PROFESSORES BRASILEIROS E DE SÃO PAULO, LEIAM ISSO: Resposta ao senhor Ioschpe

UM CÃO QUE LADRA, MAS NEM SABE POR QUE ESTÁ LATINDO

Quem é esse ser deprimente dedicado à difamação, que escreve artigos, atacando os professores, principalmente, os da rede pública? Gustavo Ioschpe escolheu os professores das escolas estaduais de São Paulo para atacar, com seus indecentes artigos típicos de alguém que desconhece a verdadeira realidade das escolas e o dia dia dos professores, o economista vem escrevendo uma porção de besteiras que denigrem a imagem dos professores. O economista em seus artigos absolve os verdadeiros culpados pelo caos do ensino público, ignora as políticas públicas equivocadas do governo, isenta os alunos, esquece-se dos pais e da sociedade, jogando toda a responsabilidade nas costas dos profissionais da educação, especialmente os professores, a quem atribui praticamente quase toda a culpa. Não é qualquer picareta que pode chegar como senhor e dono da verdade absoluta e escrever sobre a educação, precisa ser alguém cuja formação desde a base volta-se para esse assunto, não um economista formado numa área totalmente diferente, voltada para a aquisição de lucro.

Leia alguns trechos do artigo que saiu na Revista Educação:

Violência de quem para quem?

Gustavo Ioschpe inicia o seu artigo com uma pergunta autossugestiva, como que querendo dizer: “A culpa é do professor”. Pelo próprio título está claro que esse tal de Ioschpe está querendo dizer que a violência parte do professor. Bom, se para ele não é violência ser surpreendido ao entrar numa aula lotada com 53 alunos e ouvir a velha pergunta “De novo professor?” ou “Por que o senhor veio?”, ou “Não passa nada hoje não professor”, e até ouvir um “Ai mano, vamo ficá de boa, sem matéria hoje hein” em tom ameaçador, se isso não é violência, então, esse tal de Ioschpe está por fora. Claro, a violência já começa no jeito de receber o professor, que às vezes dá vontade de responder ao se deparar com a pergunta “Por que você não faltou?”, com outra pergunta: E você, aluno(a), por que você não ficou em casa, porque eu vim trabalhar, exercer dignamente a minha função? Por vezes temos que dizer a tais alunos que vieram para incomodar e atrapalhar a aula, que eles não deveriam atrapalhar o nosso trabalho, porque, nenhum professor sai de casa e vai atrapalhar o pai deles ou eles no serviço, e que trabalhar da melhor maneira possível, seguro e sem ser perturbado por desocupados, é um direito do profissional, já o de freqüentar as aulas, exigir mais do professor é um direito deles. É dever do professor dar a aula e direito do aluno tê-la, e é direito do professor ter tranqüilidade no exercício da sua função, ao mesmo tempo é dever do aluno executar todas as atividades, esperar o professor na sala, permanecer na sua cadeira na troca de aula, porém, às vezes, dez a vinte minutos depois do professor entrar ainda estão chegando alunos que ficam fumando e passando drogas nos banheiros ou fazendo algazarra pelo corredor.

Veja como Ioschpe começa a sua matéria:

“O despreparo e a incompetência dos professores deixam marcas profundas e duradouras: a ignorância do aluno e sua evasão”

O cara chama todos os professores de incompetentes. Veja que o aluno não evade por causa de drogas, falta da presença efetiva dos pais, necessidades financeiras, porque sofre bulyng e ainda diz Ioschpe que a ignorância do aluno não tem nada a ver com o que acontece em sua comunidade, mas sim na escola. O aluno não fica em casa sozinho, não fica jogando videogames violentos como “Mortal Kombat” para depois fazer o mesmo na escola, o aluno não está exposto à mídia que ensina coisas horríveis e coisas boas, ele não está em contato com o tráfico, não fica jogando bola o dia todo na rua sendo aliciado pelas bocas de fumo etc. O aluno está evadindo e se tornando ignorante por causa dos professores!

Parabéns senhor Ioschpe, o economista encontrou o culpado!

Veja outro trecho:

“Cada vez mais tenho ouvido e lido reclamações de professores e diretores das escolas brasileiras a respeito do problema da violência na sala de aula. Histórias macabras de alunos ameaçando professores, xingando-os, causando depressão e neurose nos mestres, que assim, ficariam impossibilitados de exercer o ofício. Por um terrível desvio da minha personalidade, cada vez que vejo um consenso formado sobre um assunto que soa um pouco exótico fico em dúvida e começo a buscar evidências para tentar pensar sozinho.”

Senhores Diretores e professores..., vocês são uns bandos de retardados. Estão todos errados! É isso que Ioschpe quer dizer ao falar sobre as reclamações desses profissionais. As histórias “macabras” são um exagero, os xingos, a depressão e as neuroses são mitos, está tudo bem, estão inventando coisas! É isso que esse economista está querendo dizer, ele chama todos os profissionais da educação que atuam nas escolas estaduais de São Paulo de mentirosos.

Claro, senhor Ioschpe, não é a tua cabeça que está a prêmio. Escrevendo de um avião de luxo com seu Notebook Apple é fácil, queria ver você vir na periferia com essa pose de burguês e enfrentar alunos em regime de liberdade assistida, e depois sair ileso sem um risco em seu carrão importado. Com certeza, perderia até os sapatos! Graças a Deus, em 20 anos de sala de aula, enfrentando tudo isso, nunca tive problemas, porque, aprendia a lidar com os “manos”. Já o senhor economistazinho não poderia dizer o mesmo, a final nem sabe como é entrar numa sala de aula numa escola com cerca de 1000 alunos, sem uma estrutura atraente e com professores às vezes fazendo até papel de inspetor e de merendeira, tentando conciliar as coisas por falta de funcionários.

Veja outro trecho:

“Quando perguntamos ao Sistema Nacional da Avaliação Básica (Saeb), os professores revelaram que 13% já haviam visto, em toda a sua carreira, alunos sob efeito de drogas ilícitas. Só 4% disseram já ter visto alunos com armas brancas e 3% com armas de fogo. A mesma pesquisa revela que só 5,5% dos professores já foram ameaçados por um aluno e apenas 0,7% dos professores já foi efetivamente agredido por um aluno. Isso em toda a sua carreira. Se imaginarmos que a média de permanência na carreira é de 10 anos, significa que a cada ano 5,4% dos professores é ameaçado e 0,07% dos professores é agredido.”

