Depressão
Depressão, a principal neurose da atualidade. Uma questão de saúde pública.
Estar deprimido ou ser depressivo, eis a questão. Não se trata de nada vergonhoso. Todos somos e estamos vulneráveis. Podemos ter um curto-circuito no meio das turbulências e dramas que estressam nossas vidas. Quanta ansiedade, culpa autoculpa geradas pelo sistema hodierno de dominação de nossas mentes e corpos!
Quem consegue definir claramente a depressão, suas causas e sintomas?
Segundo o pesquisador do IMS/UERJ, psiquiatra Jurandir Freire Costa, trata-se de enigmática forma do sofrimento humano que deve ser pesquisada e aprofundada de forma abrangente, além da medicalização (de antidepressivos) pela indústria farmacêutica.
Sofrimento psíquico? Tristeza ou dor moral? É fraqueza da vontade? São pensamentos obsessivos? Disfunção bioquímica do cérebro? É ansiedade? Oscilação hormonal? Estresse e sobrecarga de responsabilidades? São os distúrbios do sono? São comportamentos disfuncionais? É doença social? Um imbroglio existencial em que nos enredamos? Ou é tudo isso e algo mais?
Quem nunca viveu na pele situações de perda na vida, como momentos cinzentos de tristeza, de fracasso, desilusão amorosa, perda de emprego, doença na família, luto? Na nossa existência sempre haverá realidades pelas quais, de alguma forma ou de outra, teremos grandes chances de passar. A verdade é que, nestes atuais tempos difíceis e complexos, não é fácil escapar desses buracos existenciais e de circunstâncias que não dependem só de nós.
Como superar nossas crises?
Diante de cada um nós há vários caminhos para recuperarmos os laços de afeto adormecidos, o humor deprimido e despertarmos novamente o interesse e encanto pela vida. Se temos sede nesse momento de deserto, é porque deve haver alguma fonte adiante. Coragem! Caminhemos!