AMOR E REVOLUÇÃO: juventude brasileira, assista!

A série “Amor e Revolução” está muito boa, eu diria que o SBT desta vez surpreendeu o público brasileiro e à todos os telespectadores que acompanham cada cena exibida na série. Sem comparação, muito melhor que “Anos Rebeldes”, exibido pela Rede Globo.

Penso até a juventude brasileira de norte a sul deveria assistir “Amor e Revolução” só para ter uma ideia de como foram duras as repressões militares praticadas sobre os cidadãos civis. Digo uma pequena noção, porque, a “geração coca cola” de hoje parece completamente alienada, despercebida e alheia ao mais triste e horrendo episódio da nossa história que foi a ditadura militar. A liberdade que hoje é confundida com libertinagem, um conceito totalmente deturpado até pelos meios de comunicação, já foi objeto de sonhos, luta e sangue derramado. Hoje se banaliza, deturpam e destroem o conceito de liberdade, o adulteram através do rol de besteirol despejados através das músicas que não trazem nenhuma contribuição para reforçar algum valor na cabeça dos jovens, alguns se atrevem a chamar de “músicas” aquelas que não passam de um amontoado de besteiras, palavrões e esculhambações, que poluem nossa audição com palavras que ofendem as garotas chamando-as de “cachorras”e daí para baixo, letras de ofensa moral às mulheres, que fazem apologia ao sexo, cujas danças mais parecem sexo explícito aos olhos de quem vê que uma bela apresentação em um palco. Os de gestos e danças não passam de sacolejos sensuais que lembram uma relação sexual cuja sensação de prazer parece real. A impressão que se tem ao assistir a esses “rebolations” é que tais danças são tão parecidas com um “coito” que se tem a impressão que haverá um orgasmo durante as exibições onde os atores envolvidos só faltam ejacular enquanto se esfregam ao vivo. É esse o lixo musical que alguns intitulam de “música do gueto” que faz sucesso atualmente, apesar de passageiro, contribuem para a avacalhação, a falta de respeito dificultando as relações de convivência. O cara na rua faz questão de colocar o som bem alto para todos ouvirem os lixos musicais, fazem questão de mostrar o som do carro com rítimos repetitivos o tempo todo “pack-tick-pack-tick-pack tick-packt”, repetem isso o tempo inteiro, nos aparelhos celulares em sala de aula, ao chegar em casa ouço esse lixo o tempo todo. Os cantores desse tipo de música surgem e desaparecem como relâmpagos, mas a maldade implícita e quase sempre explícita presente nas letras musicais como os raps, por exemplo, contribuem para baixar ainda mais o nível cultural dos jovens. Dessa forma, qualquer assunto abordado em sala de aula torna-se desinteressante. Falar do período da ditadura militar para jovens alienados é como dar murro em ponta de faca, cobrar deles depois em forma de prova tal assunto é como querer tirar leite de pedra. Eles não têm noção do nível de brutalidade praticada pelos monstros do Exército nos ano 60 e 70. Por trás de uma fardas, das patentes, quadros que exibem figuras ilustres de generais e as medalhas penduradas no peito em seus uniformes estão manchadas com sangue de centenas de estudantes, artistas, sindicalistas, camponeses, professores que foram torturados nos 21 anos de repressão. O tal “Regime de Exceção” que alguns trogloditas alienados tentam chamar de “Revolução” não passou de um Golpe articulado entre elites empresariais, generais do Exército e órgãos do governo dos Estados Unidos, e isso fazia parte da “política do cacete” conhecida como “big-stick” e traduzida como “grande porrete” para facilitar a compreensão, pois é isso que significou a tomada do poder pelos generais que deram o golpe expulsando João Goulart da presidência da República, suspendendo a partir da publicação do AI-1 (Ato Institucional número 1) OS DIREITOS POLÍTICOS DO POVO, todas as garantias de liberdade ficaram suspensas e o país ficou nas mãos dos brucutus da elite armada e fardada do país. Quantos desapareceram e nunca mais voltaram? Alguns simplesmente porque tinham uma ideia diferente, e acreditavam nelas, outros simplesmente por ter algum parentesco com essas pessoas idealistas. Por conta de uma suposta ideia de se fazer uma Revolução é que desencadeou a reação militar inaugurando o período de “caça às bruxas” no Brasil.