Sabe o que esse tal de Ioschpe não diz? É que nessa pesquisa apenas alguns professores preencheram os formulários com as questões sobre o assunto, pois é uma minoria de professores que aplicam as avaliações para os alunos, e estes mesmos professores tem que responder sobre isso, logo não são todos. Eu não respondi, nem fui perguntado sobre isso. É possível que há relatóris que foram preenchidos por diretores que não queriam passar uma imagem obscura de sua escola. Não foi a maioria dos professores que responderam o Saeb, e sim uma minoria. Eu não preenchi nenhum questioário ano passado, a única coisa que fiquei sabendo é que a diretora de uma das escolas onde trabalhei tinha que entregar um relatório final sobre a escola, mas ela enrolou tanto, que esperei por uma hora ao final das aulas e o relatório não saiu, acabei indo embora, pois tinha que viajar para visitar minha mãe e meu pai no interior de São Paulo, há 400 quilômetreos, pois essa é a realidade dos professores: a família vive num lugar, e o professore em outro bem distante, sabe porque senhor Ioschpe? Professor não tem família igual ao senhor, não anda de avião, não vai visitar a Disney e nem tem tempo para ficar com um notebook Apple nas mãos escrevendo artigos idiotas para a Veja ou Revista Educação. Os dados que o Saeb revelam não são realistas, e para o seu governo, só alguns professores preencheram questionários a respeito!

O pior cego é aquele que não quer ver, e o pior ignorante é aquele que não admite que está doente e precisa de tratamento sério. É assim que vejo esse tal de Ioschpe e o governo a quem defende. Veja o que o cara diz:

“É condenável? Evidente! É permissível? Óbvio que não. Tem-se que lutar contra? Claro, Mas é a epidemia que sugerem professores, seus sindicatos e alguns jornalistas afoitos com vender matérias de impacto? Não, longe disso. Mais de 95% dos professores jamais foram ameaçados, mais de 96% jamais viram qualquer tipo de arma em sua sala e 87% jamais viram um aluno sob efeito de drogas.”

Pesquisa feita em 2000 revelam que a situação é sim epidêmica, quer dizer a violência já uma questão de Pandemia e isso, só nas escolas de São Paulo. É uma doença crônica sim e que precisa ser combatida através de medidas e decisões políticas sérias para a educação, não medidas punitivas como as que os governos vem tomando e jogando a culpa nos professores como fez José Serra em seu frustrante mandato, mas medidas que ofereçam aos professores e diretores condições adequadas e decentes para trabalhar, escolas bem estruturadas, número reduzido em no máximo 25 alunos por classe, professores com menos aulas e com um salário que o deixe feliz. É vergonhoso um professor ganhar R$7,00 (sete reais) por uma hora-aula, enquanto tem metalúrgico e peão de obras por ai ganhando o dobro ou mais. Não desmerecendo o trabalhos de um peão ou dos metalúrgicos ou das bás do Alphaville, mas, o professor dá a vida na sala de aula, cuida de marmanjos mal educados, faz jornada trípla, tem carga horária dobraba e triplicada e leva provas para corrigir aos fins de semanas e feriados para ganhar o quê? Um deputado que comparece três dias por semana em seu gabinete ganha cerca de 30 vezes mais que um professor que trabalha de segunda a sexta-feira direto com uma carga horária puxada de cerca de dez a doze horas-aulas por dia, juntando três ecolasou mais escolas. Olha que na maioria das vezes só se encontra o palitó do deputado sobre a poltrona. Professor não pode fazer isso!

Veja, o próprio sindicato dos Diretores desmente os dados apresentados por Gustavo Ioschpe. O que dizem as pesquisas da UDEMU? Veja:

Pesquisa violência nas escolas - 2000

Incidência, causas, conseqüências e sugestões

Tipos de violência sofrida pelas escolas

A) Em relação a bens materiais/Percentual de escolas envolvidas

1. Depredações no prédio (mobiliários, lâmpadas, torneiras, vidros, apedrejamento, alambrados, extintor de incêndios, aparelhos de TV, ventiladores, alarmes, etc..) 52%

2. Arrombamentos (portões, cadeados, vitrôs, etc.) 51%

3. Pichações na parte externa. 45%

4. Pichações na parte interna 37%

5. Furtos (TV, vídeo cassete, som, cantina, veículos, material didático, antena parabólica, etc.) 36%

6. Explosão de bombas dentro da escola (em banheiros, telhados) 34%

7. Danificações de veículos 33%

8. Incêndio provocado dentro do prédio escolar (em cortinas, cartazes, murais, etc.) 19%

9. Blecautes provocados por alunos 18%

10. Colocação de explosivos (inclusive granada) dentro da U.E. (mas que não explodiram) 3%

11. Disparos contra o prédio escolar 3%

B) Em relação às pessoas

1. Desacato, agressões (físicas ou verbais) a Professores (por parte dos alunos, pais ou responsáveis) 84%

2. Brigas internas (envolvendo apenas alunos) 68%

3. Desacato, agressões (físicas ou verbais) a Funcionários da escola (por parte dos alunos, pais ou responsáveis) 64%

4. Desacato, agressões (físicas ou verbais) a Diretor (por parte dos alunos, pais ou responsáveis) 49%

5. Tráfico e consumo de drogas nas imediações da escola 48%

6. Brigas internas (envolvendo alunos e estranhos) 34%

7. Porte e consumo de bebidas alcoólicas dentro da U.E. 27%

8. Conflitos entre pais, no interior da escola, em função dos filhos 25%

9. Tráfico e consumo de drogas dentro da escola 24%

10. Ameaças de morte (a alunos, funcionários, professores, direção) 22%

11. Invasão de estranhos na U.E. (para agressão, tráfico de drogas, assalto, etc.) 19%

12. Uso de armas por alunos (qualquer tipo de arma) 18%

13. Tiroteio nas imediações da escola (colocando em risco os alunos) 13%

14. Morte de aluno (homicídio) 4%

15. Tiroteio no portão de entrada da escola (colocando em risco os alunos) 3%

16. Estupro e/ou abuso sexual contra alunos 3%

17. Brigas externas à escola (envolvendo alunos) 2%

18. Tiroteio dentro da escola (colocando em risco os alunos) 0,9%

19. Estupro e/ou abuso sexual contra professores / funcionários 0,4%

20. Seqüestro relâmpago (Diretor/Professor) 0,4%

21. Furto de armas de policiais femininas 0,2%

22. Suicídios (alunos, professores ou funcionários) 0,2%

Turnos e períodos em que ocorreu a violência

Manhã 12%

Tarde 27%

Noite 24%

Mesma freqüência, em todos os turnos 25%

Fora dos turnos (fins de semana e feriados) 12%

Em relação aos anos anteriores

Aumentou 44%

Manteve o mesmo nível 34%

Diminuiu 22%

Policiamento

88% não possuíam policiamento feminino

12% possuíam policiamento feminino

65% das escolas gostariam de ter policiamento apenas preventivo

23% gostariam de ter, ao mesmo tempo, policiamento preventivo e repressivo

10,75% não vêem vantagem nesse tipo de policiamento

0,25% gostariam de ter policiamento apenas repressivo

76% das escolas já fizeram uso de Boletins de Ocorrência, enquanto os outros 24% nunca registraram algum

Indisciplina dos alunos

55% das escolas afirmaram que está suportável

28% afirmaram que está assustadora

15% afirmaram que está se tornando incontrolável

2% afirmaram não ter esse problema

Comparando a indisciplina com o ano de 1999:

