde e a trágica cultura dos incautos, agente cultua o absurdo por aqui. Na falta de qualquer dos ítens citados, lá vai o samba do pirado vento, mirabolantes ciclones, prédios tombando, ninho de urubus incinerados, redemoinhos em tufões, lama escorrendo, fios de eletricidade incendiando boate, águas de mar empretecendo, barragens rompendo, vento vai, Brasil adentro.

No faz de conta nosso de todo dia, há poesia; exceto nas engrenagens que produzem corrupção e hipocrisia. À todo minuto, em toda família, em toda rodoviária, em todo estádio de futebol, em toda rodovia de mão dupla, todavia.

Não por acaso, Brasil é dezzzz; e por ser 10 caso, é uma falta de vergonha! Ôô nacionalidadezinha, ou melhor, ventos descarados que arribam as saias, mostrando a podridão do reino, sô!

Sorte de quem morreu antes, como fez Tim Maia, ex-síndico da cidade, que já foi maravilhosa; e atualmente, tanto aqui quanto no exterior, é piada infâme e jocosa.

De uma vez por todas, quieta, sossega vento! Vai atormentar as folhagens das àrvores, antes que elas sejam ceifadas, pois como sabeis, estão fadadas ao extermínio.

Sossega vento e não esparrame o fogo na floresta Amazônica.

Cronologicamente, didaticamente, antropofagicamente, funciona assim: as palavras que saem da ponta de minha pena sem pena, não são escritas; e se escritas, não são exercitadas .

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 16/10/2019
Reeditado em 17/10/2019
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