O avanço da Covid-19
Devido ao isolamento social imposto pelo Governo de Goiás de 14 dias, que fechou tudo, com exceção de supermercados, farmácias, padarias e postos de gasolina, estou de quarentena e meu cabelo já está grande
, a barba ainda bem que sei fazer, logo estarei irreconhecível parecendo um bicho do mato. Não posso ir à igreja congregar, nem passear no shopping com a minha cara-metade. No segundo decreto de 14 dias o Caiado liberou as lojas de autopeças, e fui beneficiado porque estou reformando um fusca, ano 1979, cor bege. Nas lojas e nas ruas tenho visto muita gente usando máscara parecendo o cenário de uma grande guerra biológica. Mas se eu tivesse com o Covid-19 teria apresentado algum sintoma. O problema são as pessoas que veem de fora, de outros estados e de outros países que podem nos contaminar.
Depois de me exercitar pedalando na minha bike e fazer algumas compras volto a minha toca ou pena de reclusão, ligo a televisão para acompanhar as notícias locais, regionais, nacionais e internacionais, onde a pauta 24 horas com uma certa doze de sensacionalismo tem sido a pandemia do novo coronavírus causador da síndrome Covid-19, uma espécie de gripe 10 vezes mais contaminante que a pandemia do vírus influenza H1N1 que causou a gripe A em 2009/2010 e matou cerca de 500 mil pessoas em 214 países, e no Brasil teve 105.054 mil casos confirmados e 2.060 mortes. E conforme as últimas estatísticas (13-04-2020) a Covid-19 já infectou 1.912.923 pessoas no mundo e causou 118.966 mil mortes, sendo recuperados 448.05.
É sabido que o epicentro da síndrome Covid-19 teve início na cidade de Wuhan (com cerca 11 milhões de habitantes), capital da província da China central, em dezembro de 2019 quando foi diagnosticado alguém uma pneumonia causada por novo coronavírus. A suspeita é que o novo coronavírus tenha vindo de morcegos ou pandolins, mas não há uma comprovação científica. Por se tratar de seres microscópicos, o local e a hora da infecção ninguém sabe. Mas as autoridades chinesas isolaram a província de Hubei e a cidade de Wuhan até não haver mais nenhum caso suspeito depois 67.803 e 3.212 mortes. No total a China teve 82.160 mil casos confirmados e 3.341 mortes até o momento e foi superada por muitos países. Os novos casos de coronavírus na China são de pessoas vindas de fora, e o Governo tenta inibir com quarentena.
O epicentro seguiu para a Itália, com 159.516 infectados e 20.465 mortes; e está localizado agora nos Estados Unidos, com 585.391 casos constatados e 23.524 mortes. Os 08 países mais infectados até o momento são: EUA, Espanha, com 170.099 e 17.756, Alemanha, 130.072 e 3.194 mortes, França, com 98.076 e 14.967 mortes, Reino Unido, com 88.621 e 11.329 mortes, China, Irã, com 73.303 e 4.585 mortes, e Turquia, com 61.049 e 1.296 mortes. Todos os 50 estados dos EUA já estão infectados. A cidade de Nova York no estado de Nova York, com cerca de 8 milhões de habitantes é a mais infectada do mundo, com 67.551 e 4.245 mortes, enquanto que o estado de Nova York, tem um total de 122.031 casos confirmados e 4.129 mortes.
O Brasil com 23.753 e 1355 mortes ocupa a 14ª posição no ranking mundial. O estado de São Paulo é o epicentro da pandemia no país, com 8.895 casos confirmados e 608 mortes. Outros 6 estados mais infectados no país são: Rio de Janeiro, com 3.231 e 188 mortes; Ceará, com 1935 e 101 mortes; Amazonas, com 1275 e 71 mortes; Pernambuco, com 1.154 e 102 mortes; Minas Gerais, com 815 mortes e 23 mortes; e Santa Catarina, com 777 casos e 24 mortes. E o Estado de Goiás onde eu moro, tem 233 casos e 15 mortes.
A taxa de mortalidade na Europa é a mais alta devido a uma maior quantidade de pessoas idosas, que não é sinônimo de comorbidade, porque tem muitos velhos com boas condições físicas se recuperando da Covid-19 enquanto muitos jovens e adolescentes perdem a vida como no caso do índio Yanomami, de 15 anos, morto em Roraima. A verdade é que o coronavírus não escolhe idade, cor, sexo, raça nem classe social, todos são iguais perante a síndrome sistêmica; e escolhe somente as pessoas que se expõem e que estão com alguma doença crônica ou baixa imunidade. Os números dos casos de Covid-19 continuam aumentando no Brasil e no mundo, e o pico ainda é incerto pois alguns especialistas pessimistas estimam o mês de junho. Destarte, temos que continuar nos prevenindo evitando as aglomerações e lavando as nossas mãos e tocando as mesmas no rosto vinte vezes ou mais durante um dia.
Goiânia, 14-04-2020