51% das escolas afirmaram que ela aumentou

33% afirmaram que está igual

16% afirmaram que diminuiu

Na opinião da direção e do Conselho de Escola, as principais causas

1. Com relação à família:

Motivos %

1.1. desagregação familiar: separações, mortes, consumo de drogas, falta ou inversão de valores morais e éticos, desprestígio da educação, carência afetiva dos filhos 51%

1.2. pais omissos: ausentes dos problemas escolares, coniventes com os erros dos filhos, não incentivando os estudos, não impondo limites aos filhos, jogando para a escola a responsabilidade da família 50%

1.3. carências múltiplas: desemprego, miséria, exclusão social, falta de tempo para os filhos 27%

1.4. falta de religiosidade 6%

1.5. falta de apoio psicológico e assistência social 2%

2. Com relação aos alunos:

Motivos %

2.1. falta de perspectivas, descrença nas instituições, desinteresse pela escola, falta de identificação com os professores e com a escola 32%

2.2. interpretação errônea do ECA (direitos supervalorizados sem a contrapartida dos deveres), não-obediência às regras e normas de convivência, sentimento de impunidade, leis excessivamente permissivas, falta de padrões comportamentais positivos no grupo 24%

2.3. dificuldades de aprendizagem, fracasso escolar 10%

2.4. influência negativa da mídia e banalização da violência 8%

2.5. consumo de drogas 7%

2.6. ociosidade das crianças e dos adolescentes associada à falta de projetos multi-disciplinares, extra-curriculares (prática de esportes, prática musical, exercício da solidariedade, trabalhos comunitários, etc...) 6%

3. Com relação aos professores e à escola:

Motivos %

3.1. falta de professores, faltas dos professores, desestímulo, descompromisso, baixos salários, jornada excessiva de trabalho, formação deficiente, falta de habilitação, metodologia inadequada, rotatividade excessiva, falta de treinamento e capacitação 23%

3.2. falta de espaços físicos adequados para as atividades cotidianas 5%

4. Com relação ao sistema:

Motivos %

4.1. problemas com o sistema escolar: mudanças bruscas sem o prévio preparo, currículo defasado, inadequado e restritivo, módulo incompleto, descaracterização da progressão continuada em promoção automática, centralização excessiva das decisões (nos órgãos superiores) 15%

4.2. Conselho Tutelar pouco atuante ou agindo contra os interesses da escola 1%

Participação dos pais e da comunidade

52% das escolas, essa participação é razoável

21% essa participação é boa

20% essa participação é ruim

5% essa participação é péssima

2% essa participação é ótima

A violência interfere na qualidade do ensino e no projeto pedagógico?

Segundo as escolas pesquisadas, a violência interfere na qualidade do ensino e no projeto pedagógico, devido a:

Motivos %

a) Gerar indisciplina, prejudicando o clima indispensável à realização do processo ensino-aprendizagem; afastar alunos e professores dos projetos extra-classe; tomar muito tempo útil da direção e dos professores; danificar o material didático, prejudicando o desenvolvimento das aulas e dos projetos; consumir verbas que poderiam ter melhor aplicação e que acabam sendo gastas em consertos do patrimônio escolar ou recompras de material pedagógico 41%

b) Causar nos alunos: ansiedade, insegurança, queda na auto-estima, desinteresse, desmotivação, reação de auto-defesa, apatia, agressividade, dificuldade de relacionamento 23%

c) Causar nos docentes: estresse, medo, ansiedade, angústia, insegurança, desmotivação, sentimento de impotência 15%

d) Levar alunos à evasão e à repetência, estimular a falta às aulas, gerar intrigas e desrespeito, criar situações vexaminosas e constrangedoras para os alunos 9%

e) Prejudicar o relacionamento aluno/aluno, aluno/professor, aluno/direção e escola/comunidade 8%

f) Prejudicar as Horas de Trabalho Pedagógico Coletivas (HTPCs), pois essas reuniões acabam virando debates sobre indisciplina e violência na unidade escolar, ao invés de servirem para otimizar a execução do projeto pedagógico 7%

Sugestões das escolas para solucionar/minimizar o problema da violência

Sugestões Percentual de escolas envolvidas

1. Projetos de conscientização e valorização da escola envolvendo pais, alunos e comunidade em geral 55%

2. Policiamento permanente e intensivo 52%

3. Contratação de psicólogos para as escolas 47%

4. Contratação de vigias, porteiros e inspetores de alunos 47%

5. Uso de uniforme como elemento de identificação do aluno 46%

6. Instalação de centros de lazer, esportes e cultura na escola, no bairro e/ou comunidade 45%

7. Alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente 37%

8. Punições para os alunos infratores, incluindo comunicação ao Juízo da Infância e da Juventude 34%

9. Redução do n.º de alunos por classe 33%

10. Exigir maior presença dos pais na escola 31%

11. Instituir projetos extracurriculares (com remuneração dos profissionais) para manter os alunos ocupados 30%

12. Proibição da permanência de pessoas ou grupos estranhos na entrada / saída de alunos 30%

13. Criação de Centros de Apoio ao menor de rua, com atividades dirigidas 25%

14. Instalação de cursos profissionalizantes 22%

15. Construção de zeladorias 20%

16. Introdução urgente do Projeto Renda Mínima (para as famílias carentes) 20%

17. Contratação de Assistentes Sociais 17%

18. Viabilização das aulas de Religião 17%

19. Instalação da Biblioteca, com a respectiva contratação de uma Bibliotecária 17%

20. Iluminação adequada nos arredores do prédio escolar 16%

21. Colocação de postos policiais próximos às escolas de periferia 14%

22. Crianças iniciando aprendizado profissional mais cedo 12%

23. Reforço do prédio escolar c/ colocação de grades de ferro, cadeados, alambrados, alarmes, etc 11%

24. Redução do nº de salas de aula (tornando as escolas menores) 8%

25. Adoção de teste anti-drogas nos alunos 5%

26. Mudança urgente da grade curricular do ensino médio 5%

27. Instituir a revista pessoal na entrada e saída dos alunos 3%

28. Aulas sobre valores humanos 0,2%

A sala de aula é um lugar seguro? Mentira...

O senhor Ioschpe diz:

“No geral, a sala de aula permanece um lugar seguro para os professores – segundo suas próprias declarações no questionário do Saeb. A escola Pode estar em uma zona violenta, é verdade, mas essa violência parece ficar do lado de fora da aula. Usá-la como razão para o insucesso do ensino, portanto, não cola”.

Mais uma vez o economista está equivocado. A violência já ultrapassou os muros das escolas desde às reformas da educação imposta pelo PSDB. Desde a implantação da progressão continuada, do regime de ciclos e da progressão parcial que o aluno olha pra cara da gente e diz irônicamente: “Eu não passo de ano com você, mas o conselho me passa. Todo ano é assim hehehe”. É isso que o professor ouve quando solicita que o aluno tire o caderno da mochila e comece a escrever ou realizar alguma coisa que respalde ao professor em suas avaliações daquilo que o aluno produz. Como avaliar um aluno que não tira o caderno da bolsa ou deixa o material didático em casa, alegando que é muito peso para carregar? Biblioteca decente não tem...

