A devastação da Amazônia
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, com uma área de 6,5 milhões de quilômetros quadrados localizada no norte da América do Sul o que corresponde a 33% de todas as florestas da terra, sendo que 85% (5.217.423 quilômetros quadrados) dessa região chamada Amazônia Legal fica no Brasil, o que compreende 61% do território nacional, que tem uma área de 8.511.500 de quilômetros quadrados; e segundo os cientistas a floresta amazônica contribui para a refrigeração do planeta por absorver grande parte do carbono diminuindo as consequências das mudanças climáticas globais. O desmatamento da floresta amazônica é um problema mundial, e preocupa a muitos, principalmente ONGs e entidades dedicadas ao meio ambiente.
Conforme relatórios de ONGs como Greenpeace, SOS Mata Atlântica, WWF, IPAM (Instituto de Pesquisas da Amazônia), que realizam campanhas e estudos com o objetivo de divulgar e facilitar o desenvolvimento e recuperação das áreas degradadas da Amazônia, o Brasil foi o país com o maior índice de devastação de florestas entre 2000 e 2005; e a floresta amazônica já perdeu quase 20% do seu tamanho original – cerca de 700 mil quilômetros quadrados. Mas conforme o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre agosto de 2006 e agosto de 2007 foi desmatado uma área de 11.532 quilômetros quadrados, 18% menos que o ano anterior.
A devastação da floresta amazônica brasileira acontece pelo desmatamento ilegal, por garimpos clandestinos e até por estradas abertas por traficantes, e é mais grave do que se imagina. Há a ação dos madeireiros que derrubam madeiras de lei como mogno e vendem para o mercado interno e externo. Há as queimadas provocadas por fazendeiros, para a formação de pastos e lavouras como de soja e cana de açúcar. Há empresas clandestinas que compram minerais como ouro e pedras preciosas e vendem para o mercado negro. Há as pescas predatórias, com alguns peixes em extinção como pirarucu e o peixe boi. Há capturas de animais silvestres e peixes ornamentais para alimentar o tráfico. Há a exploração de plantas para a indústria farmacêutica e cosmética. Etc.
O problema se agrava com os invasores de terras e os grileiros que brigam pela posse das mesmas, com milhares de vítimas de homicídios. Os grileiros e falsificadores de documentos só existem pela omissão do Estado que não legalizam as terras. As terras são devolutivas, pertencem a União. Falta uma reforma agrária; pois há muita terra para ser distribuída e muitos invasores. Os índios também têm as suas terras invadidas e ainda são ameaçados. Há muita riqueza nas mãos de poucos. E lotes de terras são vendidos por ONGs suspeitas no exterior pela internet com o intuito de preservar a floresta amazônica.
Os governos federal, estaduais e municipais não investem; não há fiscais suficientes. O Estado do Pará, um dos mais prejudicados pelas invasões e extrativismo ilegal de vegetal e mineral, conta com 107 fiscais para uma área de mais hum milhão de quilômetros quadrados. Faltam policias para coibir a violência e investigar a criminalidade. É preciso que os governos se unam pela preservação da Amazônia e de suas riquezas, pois a Amazônia é nossa. Imagens de satélite registradas pelo INPE mostram um desflorestamento equivalente a um campo de futebol a cada 10 minutos nos últimos 20 anos, o que faz do Brasil um campeão em desmatamento. E no país, os estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia são os campeões em desmatamento.