A história de Moisés
A história de Moisés
Os cinco primeiros livros do Velho Testamento da Bíblia Sagrada (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) são chamados de Pentateuco, pelos cristãos, ou de Torá pelos judeus, palavra da língua hebraica que significa ensinamento, instrução ou lei, e fazem
referência à primeira secção do Tanakh, os primeiros cinco livros da Bíblia Hebraica. Conforme os israelitas, eles relatam a criação do mundo até a morte de Moisés, e foram supostamente escritos por Moisés, porque há discordâncias, ou seja, que foram compilados no período persa entre o século IV e VII a.C.
Conforme o livro de Pentateuco, Moisés era filho de Anrão e Joquebete, da tribo de Levi, e o seu irmão mais velho se chamava Aarão e sua irmã se chamava Miriam. E Moisés nasceu numa época que os hebreus eram escravos no Egito, e que Faraó por temer o aumento do povo hebreu e o seu poderio, assinou um decreto em que toda criança hebreia do sexo masculino seria sacrificada.
Conforme a Bíblia, Joquebete ao perceber que o rei do Egito vinha para matar os recém-nascidos, escondeu Moisés durante três meses até colocá-lo num cesto no rio Nilo. Após a filha do Faraó que estava a se banhar no rio Nilo encontrou o cesto, e pediu a uma hebreia (a mãe natural) que o criasse enquanto criança, que lhe dava um salário. “Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual a adotou por filho, e lhe chamou Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei” (Êxodo 2:10). Moisés foi educado na corte como um príncipe do Egito, onde aprendeu as leis do povo egípcio.
Aos quarenta anos, depois de matar um feitor egípcio em defesa do povo hebreu, foi obrigado a fugir para escapar da pena de morte. Foi para a região montanhosa de Midiã, no leste do Golfo de Acaba, onde foi trabalhar Jetro sacerdote e criador de ovelhas, e se casou com a sua filha de nome Zípora, e tiveram dois filhos, Gérson e Eliézer. Quarenta anos depois enquanto pastoreava ovelhas, se deparou com uma sarça que se queimava mas não se consumia, quando ouviu o chamado de Deus para libertar o povo hebreu do jugo de Faraó e levá-lo até à Canaã, a Terra Prometida a Abraão, e transformou a sua vara de pastou numa vara de condão. Moisés disse a Deus que tinha dificuldade na fala, e Deus escolheu o seu irmão Aarão para ser seu interlocutor com Faraó. Faraó ao se arrepender de libertar os hebreus sob a liderança de Moisés, os encurralou na entrada do mar Vermelho, e foi quando Moisés com a sua vara separou as águas do mar Vermelho, para que os hebreus fugissem em terra seca, e os soldados egípcios que vinham atrás se afogaram.
No início da jornada pelo deserto, no Monte Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu a duas tábuas dos Dez Mandamentos, escritas pelo dedo de Deus, que eram guardadas na Arca do Concerto ou da Aliança. Depois os 10 mandamentos foram ampliados para um código de leis com cerca de 600 leis denominado de Lei Mosaica. Em seguida, os israelitas ficaram a vaguear pelo deserto durante quarenta anos. E Moisés morreu aos 120 anos após contemplar a terra de Canaã do alto do Monte Nebo, na planície de Moabe, e o próprio Deus o sepultou em um túmulo desconhecido no vale na terra de Moabe, defronte de Baal Peor (Deuteronômio 34:6). E Josué, o seu ajudante, foi o seu sucessor, e quem conduziu o povo hebreu nas conquistas de territórios na Transjordânia e de Canaã. Conforme a Bíblia, Moisés foi impedido de atravessar o rio Jordão com os israelitas, por causa da transgressão nas águas de Meribá, e que morreria no monte Nebo, e fez uma mensagem de despedida contida no livro de Deuteronômio.
Goiânia, 24-06-2024
(Do meu livro, Minha religião, nossa religião, em revisão)