Há tempos atrás foi noticiado em várias emissoras de rádio e televisão, sobre matanças numa favela em decorrência de drogas. Quando um menino, já manejado e dirigido por adultos sem coração, envolveu-se neste mundo tão perverso, tão sem retorno. Sim, o mundo imundo, das drogas e tráficos; que sabemos ter apenas dois rumos: a cadeia e a morte.
Quando o referido menino foi questionado por um repórter, o qual lhe perguntou: – se você morresse? Responde o menino raquítico de apenas nove anos de idade: “– nós topa tudo. Se eu morrer, amanhã nasce um igual, pior, ou melhor, que eu”.
É desse início que chegamos as maiores atrocidades, que vivemos na atualidade.
Que pena! Até seu vocabulário é agressivo e soa mal. Não tanto pelos erros, mas pelo vício de linguagem que machuca não só nossos ouvidos, porém muito mais nossos corações.
É meu irmão, minha irmã, estamos vivendo uma tragédia, um conflito humano, onde o único objetivo é dinheiro, vingança e sangue.
Na verdade, isso jamais deveria existir. Tanto porque, há muitos anos atrás, alguém já pagou este preço, já passou por tudo isso por amor a nós.
Infelizmente, mesmo apesar de tudo que sabemos, o mundo ainda está cheio de indivíduos como àqueles mesmos que magoaram, humilharam, pisotearam, cuspiram, surraram e por fim, crucificaram o nosso redentor. Este inocente, apenas porque queria devolver a paz, o perdão e a vida eterna a todos nós.
Como hoje ainda o mundo está apinhado, perambulando ao nosso redor muitos Herodes que utilizam crianças para se vingar. Muitos Judas Escariote, que trocam a amizade, a dignidade, o fiel companheirismo por um troco qualquer. Como se dinheiro pudesse comprar a compostura de alguém.
Existe por aí, circulando em meio a nós, diversos como Pilatos, que lavam as mãos e finge não entender e não enxergar as atrocidades que acontecem no decorrer de cada dia que alcançamos. Simplesmente porque, não querem se envolver, aliás, na verdade, tem medo de falar o que pensam o que sabem e até o que sentem. Ou, pouco está se importando com a aflição de muitos. Lava as mãos com a mesma naturalidade que fecham uma janela, para não apreciar o óbvio e a cruel evidência.
Sem filosofia barata, claramente vivemos nos dias de hoje os mesmos episódios de dois mil anos atrás.
As guerras, as competições, os conflitos, a ganância do sempre querer ter mais, os desentendimentos; muitos às vezes criados até mesmo dentro de casa, no trabalho e por aí afora.
É lamentável! Que ainda existam muitos Herodes, Judas, vários soberanos, inúmeros Pilatos. Muita malhação, humilhação, crueldade e crucificação. Só que nunca, jamais irá nascer, crescer, viver, sofrer e morrer por nós, para nos salvar, um outro ser que só lutou e desejou a paz e o amor entre a humanidade, em todos os aspectos.
Presentemente, ressuscitado vivo espiritualmente, observa que muitos ainda não entenderam a sua mensagem, ou não querem. Não acreditam que tudo isso que estamos vivendo na atualidade já tenha se manifestado em outros séculos.