Mais uma vez o senhor Ioschpe está errado. O questionário não foi respondido por todos os professores, além disso, existe muita camuflagem dos dados apresentados, alguns professores têm medo de dizer a verdade, tem medo de sofrer represália, de não pegar aula na próxima atribuição, tem medo do que o diretor(a) irá pensar se dizer o que acontece de verdade. Nem todos preenchem os questionários, apenas uma minoria, repito!

Grande parte dos professores têm medo de abrir um BO em caso de agressão, ameaça ou coisa parecida. Recentemente eu tive que ir à delegacia e abrir um BO sim, contra um aluno em regime de Liberdade Assistida que me azucrinava durante as aulas, todos as vezes que eu entrava ele começava a andar, insultava o tempo todo, mas como eu ignorava, um dia ele resolveu partir para cima de mim, colocando o dedo no meu rosto com terríveis ameaças. Depois do BO ele sossegou! Hoje dou aula tranquilo na sala. Se todos os professores que sofrem agressões verbais, físicas e ameaças fossem à delegacia e utilizassem o artigo 333, com certeza os dados da violência do Senhor Ioschpe seriam mais reais. Ele desconhece a realidade, quando afirma que a “sala de aula é um lugar seguro”. Onde? A violência não fica do lado de fora coisíssima nenhuma, ela adentra e perpassa os muros e as paredes da escola afetando alunos e professores, o búlyng é real, armas brancas são reais, ameaças são reais, violência verbal para com os professores são reais. E se o professor responde, está errado. A resposta do professor é que é levada em conta como violência verbal, ninguém vê que é apenas uma reação, o que acaba muitas vezes acontecendo sim, tal como em todo lugar. É o mesmo que usar a desculpa do “terrorismo” para isentar a culpa dos Estados Unidos sobre as tragédias e violência praticadas por esse país em defesa dos seus interesses mais escusos. Quem será o terrorista dessa história, entre Bin Laden e governo dos Estados Unidos? Já fez essa pergunta senhor Ioschpe? Quem reage, em sua opinião deve ser o “terrorista”, já quem provoca a reação não, não é isso? Por isso, é óbvio que para você, o aluno é santo, e o professor um demônio que aterroriza os alunos na escola! Veja bem, quem teria o desprazer de levantar todos os dias as 5 horas da manhã para chegar às sete na sala de aula e aterrorizar alguém? Só mesmo um idiota é capaz de pensar dessa maneira.

Onde senhor Ioschpe, que a sala de aula permanece um lugar seguro?

Veja o que dizem as pesquisas feitas pela APEOESP nas escolas de São Paulo:

SEIS EM CADA DEZ PROFESSORES DE SP DIZEM QUE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS CAUSA ''SOFRIMENTO''

Pesquisa feita pela Apeoesp mostra que, para 57,5% dos docentes de São Paulo, casos de violência nas escolas causam ''sofrimento''

Uma pesquisa feita pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) mostra que, para 57,5% dos professores de São Paulo, casos de violência nas escolas causam “sofrimento”. A preocupação só fica atrás de jornada de trabalho excessiva, superlotação nas salas de aula e dificuldades de aprendizagem dos alunos.

Na terça-feira (15), uma professora da cidade de Guaimbê (SP), ficou ferida após um estudante atirar uma carteira escolar nela. A docente havia pedido que o aluno parasse de conversar durante a aula. Ele foi suspenso por seis dias.

O relatório, que foi concluído em dezembro de 2010, ouviu 615 docentes dos ensinos fundamental e médio da rede paulista. O objetivo era avaliar como estava a saúde do professor estadual.

Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, o aumento da violência contra o professor –especialmente no interior do Estado, onde o número de casos vêm crescendo desde 2007– mostra falta de valorização docente.

“Não é um problema só do professor. É também da família e da sociedade. Como resolver isso? O menino tem que ser punido. Não tem que passar em brancas nuvens. Mas a saída não pode ser só a punição. Tem que passar pelo processo: [reforço da] autoridade [do docente], reconhecimento profissional e respeito”, afirma.

(http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/14123/seis-em-cada-dez-professores-de-sp-dizem-que-violencia-nas-escolas-causa-sofrimento)

Gustavo Ioschpe continua a destilar o seu veneno. Ele diz:

“Pesquisando sobre a violência nas escolas, me chamou a atenção um outro tipo de violência, esse sim, nunca noticiado nem mensurado, que é a violência de professores contra alunos. Livro de Maria Helena Patto relata casos em que professores amarravam, com cordas, os alunos a seus assentos. Mais comum que a violência física é o abuso verbal. Pesquisa qualitativa da Unesco sobre violência ouviu alunos cujosprofessores os apelidavam depreciativamente, chamando-os de “safados” e bunda-mole”. Perguntados sobre o que os alunos não gostam em suas escolas, 25% disseram “das aulas” e 24% “da maioria dos professores”.

Você disse que os alunos não gostam da maioria? Palhaçada senhor Ioschpe. Ou os alunos são muito falsos e mentirosos, ou o senhor não sabe o que está dizendo. Por outro lado, convenhamos que isso seja verdade: aluno jamais vai falar bem de professor. Cada um conta a sua versão, porém o senhor parece só ter ouvidos para a versão dos alunos. Que tal começar a ouvir os professores? Visite uma escola, ou todas as escolas das periferias e favelas, se tiver coragem. Tire o traseiro dessa poltrona fofinha e confortável e vem visitar as escolas, especialmente à tarde e à noite que soe os piores horários.

Quanto à competência dos professores, o senhor Ioschpe diz:

“Confesso que a maior violência que mais me preocupa nas salas de aula do Brasil é o despreparo e a incompetência dos professores. Essa deixa marcas profundas e duradouras, que são a ignorância do aluno e sua evasão. Suspeito que deriva dela a maioria da indisciplina de alunos contra professores (por estarem de saco cheio de sermões inúteis) e de professores contra alunos. O professor transfere ao aluno, via agressividade, a frustração com a própria incapacidade”.

O cara chama todos os professores brasileiros de incapazes. Será que é por isso que foi estudar nos estados Unidos, o país mais desgraçadp do mundo? Um país que escolheu fazer testes nucleares sobre Hiroshima e Nagazak, invade territórios e desrespeita a soberania dos povos? Pelo jeito Gustavo Ioschpe teve um ótima formação, e professores bons são os que se encontram nos Estados Unido. Professor brasileiro para esse burguesinho metido é lixo. Pelo mesno é isso que fica em sua mensagem. Estou indignado! Não sou obrigado a ler essas besteiras de um idiota qualquer sem uma resposta. Tenho 20 anos de sala de aula e não é qualquer economista idiota que vai me desestimular com matérias favoráveis aos dados do governo. Eu vivo a realidade e sei bem o que é uma sala de aula. Já esse senhor jamais poderá dizer o mesmo, e muito menos saber o que sente um professor, tanto em São Paulo como em outros Estados do Brasil. Seu mundo é outro, e seu planeta não se chama Terra! O meu universo e dos meus companheiros de profissão não é o mesmo do senhor Ioschpe. Nosso universo se chama Educação. Você Ioschpe deve estar em outra galáxia ou em outro universo bem diferente do dos professores brasileiros.

