A Covid-19 não é o fim do mundo

O novo coronavírus é um vírus de origem animal vindo de morcegos, pangolins, porcos etc., não é um organismo vivo, mas uma cepa, um pedaço de RNA microscópico protegido por uma capa de gordura e envolto em espinhos, transmissível por gotículas e muco de infectados que chegam diretamente à nossa boca, nariz e olhos, ou que grudam em alguma superfície e em nossas mãos; e uma vez instalado em nossos pulmões conectam em nossas células de onde sugam nutrientes para se reproduzirem. E como consequência causa a doença Covi-19, com um quadro clínico de inflamação e infecção respiratória grave podendo nos levar à morte.

Há mais de 3 mil vírus e cerca de 600 que causam doenças respiratórias. Em 1935 o bioquímico e virologista americano Wendell Stanley examinou o vírus de mosaico do tabaco e encontrou a sua estrutura contida de maior parte de proteína; e em 1937 o referido vírus foi identificado em detalhe. Os vírus que causam o resfriado não são tão ofensivos. Os vírus que causam a gripe comum se dividem em influenza A, B e C, e apenas os vírus A e B causam doenças. O coronavírus Sars-Cov-1 e 2 são mais graves que os vírus da influenza, por terem estruturas mais complexas e serem mais resistentes.

Mas, nem todos os infectados com o novo coronavírus desenvolvem a Covid-19, por terem muita resistência física, e muitos não apresentam nenhum sintoma, são assintomáticos. Os principais sintomas da Covid-19 são febre, tosse seca e dificuldade respiratória, dores no corpo, coriza, fadiga, dor de garganta e diarreia. Só há remédio para os sintomas, e para a dificuldade respiratória grave é necessário um suporte ventilador, o que tem levado à morte de muitas pessoas pela falta do mesmo. Os pacientes com maiores riscos de morte são: obesos, anêmicos, diabéticos, hipertensos e cardíacos. E também as pessoas de grupo sanguíneo A têm maior risco de contágio que as do tipo O.

Conforme a OMS, pacientes pré-sintomáticos infectados com o novo coronavírus estão a desenvolver a Covid-19 e transmitem o coronavírus durante 14 dias, período de incubação; e pacientes assintomáticos não desenvolvem a Covid-19 devido a certa imunidade, mas são capazes de disseminar o coronavírus; mas há controvérsia de especialistas, que afirmam que pacientes assintomáticos não transmitem o vírus. Ainda conforme a OMS, 80% dos infectados são assintomáticos, e a taxa de mortalidade fica em torno de 3 a 4% de acordo com a desigualdade social e sistema de saúde, enquanto que para o vírus influenza a taxa é de 0,1% de óbito. O Brasil apesar de ser o país do epicentro da pandemia, é o 1º em casos recuperados, ultrapassando os EUA, segundo a Universidade Americana Johns Hopkns. Os EUA continuam em primeiro em número de infectados e mortes e dificilmente será ultrapassado pelo Brasil.

Segundo especialistas em virologia, 50% da população mundial já está infectada com o novo coronavírus e as estimativas são que 80% seja infectada numa década, restando somente povos isolados como indígenas, aborígenes e tribos africanas, porque as pessoas nunca vão parar de se locomoverem de uma região para outra, e é como vírus da gripe que existe em todo o lugar. A solução seria o desenvolvimento de um remédio e vacina eficazes. O isolamento social e a higienização podem ajudar, mas há falhas devido à falta de controle dos governantes e apoio da população. Aí eu me pergunto: - Como isolar mais de 7 bilhões de pessoas mundo afora? – Como isolar 200 milhões de brasileiros? – Como isolar 12 milhões de paulistanos? E por aí vai!

Na minha opinião, o isolamento social é uma ilusão, pois com as pessoas ficando em casa vai aumentar a disseminação entre parentes e amigos, e ainda causar desemprego e fome, fome que causa mais doenças por inanição. Para mim, o certo é proteger as pessoas do grupo de risco como idosos, gestantes e com comorbidades com distanciamento social, e exigência do uso de máscaras em locais públicos e transportes coletivos. Fechamento de empresas e comércio, paralisação de escolas, universidades, atividades religiosas, campeonatos esportivos e shows musicais vejo como um exagero e abuso de poder, até porque os números de infectados continuam subindo, enquanto que a taxa de mortalidade está diminuindo. Destarte, há estudos de que com a disseminação do novo coronavírus ou SARS-CoV-2 o mesmo tende a se modificar, enfraquecer e até desaparecer como já ocorreu com a MERS; e as vacinas que estão sendo desenvolvidas nem sirvam mais; mas, se não modificar, a vacina será eficaz. Enfim, não há razão para tanta preocupação, pois ainda não é o fim do mundo.

Goiânia, 26 de junho de 2020

Alonso Pimentel

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 28/06/2020
Reeditado em 29/06/2020
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