O JORNALISTA E A SOCIEDADE
Tomando como base o código de ética dos Jornalistas brasileiros, no qual estão inseridos todos os direitos e deveres desses profissionais, em nível nacional, podemos observar que todo profissional da área de comunicação no nosso país tem amparo institucional garantido. E não são poucas as suas responsabilidades, bem como as obrigações a serem cumpridas, em especial, no que se refere à veiculação de suas notícias.
O profissional da comunicação tem a obrigação e também o dever de relatar dados verídicos, sem poder inventar ou simplesmente, criar quaisquer matérias para vender jornal ou agradar aos seus “consumidores” de notícias. O Jornalista é o reflexo daquilo que a sociedade almeja, embora, por mais que não queira, acaba submetendo-se aos interesses capitalistas das empresas para as quais trabalham.
No passado houve Jornalistas que sempre agiram em favor dos ricos e privilegiados, independentemente do que venham a explicar hoje as modernas teorias comunicacionais. Um resgate dos conceitos de moral e ética que regiam a sociedade no final do século XIX, deixa claro a evidência de que sempre houve qualquer tipo de parcialidade da parte jornalística, até porque é impossível para um Jornalista escrever um texto sem de alguma forma deixar de imprimir sua marca ou expressar sua opinião.
Em tese, a verdade nunca deve ser negada ao leitor. O Jornalista deve ser independente e imparcial em seu juízo. Ele não produz conteúdo, apenas organiza as informações e cuida do processo de produção noticiosa. É considerado ainda um mediador na sociedade, mas não se limita a ser um espelho frio da realidade.
Segundo Renan Barreto, um estudante de comunicação e blogueiro, “O Jornalista é um trabalhador como qualquer outro, tem um poder incrível nas mãos, mas não pode inventar ou fazer um trabalho só com a cara dele.”
Lembrando, entretanto, que o Jornalista não é um especialista em nada, porém deve se esforçar a todo o momento para levantar dados necessários e precisos ao construir uma matéria. A negligência nos fatos, a omissão desmedida e até mesmo a ignorância comprovada em textos corridos, podem por em xeque uma possível carreira promissora, além de comprometer a credibilidade de qualquer profissional na área da comunicação.
Enfim, o Jornalista que se utiliza do bom senso e faz da sua profissão um meio digno, combinando ética com os princípios mais fundamentais, haverá de ser sempre um profissional exemplar. Afinal, esse deve ser o desempenho do Jornalista e o seu papel na sociedade.
Paulo Seixas, UEPB, 2011