O médico da Saúde da Família Theo Marcílio Pompel, submeteu o Trabalho de Conclusão de Curso “Mais conversa e menos Diazepam: Uso crônico de benzodiazepínicos em idosos “, à Universidade Aberta do SUS (Una-SUS) - Núcleo do Ceará - Núcleo de Tecnologias em Educação a Distância em Saúde, Universidade Federal do Ceará.
O seu trabalho despertou especial interesse deste educador popular e poeta e da equipe da Estratégia Cirandas da Vida. Mas a referida ação educativa foi desmontada no início da gestão do Prefeito Sarto. A Estratégia Cirandas da Vida era vinculada à Coordenadoria de Educação em Saúde, Ensino, Pesquisa e Programas Especiais - Coepp/SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. À época, a Dra Anamaria Cavalcante Silva e sua equipe, manifestou o especial interesse em aprofundar a questão e contribuir com a construção coletiva de atos limite para o enfrentamento dessa situação e efeitos gerados pelo uso crônico dos Benzodiazepínicos.
Na tarde de segunda-feira (10/02/20 aconteceu uma reunião proposta pelo Dr Theo com a equipe de saúde da família, no Posto de Saúde Floresta, com o objetivo de propor e planejar ações que pudessem ir ao encontro da qualidade de vida dos idosos e das pessoas que fazem uso continuado do Diazepam. As práticas integrativas e complementares, as plantas medicinais, a arte e a cultura popular como caminhos de diálogo e vivências, na perspectiva do incentivo ao desmame de medicamentos de modo a se combater os efeitos nocivos à saúde física e mental dos idosos - principalmente, devido ao uso crônico dos mesmos.
Esse encontro foi uma primeira sensibilização aos trabalhadores e socialização de ideias sobre o que fazer a partir dessa iniciativa. Infelizmente, com o desmonte da equipe de educadores populares da Estratégia Corandas da Vida, estas e outras ações foram esquecidas ou alteradas em sua metodologia e práxis. Mas não custa lembrar.
O texto a seguir já é parte da produção em linguagem poética voltada à sensibilização.
MAIS SAÚDE E MENOS DIAZEPAM
É importante rever e refletir sobre a questão
E a questão é mais que fundamental
O uso desmedido dos benzodiazepínicos
Sem adequado acompanhamento clínico
Muitas vezes sem a devida supervisão
Ao invés de fazer o bem pode acarretar dano fatal
Mas para muitos idosos o uso do diazepam parece até natural
Mas não deveria fazer só o bem o que nos parece natural?
Sem metas terapêuticas acompanhadas não há remédio plenamente eficaz
Todo medicamento alopata produz mais efeitos colaterais
O uso continuado traz junto com a suposta sonolência
A iatrogenia nos idosos que rima até com demência
Por isso uma tomada de consciência e boa informação nunca é demais...
Junto com a informação que tal se pensar alguma ação?
Reunir o público sujeito para cuidar e propor outras terapias?
Envolver os idosos e a família na perspectiva de uma outra atenção!
Encruzilhar educação saúde práticas de cuidado e cidadania
Trazer as plantas medicinais para esta roda de poesia
Do que um elixir de cidreira, uma roda de conversa e uma massagem é capaz?
E o que dizer do escalda pés, com água morna sal grosso e as plantas medicinais?
Insônia, dor de cabeça, o estresse a ansiedade
Tudo isso são doenças da velha modernidade
Diazepam não promove a cura e desmamar é preciso
Mas cada caso é um caso e a equipe de saúde da família saberá sem improviso
Qual o melhor procedimento clínico misturando as ciências acadêmica e popular!
Médic@s enfermeir@s ACSs usuários juntamente com a comunidade podem mudar essa história
Mais Saúde e Menos Diazepam! Acordar pra vida, após dormir com qualidade é o desafio da vida saudável de toda manhã!
#síntesescriativas