ANALISANDO O PERFIL DE UM “DJ” AUTOMOTIVO
Torna-se algo muito previsível analisar o que se passa na cabeça de um imbecil que resolve abrir o porta malas de um automóvel e expandir toda a sua poluição sonora sem pedir licença. Pois, de antemão, já sabemos o que ele realmente deseja com essa atitude, que é somente se mostrar, se destacar entre os seus. Pensando assim, essa é a maneira mais “eficaz” que ele encontra de passar o seu recado de babaca para outros retardados de sua estirpe. Esperamos que isso seja apenas mais uma moda passageira.
Geralmente se trata de um sujeito pobre, que conseguiu a muito custo comprar um carro velho (por vezes, passou até fome pra isso), e que sente agora a necessidade de mostrar o que não é, baseado naquilo que não possui. É a ostentação, o desejo de se impor e de mostrar poder. Para tanto, instala um equipamento de som barulhento (muitas vezes procedente de roubo e o qual vale até mais que o próprio carro) e sai por aí, propagando a sua lixeira automotiva aos quatro cantos. Quando não é difundindo a desgraça do Funk, o DJ indesejável incomoda os ouvidos alheios com as necroses do momento denominadas de “arrocha”, forró estilizado ou até bem pior, como alguns ritmos imundos, oriundos principalmente da Bahia.
Uma pessoa com esse pensamento é na verdade, um ignorante de pai e mãe. É ainda um sujeito agressivo e brigão e que costuma "dialogar" na base do grito, utilizando quase sempre palavras de baixo calão. Na maioria dos casos, não passa de um reles empregado de uma firma qualquer e na qual vive sendo explorado. Ou talvez, seja algum autônomo que vive de vender porcarias ou de prestar serviços imundos e sem a menor qualidade. Portanto, para descontar a sua frustração, a vida miserável que supostamente leva, reúne-se com outros frustrados de sua mesma linhagem (alcoólatras, viciados, marginais, cornos...) e sai pregando a sua imundície sonora, parando o carro defronte de um barzinho pé sujo qualquer, onde consome cerveja barata com asa de frango.
A essa altura, a vizinhança local que se foda, entre os quais, muitas das vezes se encontram velhos, crianças, enfermos... o que importa para o palhaço DJ – pelo menos na visão dele – é ser o centro das atenções nesse momento. E não há argumento suficiente nessa hora que o faça mudar de ideia, a não ser por força da lei. É quando o cidadão de bem, seguro de seus direitos mais básicos, deve acionar a polícia, sem receio algum, ligando para o distrito mais próximo e de preferência, chegando dentro da própria viatura. Mostrando assim que, quem ri por último, ri melhor.
Seria viável agora, mais do que nunca, a implementação de leis específicas e que atendessem exclusivamente ao problema, como por exemplo, um projeto de lei que proibisse em definitivo a instalação de equipamentos de sons automotivos (pesados) em veículos de passeio. Ou que, ao menos, condicionassem a montagem desse tipo de aparelhagem ensurdecedora a uma prévia autorização do poder público. Uma solução drástica para um flagelo que só aumenta a cada dia.
Paulo Seixas, 14/01/2014