A crise nos países árabes
Os países árabes vêm passando por uma crise financeira mesmo sendo grandes produtores de petróleo devido a concentração de renda e falta de investimentos, o que gera inflação, desemprego e muita pobreza. Junto com a crise vieram as manifestações populares contra governos corruptos e autoritários, ditaduras que já duram décadas.
As manifestações nos países árabes só estão aumentando, com muitos mártires; o pior é que é a única maneira de derrubarem ditadores que insistam no poder. Um povo tem toda a razão de se manifestar por melhorias, principalmente pela democracia, pelo direito de escolher os seus representantes políticos. Só não é correto haverem excessos, como violência e saques.
As manifestações tiveram início na Tunísia, quando um vendedor de frutas ateou fogo em seu próprio corpo em protesto contra o governo. O ditador Ben Ali, no poder desde 1987, não resistiu a pressão popular e fugiu do pais levando uma fortuna em doláres.
No Egito milhares de manifestantes foram às ruas e praças pela saída de Hosni Mubarak há 30 anos no poder. A praça Tafrir, na capital Cairo, virou um grande acampamento e centro das reivindicações. Depois de 18 dias o ditador Hosni Mubarak passou o poder para uma junta militar.
Na Líbia as manifestações já duram 03 semanas, com dezena de milhares de mortos e feridos devido confronto com as forças do ditador Muamar Kadafi, que está 42 anos no poder. Muitas cidades já foram tomadas por rebeldes. Dezenas de milhares de pessoas já deixaram o país rumo aos países vizinhos.
O ditador líbio Kadafi disse em seus discursos que os manifestantes são jovens drogados incentivados por grupos terroristas como Al Qaeda , e que vai lutar até as ultimas consequências e que só deixará o governo, morto.
Mas a pressão internacional contra o governo de Kadafi é intensa. A liga árabe já expulsou a Libia de seus quadros. O Conselho da ONU já aprovou sanções contra Kadafi. O tribunal Internacional de Haia já pronunciou julgar Kadafi por crimes contra a humanidade. E os Estados Unidos e aliados ameaçam invadir a Líbia. Como se vê, o cerco ao ditador Kadafi está se fechando a cada dia.