Os professores do senhor Ioschpe também devem ser de outro universo, isto é, os “bons” como ele diz.

“Lembro-me que nos meus dias de estudante a mesma turma era em alguns horários compenetrada e silenciosa, e em outros ula algazarra sem fim. Os mesmos alunos, no mesmo espaço. Só havia um denominador comum: a bagunça nunca acontecia nas aulas dos professores bons.”

Professores bons? Senhor Ioschpe, para começar, não existem “bons” ou “ruins”, o que existe são perfis diferentes, características diferentes, jeitos diferentes de ensinar. Acho que o senhor é meio neo-nazista, quem sabe é mais um destes idiotas metidos a Skin Heads? Você desconhece as diferenças, coisa que é comum, tanto na sociedade, como nos alunos e nos professores. Nunca se muda isso! Mesmo nos Estados Unidos onde o senhor estudou, há relatos e filmes mostrando isso. Escolas e alunos se inserem em comunidades diferentes, os professores jamais serão padronizados como o senhor gostaria que fosse. Talvez o senhor precisa rever os seus conceitos de “Bem e mal”, “bons” e “ruins”, “bandidos” e “mocinhos”. O senhor está com a cabeça na campanha do “bem” contra o “mal”, típica do PSDB. Não existe santos e demônios, bonito ou feio, raça pura e raça impura, superior e inferior, malditos e benditos, isso é uma questão de ótica, paradigmas religiosos que lhe foram colocados na cabeça. Reveja os teus conceitos, todos os professores são bons naquilo que fazem e dentro dos limites de suas habilidades, levando em conta as péssimas condições estruturais, salariais e de trabalho, fazemos muito, e muito mais que o senhor que fica com a bunda numa poltrona com um notebook Aplle nas mãos escrevendo besteiras para a Revista do governo, para a Veja ou para qualquer um destes jornalecos ligados ao grupo Globo.Pense nisso!

Incompetência dos governos do partido que o senhor defende em São Paulo. A incompetência se revela na sua falta de habilidade e compreensão crítica, uma análise mais aprofundada do tema educação. Você não “enxerga sozinho” como diz em seu artigo, você enxerga com os olhos do governo!

Professores marquem bem a fisionomia desse senhor Ioschpe, no blog http://paulinhistory.blogspot.com/2011_05_01_archive.html respondam aos seus insultos pela internet. Ele e ao governo!

Vamos chamar a sociedade a nosso favor, vamos conversar com os pais nas reuniões e mostrar a eles a realidade. Vamos colocar os dados das pesquisas dos sindicatos UDEMO, APEOESP, CPP e outros sobre a violência nas escolas. Vamos levar para HTPCs e reuniões pedagógicas essas discussões, e quando tiver Assembleias na República, vamos mostrar a nossa indignação contra essas mentiras.

Veja algumas chamadas feitas em matérias que se encontram na internet:

• Aluno joga carteira escolar em professora no interior de São Paulo

• Mãe de aluno ajuda filho a bater na professora; leia relatos sobre violência escolar

• Aluno é condenado por injúria contra professor em Minas Gerais

• Para socióloga, professoras enfrentam baixo reconhecimento da sociedade

• Aluna bate em colega durante aula em Sorocaba, interior de São Paulo

• Ex-aluno assalta professora dentro da sala de aula

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/17/seis-em-cada-dez-professores-de-sp-dizem-que-violencia-nas-escolas-causa-sofrimento.jhtm

Quem é Gustavo Ioschpe?

Gustavo Ioschpe é de Porto Alegre (1977), economista com duas graduações, uma em ciência política e outra em Administração estratégica, pela Wharton School, na Universidade da Pensilvânia, e mestrado em Economia internacional e Desenvolvimento econômico, pela Universidade Yale, nos Estados Unidos da América.

Foi um dos colunistas do jornal Folha de São Paulo, entre 1996 e 2000, e desde 2006 é colaborador da revista Veja. Foi colaborador do Yale Daily News, da revista Educação e de outros veículos, como as revistas República, Bravo! e Carta Capital.

Além da atuação como economista, Ioschpe também é presidente e fundador do grupo G7 Investimentos, que atua na área de produção de conteúdo. Sua empresa mais conhecida é a G7 Cinema, que produz documentários sobre clubes de futebol, dentre eles "Gigante - Como o Inter Conquistou o Mundo" (sobre o S.C. Internacional, "Inacreditável - A batalha dos Aflitos"`(Grêmio), "Fiel" (Corinthians), e "Soberano - Seis Vezes São Paulo" (São Paulo Futebol Clube), entre outros. Seu filme mais recente, "Absoluto - Internacional, Bicampeão da América", entrou para o Guinness Book of Records, quebrando o recorde mundial de número de pessoas em uma sessão de cinema, com mais de 27 mil espectadores em evento de 7 de dezembro de 2010.

Ele é membro do Conselho de Administração do Grupo RBS, afiliada da TV Globo para o Sul do país, e da Iochpe-Maxion, em que substituiu seu pai, Daniel Ioschpe, falecido em2007.” (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

Pela biografia desse sujeito, percebe-se logo que ele vem de uma família rica, e, pelo enfoque de seus documentários logo se vê que os assuntos sobre futebol é colocado em primeiro lugar. Com tantos problemas sociais, a corrupção política, obras superfaturadas em São Paulo, escândalos da Adersa envolvendo governos do PSDB, é mais fácil falar o futebol, aliás, uma boa maneira de camuflar a realidade. Penso que esse tal de Ioschpe é mais um alienado a serviço da alienação. Como poderia então falar de educação?

Veja o que Gustavo Ioschpe escreveu recentemente:

“Análise sociológica do cocô de cachorro”

O que dizer de um indivíduo que se especializa para escrever artigos como este: “Análise sociológica do cocô de cachorro”? É para isso mesmo, e não é à toa que Gustavo Ioschpe carrega duas graduações nas costa, e como economista ele entende bem de bosta de cachorro, um especialista em escrever besteiras e o teor de suas mensagens não poderia ser outra, senão, falar sobre excrementos. Como não poderia ser diferente, o mesmo transfere para sua maneira de pensar, oriunda de uma ideologia burguesa, uma visão parece-me que de ódio às ideologias contrárias ao seu jeito capitalista de encarar o mundo e as coisas. Veja como ele usa sua privilegiada genialidade intelectual para atacar ideologias diferentes da dele:

“O cocô de cachorro serve, assim, como perfeito emblema da sociedade francesa: com pendores socialistas, libertários e fraternais, um estado paternalista e expandido.” (A matéria na íntegra encontra-se no site http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult509u19.shtml)

