A ignorância em relação a vacina e o assustador números de mortos

Ontem, num salão de cabeleireiro no meu bairro, em Cabo Frio, fizeram a seguinte pergunta: "Quem aqui confia na vacina e a tomará?" Todos, com exceção de mim, disseram não confiar nas vacinas contra a Covid-19 e que não a tomariam. Fui o único a dizer que me vacinaria, além de falar-lhes sobre a história e importância da vacinação no Brasil e no mundo. Aproveitando o ensejo, deixei claro que o que eles diziam era pura ignorância e, não se protegendo, colocariam suas vidas, suas famílias e toda a coletividade em risco.

Era notório o poder da desinformação, da lavagem cerebral e da alienação provocada pela religião e por políticos negacionistas contrários à ciência, que persuadiram aquelas pessoas e, essa postura errada, disseminou milhões de outras no Brasil.

O país contabilizou 230.127 óbitos e 9.449.088 casos por Covid-19, desde o início da pandemia, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa e das Secretarias estaduais de saúde. Já são 16 dias seguidos com a média móvel de mortes acima de 1 mil.

Mesmo com esse número alarmante percebe-se, a cada dia, a insensibilidade diante das mortes que se avolumam, especialmente no Brasil.

Embora cientistas, a OMS, a ANVISA e até mesmo os fabricantes de remédios, como a ivermectina , afirmassem que não havia eficácia no suposto tratamento precoce promovido pelo presidente da República e seu ministério da Saúde, pessoas optaram por acreditar mais nesses placebos do que em vacinas que extinguiram e curaram dezenas de doenças graves.

Mas triste é constatar a campanha de desinformação e mentiras promovido por líderes religiosos que afirmam que a vacina tem chip líquido, HIV e câncer, como disseram inúmeros pastores evangélicos, ou, então, como fez um padre que chegou a afirmar que as vacinas são produzidas a partir de fetos abortados (ambos os vídeos foram postados no meu Facebook e estão disponíveis no YOUTUBE).

Nem com o Papa Francisco e o Emérito Bento XVI sendo vacinados e conclamando os fiéis a se vacinarem teve o efeito benéfico esperado pela comunidade científica. Muitos preferem teorias da conspiração e a falácia anticientífica. A versão mentirosa agrada mais aos ouvidos mesmo trazendo risco de morte do que a verdade pura e simples. E assim caminha a humanidade, enquanto muitos lutam pela vida e pela verdade, outros promovem desinformação e morte.

Obs.: Texto escrito em 07/02/2021, sobre a ignorância das pessoas em relação a vacina e a campanha de desinformação feita contra elas por negacionistas.

Obs.: O próprio fabricante da ivermectina foi a público e disse que o medicamento é ineficaz no combate a Covid-19. Link: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/fabricante-diz-nao-haver-evidencia-de-que-ivermectina-funcione-contra-covid-19/

Caso do pastor: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/12/22/pastor-que-disse-que-coronavac-tem-hiv-dentro-dela-e-intimado-a-depor-pelo-mpce.ghtml

Caso do padre: https://cultura.uol.com.br/noticias/16244_padre-propaga-fake-news-e-diz-que-vacina-contra-covid-19-e-feita-com-fetos-abortados.html

Acioli Junior
Enviado por Acioli Junior em 26/03/2022
Reeditado em 26/03/2022
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