Um pouco de História

A mesma instituição religiosa que trucidou mulheres e executou parteiras, associou as aparências deformadas e a feiúra a pessoas que praticavam bruxaria na Idade Média também considerava o ideias “comunistas” e “socialistas” como produtos de feitiçaria, assim como as infusões medicinais utilizadas a partir de ervas feitas por mulheres na época, que tentando “curar” algumas doenças, foram parar na fogueira como bruxas. O livro Malleus-Maleficarum o “martelo das feiticeiras” 1486, é um verdadeiro manual de caça às bruxas, traz um pouco dessa história macabra da Igreja que começou a perseguir pessoas que por discordar da manipulação religiosa e cristã da época. A perseguição é estimulada por alguns trechos bíblicos começou no século XV e atingiu seu apogeu nos séculos XVI e XVII principalmente na Alemanha, na Suíça e na Inglaterra. As antigas religiões pagãs e matriarcais eram tidas como satânicas. As autoridades da Igreja baseavam-se em trechos bíblicos para condenar a morte, usava (Lv 19,31; 20,6.27; Dt 12,1-5), e citava de preferência o Êxodo (22,18); “Não deixarás viver a feiticeira”. Com pretexto de matar, perseguir e torturar e sob alegações falsas e suposições genéricas de acusações a Igreja realizava “testes” para constatar se a pessoa era ou não uma adepta da bruxaria. Determinadas partes do corpo era cortada para ver se jorraria ou não sangue, caso não jorrasse, a pessoa era tida como bruxa, porém, há partes do corpo que se corta e não jorra sangue. E ai? Outra estupidez: autoridades da Igreja amarravam uma pedra em uma pessoa e a jogava no rio, caso a pessoa boiasse, não era bruxa. Como iria boiar com uma pedra amarrada ao corpo? Havia outras maneiras de testar se a pessoa era ou não um bruxo, mas nenhuma técnica era verdadeira.

Na época da ditadura a Igreja repetiu o mesmo erro ficando a favor dos militares. No Rio de Janeiro e em São Paulo realizava-se a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. A Igreja convocava os seus fiéis para rezar e sair em procissão em apoio aos militares. Se por um lado a Igreja Católica Apostólica Romanizada matou mais que Hitler no passado, desta vez, essa mesma religião com seus novos inquisidores de fardas cometeu brutalidade ainda maior ao apoiá-los: já não se queimava mais nas fogueiras, porém, os métodos de torturas eram bem piores. As pessoas, homens e mulheres, jovens e velhos, moços e moças levavam choque nas partes íntimas do corpo, eram colocadas de cabeça para baixo no “pau de arara”, eram amarradas na “cadeira do dragão”, uma cadeira de ferro ligada a uma maquila de produzir eletricidade, apanhava de “quixaba”, basicamente um porrete que lemba o cassetete moderno, havia o afogamento. Nenhum tipo de tortura desse tipo deixava a desejar em relação às atrocidades da Igreja Católica na Idade da Renascença.

A Igreja traiu o povo e seus fies. As brutalidades praticadas por uma parcela, digo parcela dos militares porque não se pode generalizar, foram terríveis, e pessoas supostamente chamadas de “comunistas” perderam suas vidas, porém vale ressaltar, que nem todos os militares eram favoráveis à tirania que se instalou no Brasil, após o golpe de 31 de março de 1964.

Os abusos eram tão horrendos, que parte das forças armadas voltava-se contra e reprovava o excesso dizendo que tais brutalidades contra o povo eram piores que os crimes de guerra, cometidos por soldados norte-americanos no Vietnã. O curioso, é que tínhamos no país uma força militar havia sido treinada para matar os cidadãos do seu próprio país e não enfrentar uma guerra contra uma dominação estrangeira.

Eles eram soldados dos Estados Unidos aqui dentro!

Mesmo tendo nascidos e registrados como brasileiros, eles eram literalmente soldados dos Estados Unidos, como se fizessem parte do Exército norte-americano, eles receberam treinamentos especiais de prática de tortura. O Exército ficou dividido: havia um grupo de generais da famosa “linha dura”, que defendia o terror a qualquer custo e outra linha mais light, que acreditava no discurso democrático como a melhor saída. Estes porém, ou foram ignorados ou eliminados e expulsos pra depois serem caçados como “bandidos” e simpatizantes do “comunismo”. Os militares deixavam bem claro que aquilo era uma guerra, não contra um exército estrangeiro, mas contra o povo. Já que estavam falando que aquilo era uma guerra, os dois lados têm que ter armas não é? Pois é, para conseguir armas alguns dos “milicos” tinham que morrer e alguns bancos, de preferência estrangeiros teriam que ser assaltados, porque, só uma pessoa de mente pequena não entenderia isso, que não tinha como os combatentes que lutavam contra a repressão ter capital para bancar a compra de armas, então o alvo eram mesmo os bancos, verdadeiras minas de dinheiro. Se por um lado as elites econômicas financiaram o golpe e deram todo apoio financeiro aos generais hoje podres de ricos e com suas milionárias aposentadorias, também os bancos onde as elites abastadas realizam seus grandes investimentos serviram de fontes para financiar a compra de armas da guerrilha urbana e rural. Mas como a CIA e outros órgãos secretos do governo estadunidense estava financiando os militares o Exército brasileiro venceu o povo brasileiro e calou a boca de todo mundo pela repressão e toque de recolher. A partir daí, só tivemos os “milicos” no governo:

1. GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) – jurou defender a democracia, mas fez um governo extremamente autoritário: instituiu eleições indiretas; dissolveu os partidos cassando todos os parlamentares, instituindo o bipartidarismo que permitiu a existência de apenas dois partidos no país, a ARENA e o MDB; suspendeu os direitos políticos e constitucionais tirando do povo o direito de escolher seus representantes; os sindicatos passaram a sofrer intervenções militares; impôs a Constituição de 1967 e por meio dela, institucionalizou o regime militar e suas formas de atuação fazendo parecer legal as brutalidades cometidas contra civis.

2. GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969) – eleito indiretamente pelo Congresso, foi um governo marcado por protestos e manifestações sociais onde a UNE (União Nacional dos Estudantes) organizou a Passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro; os operários de Contagem, MG e de Osasco São Paulo realizaram greves e paralisaram as fábricas em protesto contra o regime militar. Começam as incidências de guerrilhas urbanas, organizadas por jovens idealistas de esquerda que adotam algumas táticas para libertar companheiros que foram presos injustamente e ilegalmente por brucutus do Exército, essas táticas foram assalto a bancos, de preferência os de nomes estrangeiros e seqüestros também de personalidades estrangeiras como o embaixador norte-americano que visitou o Brasil na época e se lascou. Muitas pessoas, jovens, jornalistas, artistas de teatro, estudantes, sem ter praticado crime algum e sem nunca terem passagem pela delegacia e sem antecedentes criminais eram presos sem nenhuma justificativa plausível. Dava-se voz de prisão, simplesmente por cismar com a pessoa. Então, era preciso trocar pessoas importantes seqüestradas por presos políticos, e os assaltos eram para obter fundos para a guerrilha armada. Era urgente que o regime militar fosse derrubado, quanto mais cedo melhor, porém, o período de caça às bruxas durou 21 anos. Por motivo de doença, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). Na época o MR-8 e a ALN, dois grupos de esquerda seqüestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva". No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.

3. GOVERNO MEDICI (1969-1974) – em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici, governo considerado o mais duro e repressivo, o período conhecido em que governou é conhecido como “anos de chumbo”. A repressão aos grupos armados aumentou e Médici adota uma severa política de censura que é colocada em execução de imediasto: Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar. A guerrilha rural ganha forças, principalmente no Araguaia, mas é fortemente reprimida pelas forças militares.

Muitos educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram a vida privada e outros, demitidos, trocaram de função. professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e "não podem fazer baderna".

O período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto ainflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.

O que foi o AI-5?

O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva.

O AI-5 foi um represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu ao povo brasileiro que boicotasse as festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a licença para que o deputado fosse processado por este ato.

Determinações mais importantes do Ato Institucional Número 5:

- Concedia poder ao Presidente da República para dar recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores (Municipais). No período de recesso, o poder executivo federal assumiria as funções destes poderes legislativos;

- Concedia poder ao Presidente da República para intervir nos estados e municípios, sem respeitar as limitações constitucionais;

- Concedia poder ao Presidente da República para suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos, de qualquer cidadão brasileiro;

- Concedia poder ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores;

- Proibia manifestações populares de caráter político;

- Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular).

- Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.

4. GOVERNO GEISEL (1974-1979) – o general do Exército assume a presidência em 1974 e começa um lento processo de transição democrática, o que ele chamou de “Abertura lenta, gradual e segura”, seu governo tem início coincidentemente em plena crise do petróleo, um momento de grande insatisfação popular crescente e de recessão mundial, que afeta e interfere em cheio na economia brasileira levando o fim às ilusões do milagre econômico. Os créditos e os empréstimos estrangeiros, principalmente aqueles oferecidos pelos “amiguinhos” dos ditadores, diminuíram, a CIA que comemorou a vitória do golpe agora não está mais tão disposta a ajudar os golpistas. Trouxas! Foram usados pelos figurões das multinacionais e ferraram o país que tinha e tem tudo para crescer e dar certo, atrasaram o nosso crescimento em defesa dos ricos deixando milhões de subalternos nas mãos do imperialismo norte-americano, e hoje, o que somos? Uma nação “em desenvolvimento” para não dizer subdesenvolvida, já que nossos gabaritados sociólogos e economistas preferem dizer “em desenvolvimento”, nome bonito para camuflar a realidade e iludir o povo, persuadindo-o a acreditar nesse chavão empregado por Fernando Henrique Cardoso para não dizer pobre, desigual e injusto.

Fim do AI-5: Houve reações à abertura, por parte de militares linha-dura que não estavam contentes com os caminhos do governo Geisel, estes, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante. Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

5. GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) – A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.

Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Mas nada disso foi bondade dos militares, foi resultado de luta do próprio povo, porque, o clamor popular pelas “Diretas já” estava ensurdecedor e já chamava a atenção internacional. Hora ou outra aquele regime teria que cair.

A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.

Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.

Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.

Referências

SHIMIDT, Mario.História Crítica do Brasil. Nova Geração, Cap. 20. 7ª edição SP.

PEREIRA, Pedro Sérgio, MORAES, Robson Alexandre de. História Ensino Médio- Volume Único. Coleção Frase Didática, 1ª edição 2001, SP, p 98 a 103..

Ditadura Militar no Brasil: http://www.suapesquisa.com/ditadura/