Um sujeito que coloca um título destes em um artigo só pode mesmo ter merda na cabeça. Não é por acaso que ele institui o “cocô de cachorro” como uma marca da sociedade francesa, fica claro que fez isso para atacar os socialistas. O curioso, é que o cara faz críticas às “madames”, que ao transitar pelas ruas, não estão nem ai com o cocô deixado para trás pelo cachorro que levara à passeio, entretanto, de modo controverso, o mesmo se esquece de que, ele próprio, é um desses burguesinhos metidos a sabe-tudo, e que, porque se formou lá fora (nos United Stats) acha que está apto para escrever qualquer coisa nesses jornalecos e revistas elitistas como é o caso da Veja. Nem leio e muito menos recomendo aos meus alunos, que leiam Folha de são Paulo e Revista Veja. A Revista Educação que pensava ser digna da atenção dos professores, continua sendo uma decepção, faço questão de nem folhear, principalmente sabendo que um cara como esse Gustavo Ioschpe escreve artigos para essa revista, denegrindo a imagem dos professores, fazendo uma crítica claramente pessoal, parcial e tendenciosa e falando a favor de um governo que em São Paulo, vem acabando com a educação ano a ano. Quanto será que esse tal de Ioschpe ganha por mês? Ele acha que os professores ganham bem, mas com certeza a sua analise sociológica e economista não leva em consideração o fato de que o professor que ganha pouco mais de mil reais por mês, com uma carga horária de 40 horas, não é um profissional que está ganhando bem, se comparado a quem ganha 600 reais por mês, o que acontece é que o salário de pouco mais de mil reais de um professor é um reflexo da péssima distribuição de renda que existe no país, então, não é que o professor ganha bem coisíssima nenhuma, é o salário mesmo que é ruim em todo o país. Convenhamos, a impressão de que o professor ganha bem em São Paulo é um engodo que só podia mesmo ser alvo da crítica desse senhor economista que fez mestrado para falar de “cocô” de cachorro.

Sobre a violência nas escolas

Na quarta-feira, 18, Roberto Cabrini e sua equipe mostram um mapa da violência nas escolas brasileiras. Com câmeras escondidas, flagrantes dos perigos a que estudantes ficam expostos. Consumo de drogas, tráfico, brigas e até tentativa de assassinato são frequentes no dia-a-dia dos estudantes. A atração descobriu alunos que assistem às aulas armados com facas e escolas completamente abandonadas pelo poder público. Assistindo a reportagem, cenas impressionantes e entrevistas com professoras me chamaram a atenção para a gravidade de um assunto que o governo faz questão de ignorar. Uma professora diz que enquanto escrevia na lousa, um projétil atravessou-a pelas costas, graças a Deus ela sobreviveu. Recentemente uma série de reportagens sobre a violência nas escolas com o mesmo teor, com cenas fortíssimas foi notícia do Fala que Eu te Escuto, na Rede Record de Televisão, eu pude assistir, e fiquei impressionado.

Assista os vídeos no Yutube referentes às matérias exibidas no SBT por Roberto Cabrine: http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=5417&t=O%20Medo%20nas%20Salas%20da%20Aula%20-%20Parte%201http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=5416&t=O%20Medo%20nas%20Salas%20da%20Aula%20-%20Parte%202

Sobre a violência nas escolas em um outro artigo intitulado “Gustavo Ioschpe Violência escolar: quem é a vítima?” fica claro nas entrelinhas, que o autor procura um culpado para a questão da violência nas escolas de São Paulo. Está na cara que esse patricinho formado nos "states" quer jogar a culpa nos professores e professoras, como que querendo dizer que o aluno é o mocinho dessa história.

"A maioria das nossas escolas está longe de ser essa refém da criminalidade que aparece nos jornais. As estatísticas colhidas pelo MEC pintam um quadro menos sombrio"

Acredito que em matéria de educação esse inexperiente economista, que passou mais tempo no exterior estudando e vendo o Brasil de longe não tem assistido as reportagens da Record, do SBT e de outras emissoras que nesses últimos dias em mostrado como a violência tem aumentado assustadoramente e adentrado os portões das escolas em São Paulo, talvez por falta de informações seja recomendável a esse ser cuja formação cultural mais parece uma colcha de retalhos, esse Frankenstein norte-americanizado feito de recortes culturais estrangeiros vem com uma visão de economista culpar os professores? Já que é tão competente, porque, ao invés de fazer economia não fez um curso para atuar com 50 alunos dentro de salas de aulas de uma escola da periferia? Olha, com certeza, esse patricinho já teria jogado a toalha na primeira semana, teria abandonado a sala der aula na primeira ameaça, no primeiro descaso do governo, no primeiro insulto e indiferença dos alunos, no primeiro risco em seu carro e na primeira tentativa de pegá-lo la fora, e com certeza faria xixi nas calças e se borraria na primeira vez que se visse na mira de um revolter apontado para a sua direção de um desses indivíduos que olha para o professor e diz: “Ai mano, hoje vamo ficá de boa, sem matéria na lousa e sem leitura desses livros babacas”, e conclui: “é nós!”. Duvido que esse borra-botas ficaria um dia numa escola com indivíduos assim. Na primeira bolinha de papel atirana no rosto esse economistazinho de merda sairia correndo da sala. Pois é, os professores e as professoras fazem além daquilo que lhes competem de fato, por vezes tem que dar uma de psicólogo, aconselhar, ouvir, negociar o tempo todo, esquivar-se para não se comprometer, ser estrategista e sair pela tangente para não se ver engolido pelos problemas particulares e afetivos de alunos e alunas, saber enfrentar a homofobia, o bulyng sofrido, inclusive por esse profissional que é alvo de apelidos idiotas colocados por desocupados que vão à escola para traficar e consumir entorpecente nos banheiros.

Recentemente alguns desses tipos tentaram colocar fogo no quadro de luz, os mesmos conseguiram colocar uma braçadeira daquelas de pressão que só pode ser aberta com chave de fenda no portão que dá para o corredor de cima. São vândalos! Claro, na sala de aula nem pensar de chamá-los assim, e na frente da diretora dizem: “não fizemos nada!”. Para as mães, são santinhos. O caráter deles já vem deformado dos seus bairros, e não os deixam assumir o que fazem, e mesmo que matem um cidadão de bem, vão negar mil vezes que não fizeram aquilo. Pra compensar tem as leis relex que reforçam a impunidade.

A VIOLÊNCIA PARTE DO GOVENO

Quanto ao artigo do senhor Ioschpe, com muita indignação manifesto o meu repúdio a esse ex-colunista da Folha e que agora escreve para a Revista Veja e Revista Educação, repudio a sua matéria e às estatísticas mentirosas utilizadas para atacar os professores chamando-os de incompetentes, bem como repudio às suas ideias burguesas. Dispenso, portanto, do meu rol de leituras qualquer tema ligado ao que esse economista de merda escreve, e acredito que não tem vocação alguma para falar de educação, e muito menos competência para julgar todo um grupo de profissionais. Sua análise é externa, ou seja, é mais um destes pseudos intelectuais que jamais entrou numa escola pública e sem conhecimento prático do dia dia de sala de aula querendo falar daquilo que pouco entende. É a visão de quem está de fora, uma análise superficial. O que temos a dizer das matérias desse economista é que ele possui um olhar de quem está distante da verdadeira realidade, uma visão um tanto ofuscada pela cultura estadunidense que não o deixa ver a realidade. Seu vínculo só podia ser mesmo com a Abril e à Rede mais sem vergonha do país que é a Globo.

