O sul é o nosso país

O SUL É O NOSSO PAÍS (Por Joacir Dal Sotto *)

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É natural que alguns brasileiros invistam contra o movimento democrático “O sul é o meu país”. No norte encontramos um povo com suas particularidades nobres, da mesma maneira que sudeste e centro-oeste possuem uma forma de expressão social intransferível, temos também que observar um nordeste que historicamente também é dono de parte do que é belo no Brasil. Ao sul não é diferente do restante da nação, ao sul tudo é intransferível e no momento é a soma positiva de todos os povos que mantém alguns com vontade de trabalhar pelo Brasil. Podemos criar leis ou transformarmos partidos políticos inteiros, o que não podemos é melhorar o Brasil diante linhas territoriais insustentáveis dentro de um sistema democrático moderno.

A proposta em separar o sul do restante do Brasil não é preconceituosa, não é elitista, não é racista, não é apenas por fatores políticos. Discutimos o que está no coração daqueles que integram tão nobre território do que hoje chamamos de Brasil. Está escrito que o movimento é pacífico, está expresso no olhar e nos gestos de cada membro tudo o que existe de legal nos documentos assinados pela nação brasileira frente aos princípios de liberdade que regem a humanidade. O projeto pronto do novo país que estamos criando será possível quando vencermos democraticamente em um plebiscito respaldado na autodeterminação dos povos, ou seja, na vontade do povo sulista de ter a própria constituição.

Alguns contestam o nosso movimento e em nossas reuniões não existe uma barreira para impedir a participação daqueles que querem conhecer sobre o movimento. Para quem não quer olhar na face de cada líder, é possível que entre no site do movimento, que busque por argumentos que quando contrários ao que pensamos serão respeitados. Estamos marchando respeitosamente, temos mulheres, temos jovens e idosos que querem tal independência, o que não temos é espaço para o ódio. Falar sem conhecer é anular qualquer tipo de discussão, quanto ao projeto pronto do novo país, temos que dizer que desde do início do movimento está sendo construído um projeto e teremos o projeto pronto quando os sulistas aprovarem democraticamente uma separação.

Uma série de eventos está sendo criada, estamos com adesivos e demais brindes com a marca do movimento sendo espalhados pelos três estados do que hoje chamam de Brasil. Queremos sim que a população se oriente, queremos é continuar apresentando ao sul tudo o que já é parte de uma nova realidade. A história é apenas uma prova de que quanto maior é a população mundial, maior é a necessidade que gestões locais entrem em sintonia com outras gestões, chamamos tão grande divisão do mundo de globalização, o que não impede o Brasil de comprar ou vender para um país do outro lado do mundo. Não temos o futuro para decidir, em nome da democracia é agora que chegamos ao limite, o limite é a divisão por razões tributárias, por razões que vão além de toda opressão imperial que povos sofreram e continuam sofrendo.

A discussão que não foi hoje aberta, é uma discussão democrática, é uma marca ao sul do Brasil que está vinculada aos justos sistemas internacionais que defendem os povos oprimidos por um sistema corrupto. Vamos mostrar nas urnas que o sul quer ser independente de um sistema centralizador, de um sistema que arrebenta com a classe empresarial e explora o trabalhador, de um sistema que afunda o povo em uma educação ruim e saúde precária. A mídia não mostra tudo o que o movimento tem guardado como documento de pesquisa, as pesquisas mostram que queremos constituir legalmente um novo estado que será parte da globalização. Quando duvidarem de nosso movimento que ouçam o que temos em nossas salas de debates, porém, não se deixem levar pelo preconceito, o preconceito é sim um artigo máximo da ignorância humana, o preconceito é uma tentativa de verdade absoluta sem que a livre expressão do pensamento seja aceita.

* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e secretário na comissão de Lages (SC) do movimento "O sul é o meu país".