Motociclistas imprudentes

As cidades brasileiras mal projetadas para o trânsito sofrem com a grande quantidade de veículos automotores, principalmente de motocicletas e motonetas. A cidade de Goiânia com cerca de 200 mil motos é a que tem o maior número em relação a sua população, que é em torno de hum milhão e 500 mil habitantes.

O grande número de motos se deve a um menor valor de compra, baixa manutenção, economia no combustível, e também pela rápida locomoção, quando são realizados os zigue-zagues entre os carros e evitando os congestionamentos. Por isso as motos são muitas usadas para pequenos fretes e até por ladrões que as utilizam para fugirem da Polícia.

Os riscos de acidentes graves são muitos, e o condutor de moto sempre leva a pior por estar mais exposto e sem proteção adequada, como capacetes, luvas e roupas especiais. Os motociclistas parecem não se importarem com a segurança, pois dirigem atém sem capacetes, e em manobras arriscadas fecham, arrancam retrovisores e riscam os carros. Enfim, não respeitam e não são respeitados pelos motoristas.

Os acidentes não ocorrem por acaso. São muitas as causas relacionadas a negligência, imprudência e imperícia. Mas a maior causa é a imprudência, quando motociclistas dirigem em alta velocidade, ultrapassam em locais proibidos, andam na contramão de direção, e ainda não respeitam outras proibições, como retorno em local proibido e faixas de pedestres.

Conforme dados do DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito, no ano de 2007 ocorreram 10 mil mortes e 500 mil feridos no país, não computados os acidentes não registrados pela Polícia. Um prejuízo estimado em 8 bilhões de reais para os cofres públicos, o que sobrecarrega o SUS e o INSS. Além do mais, tais pessoas vitimadas ou acidentadas deixam de produzir para o país.

Há um projeto em tramitação no Congresso Nacional relativo ao Código de Trânsito Brasileiro, para regularizar o artigo 56 vetado em 1997 pelo Presidente da República, e visa controlar o trânsito de veículos ciclomotores em vias urbanas, isto é, proibir a circulação entre os carros e de manter a moto 1,5 m de distância do veículo da frente, com multas de 185 reais e 04 pontos na carteira.

O projeto se faz necessário devido ao grande aumento de motos. Ou seja, em 1997 eram 2,5 milhões de motos, hoje já são quase 15 milhões. É preciso de muita fiscalização, principalmente em horário de pico. Também é importante a criação de pistas exclusivas entre as faixas de rolamentos dos ônibus e dos carros. E também são importantes as campanhas educativas, principalmente na televisão e nas escolas.

(publicado no blog: http://alonso.pimentel.zip.net, em 18-04-2009)

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 25/09/2010
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