A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS NÃO É MITO

Veja:

“Atualmente, 40% dos professores das escolas públicas brasileiras consideram as gangues e as drogas os piores problemas da profissão. A pesquisa, realizada recentemente pela UNESCO (uma (Organização das Nações Unidas voltada para a Educação, a Ciência e a Cultura), mostrou também que, no País, 50% dos alunos que desenvolvem algum problema de aprendizagem têm na violência a principal causa dessa deficiência.

Na capital mato-grossense, os estudos revelaram que, de cada dez alunos, três já sofreram assaltos à mão armada dentro das escolas. Na cidade de São Paulo, metade dos professores das escolas públicas relatou já ter sofrido ameaças de agressões pelos alunos e dois, de cada dez professores, já sofreram violência física. Com relação à violência verbal ou moral, 75% confessaram já ter passado por esse problema.

Ainda de acordo com os estudos da UNESCO, 70% dos alunos que possuem armas já a levaram para a escola com o objetivo de intimidar alguém ou algum professor. Apesar de esse problema ser verificado com maior frequência nas escolas de ensino médio e durante o período noturno, ele também existe nas instituições de ensino fundamental (que geralmente abrigam crianças de 6 a 14 anos) e preocupam pais e diretores de ensino.

Em decorrência desse quadro, o Brasil, apesar dos avanços nos últimos anos, ainda faz feio no ranking de notas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o PISA, que avalia o desempenho em matemática e línguas de estudantes de praticamente todo o mundo. O resultado da última prova, realizada em 2009, coloca o Brasil na 57ª colocação entre 65 países. Na América Latina, o País está atrás de nações menos desenvolvidas como Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia.” Consulte o siteabaixo e veja a matéria na íntegra:

http://www.arcauniversal.com/falaqueeuteescuto/temas/inconsequencias_nas_escolas-3130.html)

A violência nas escolas é real, não é MITO como pretende passar o Sr. Ioschpe, e dados da UNESCO comprova e desmente as baboseiras que esse economista tem dito. Segundo os professores e outros estudiosos o clima de violência é um fator pertinente que está interferindo na aprendizagem dos alunos, creio que influencia também na qualidade e tem um efeito extremamente negativo sobre o professor que por vezes se sente intimidado e coagido a não dar aula, sofro com isso e vivencio na pele essa intimidação. É duro você entrar numa sala de aula e ouvir um, aluno, e até aluna dizer de trás: “não passa matéria hoje não professor’, porém, escuta-se isso de forma muitas vezes muito agressiva e ameaçadora. Alunos que não copiam matéria em dia de prova, ao ver uma nota vermelha manda o professor tomar naquele lugar em alto e bom som numa sala repleta de alunos que deliram e aos gritos parecem comemorar com aquela atitude vitupério, injúria, insulto, ultraje e desaprovação. É com isso que muitos professores convivem dia dia, agora vem um idiota de um economistazinho formado sei lá onde dizendo tanta besteira negando o que os fatos comprovam. Os professores podiam usar o seu direito de resposta e dar uma boa resposta a esse tal de Ioschpe de ideias formatadas, e também, dar uma boa demonstração de forças nas próximas assembléias promovida pela Apeoesp. Precisamos sair com cartazes, faixas e mostrar à sociedade a violência sofrida nas escolas, sair com fotos de professores que morrem à míngua todos os anos por problemas relacionados à essa violência, fazer uma reportagem no centro psiquiátrico do Servidor Público e mostrar quantos professores se afastam por conseqüência da violência escolar, ultrapassando inclusive a polícia militar.

Senhor Ioschpe, estude mais um pouquinho, seu mestrado nem suas graduações o torna apto para falar de educação, muito menos sobre os problemas enfrentados em sala de aula. Sua escola não foi a mesma que a maioria freqüenta atualmente, vocvê está fora da realidade, volte para os “States” e fique por lá, assim estará prestando um grande serviço à educação brasileira e aos professores que não são obrigados a ler suas besteiras publicadas na Revista Veja e Educação. Você caiu de para-quedas e a revista para qual escreve é parcial e elitista. Você é da mesma corja podre do grupo Rede Globo que era associada ilegalmente ao grupo americano Time-Life. Como nunca acreditei em “neutralidade” política, fica fácil descobrir, porque nos artigos de opinião, vez por outra surgem verdadeiros homens-bombas governistas, atacando um grupo inteiro de profissionais como o senhor. Você sabe o que é ser professor? Você sabe como é o dia dia de uma professora?

O professor é um profissional que depois de passar a maior parte de sua vida nos bancos de uma escola de ensino fundamental e médio, dedicou mais 4 anos para realizar um curso superior voltado para um sonho: o de ensinar e ser um ator, seu cenário é uma sala de aula. Professor não é economista, não enxerga como economista e não vive em função do lucro, sua profissão não o torna necessariamente um capitalista. Professor não tem dinheiro investido na Bolsa de Valores, e trabalha com capital é HUMANO e não capital financeiro. A visão de um professor de escola pública é voltada para os valores humanos, valores da cidadania, visa construir uma consciência coletiva e seu foco não são os valores monetários. Já o senhor não poderia dizer o mesmo, pois deve lucrar muito para escrever suas besteiras.

http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/16/conheca-o-especialista-em-educacao-gustavo-ioschpe/

Acredito que em matéria de educação esse inexperiente economista, que passou mais tempo no exterior estudando e vendo o Brasil de longe não tem assistido as reportagens da Record, do SBT e de outras emissoras que nesses últimos dias em mostrado como a violência tem aumentado assustadoramente e adentrado os portões das escolas em São Paulo, talvez por falta de informações seja recomendável a esse ser cuja formação cultural mais parece uma colcha de retalhos, esse Frankenstein norte-americanizado feito de recortes culturais estrangeiros vem com uma visão de economista culpar os professores? Já que é tão competente, porque, ao invés de fazer economia não fez um curso para atuar com 50 alunos dentro de salas de aulas de uma escola da periferia? Olha, com certeza, esse patricinho já teria jogado a toalha na primeira semana, teria abandonado a sala der aula na primeira ameaça, no primeiro descaso do governo, no primeiro insulto e indiferença dos alunos, no primeiro risco em seu carro e na primeira tentativa de pegá-lo la fora, e com certeza faria xixi nas calças e se borraria na primeira vez que se visse na mira de um revolter apontado para a sua direção de um desses indivíduos que olha para o professor e diz: “Ai mano, hoje vamo ficá de boa, sem matéria na lousa e sem leitura desses livros babacas”, e conclui: “é nós!”. Duvido que esse borra-botas ficaria um dia numa escola com indivíduos assim. Na primeira bolinha de papel atirana no rosto esse economistazinho de merda sairia correndo da sala. Pois é, os professores e as professoras fazem além daquilo que lhes competem de fato, por vezes tem que dar uma de psicólogo, aconselhar, ouvir, negociar o tempo todo, esquivar-se para não se comprometer, ser estrategista e sair pela tangente para não se ver engolido pelos problemas particulares e afetivos de alunos e alunas, saber enfrentar a homofobia, o bulyng sofrido, inclusive por esse profissional que é alvo de apelidos idiotas colocados por desocupados que vão à escola para traficar e consumir entorpecente nos banheiros.

Recentemente alguns alunos tentaram colocar fogo no quadro de luz, os mesmos conseguiram colocar uma braçadeira daquelas de pressão que só pode ser aberta com chave de fenda no portão que dá para o corredor de cima. São vândalos! Claro, na sala de aula nem pensar de chamá-los assim, e na frente da diretora dizem: “não fizemos nada!”. Para as mães, são santinhos. O caráter deles já vem deformado dos seus bairros, e não os deixam assumir o que fazem, e mesmo que matem um cidadão de bem, vão negar mil vezes que não fizeram aquilo. Pra compensar tem as leis relex que reforçam a impunidade.

Com muita indignação manifesto o meu repúdio a esse ex-colunista da Folha e que agora escreve para a Revista Veja e Revista Educação, repudio a sua matéria e às estatísticas mentirosas utilizadas para atacar os professores chamando-os de incompetentes, bem como repudio às suas ideias burguesas. Dispenso, portanto, do meu rol de leituras qualquer tema ligado ao que esse economista de merda escreve, e acredito que não tem vocação alguma para falar de educação, e muito menos competência para julgar todo um grupo de profissionais. Sua análise é externa, ou seja, é mais um destes pseudos intelectuais que jamais entrou numa escola pública e sem conhecimento prático do dia dia de sala de aula querendo falar daquilo que pouco entende. É a visão de quem está de fora, uma análise superficial. O que temos a dizer das matérias desse economista é que ele possui um olhar de quem está distante da verdadeira realidade, uma visão um tanto ofuscada pela cultura estadunidense que não o deixa ver a realidade. Seu vínculo só podia ser mesmo com a Abril e à Rede mais sem vergonha do país que é a Globo.

É assim que defino um sujeito: alguém que cai de para-quedas para fazer comentários sobre educação em uma da revista parcial e elitista. Revista Veja.

Como nunca acreditei em “neutralidade” política, fica fácil descobrir, porque em artigos de opinião, vez por outra surgem verdadeiros homens-bombas governistas atacando um grupo inteiro de profissionais como os professores. Quem é o professor? Quem é a professora? É um profissional que, depois de passar a maior parte de sua vida nos bancos de uma escola de ensino fundamental e médio, dedicou mais 4 anos para realizar um curso superior voltado para o sonho de atuar em sala de aula. Professor não é economista, não enxerga como economista e não vive em função do lucro, sua profissão não o torna necessariamente num capitalista, porque sua visão é voltada para valores humanos e não valores monetários.

Professores e sociedade: “Diga não à campanha contra a escola pública”

“Há hoje, no Brasil, um acirrado debate em torno da educação pública. A mídia cumpre papel fundamental neste embate, mas nem sempre com a desejável isenção. Alguns órgãos extrapolam todos os limites aceitáveis, passando a ser meros instrumentos de grupos afinados com o atraso.

Na sua edição nº 2047 a revista Veja publica editorial, entrevista com secretária de educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, e artigos de Cláudio de Moura Castro, ex-funcionário do Banco Mundial, e de Gustavo Ioschpe, colunista da revista, todos com o mesmo objetivo: desqualificar os professores e suas representações sindicais e promover o “mérito” individual dos docentes em contraposição ao trabalho coletivo e solidário que deve caracterizar uma escola pública que ofereça ensino de qualidade para todos e todas.

Na edição seguinte a revista manteve sua atitude anti-democrática, publicando apenas cartas de leitores repletas de elogios ou argumentos favoráveis a seus pontos de vista, deixando de publicar qualquer carta com críticas às matérias citadas.

Por meio de inverdades e falsificações, estas pessoas se dedicam a propagar a falsa idéia de que não há relação entre os salários pagos aos professores e a qualidade do ensino e que boas aulas podem ser dadas nas mais precárias condições de trabalho. Defendem para a escola pública, o que não propõem para as escolas privadas que formam os futuros líderes de sua classe social.

Para elas, basta que a escola pública ensine aos filhos e filhas dos trabalhadores a ler, escrever, fazer as quatro operações e algumas habilidades voltadas ao mercado de trabalho. Tudo o mais é considerado exceção, mérito individual de “abnegados professores” e deve ser premiado... em dinheiro! Devemos crer bons salários não são necessários para uma boa qualidade de ensino, mas salários adicionais devem ser pagos aos “bons professores”.

Baseado neste tipo de concepção, o sistema de bônus e prêmios implementado no estado de São Paulo destina-se, na verdade, a inibir a mobilização dos professores por melhorias na educação, ao privilegiar aspectos subjetivos de difícil avaliação e resultados quantitativos, sem dar as condições necessárias para isto. Assim, alguns professores, diretores e supervisores serão destacados por seus “méritos”, enquanto a imensa maioria continuará relegada à péssima situação em que se encontra.

A experiência coletiva de milhões de educadores em nosso país ultrapassou a idéia de docência como “sacerdócio” e de educação pública como uma concessão dos ricos às camadas menos favorecidas da população. Educação pública é um direito, deve ser custeada pelo Estado e deve ter excepcional qualidade. Isto requer investimentos, bons salários, carreira adequada, condições estruturais, gestão democrática e uma série de outras condições pelas quais lutamos.

Nós, professores e professoras, juntamente com todas as demais pessoas comprometidas com a educação pública de qualidade estamos nesta luta há muitos anos e não vamos recuar. Diga a revista Veja o que disser.”

(http://apeoespsub.org.br/especiais/mat_paga.html)

Colegas Professores Abracem essa campanha...

Amanda lança campanha "10% do PIB já!"

A professora Amanda Gurgel acaba de encerrar sua participação no Programa do Faustão, na Rede Globo, conclamando o público a entupir a Internet com uma mensagem - "10% do PIB, já!".

A campanha visa sensibilizar o Poder Executivo e o poder Legislativo a destinarem à educação 10% do Produto Interno Bruto do país.

A professora Amanda foi hoje ao Faustão e desabafou, falou da realidade dos professores e mostrou que seu salário é de pouco mais de 900 reais. A professora foi contumaz em suas declarações diante da secretária de educação de seu estado, porém, não esqueceu de mencionar que tal como no Rio Grande do Norte, a realidade é idêntica em São Paulo. Companheiros, essa luta é de todos nós.

Todos pela Educação!