Jesus Business

Vou começar este texto argumentativo com uma informação que me tirou o chão já há dias. Ainda estou assuntando.

O cenário era este: Um novo líder religioso. Estava passando orientações para os seus liderados. Um cara novo cheio de liderados no total uns 15. Lá estava eu o revoltado, já explico a minha revolta, que se deu depois da declaração que o mesmo deu e eu escutei e assuntei e magoou meu coração a ponto de emburrar total. Foi assim.

"– Irmãos, olhem para Jesus Cristo, tinham dele os preferidos que ficavam ao pé do Mestre, e (resumidamente não lembro os pormenores) estes se davam bem, afinal, tinham mais afinidade com o Mestre!" E citou o trio parada dura. Pedro, Tiago e o João, que não é o Batista nem o outro, o João. Você leitor antenado sabe, o do Evangelho. Saiu da boca dele este jargão: "Quem não é visto não é lembrado."

Isto me causou muita estranheza. Pensei que as relações religiosas devem ser ponderadas pelo puxa saquismo seria isto? E a continuidade do discurso do novo líder era de descer a lenha no Judas, e ainda discriminar o Tomé. Um espetáculo...

Voltei para minha casa, meus afazeres e minha vida com esta informação. Como assim? Para me dar "bem" na igreja, almejar cargos eclesiásticos (se é que este deve ser o norte de todos os servos de Deus nesta Terra) precisaria puxar o saco de um líder religioso? Minha vida de servidão religiosa entrou em jogo.

Daí fechei a cara, afinal, não é o meu perfil e nunca foi puxar saco, nem criar apartheid entre os discípulos do Mestre. (Pois se Jesus ficasse citando ou criando isto como natural, haveria sim uma segregação) Lucas 9:46... Como assuntei.

A logica é: Jesus Cristo, tinha seus liderados fato. Todavia, todos eles eram importantes, e não é por que um era bem disposto na narrativa e outro não, que lhe desmereceria a ser um cidadão do céu.

Fui para as minhas leituras, li dois livros de Max Lucado, li a bíblia e cheguei a uma conclusão. Jesus era o próprio Deus que se fez carne. Ele se fez homem e sentiu na pele as nossas dores. Todavia, ele compreendia o passado, presente e o futuro de cada um dos seus liderados. Ele tinha esta informação em todo o tempo, mas ele escolheu cada um e deu a eles a oportunidade de serem servos. Na continuidade da narrativa do evangelho, aconteceu várias cenas onde todo aquela gratidão, tornou-se ingratidão e até mesmo traição. Tudo necessário. Jesus Cristo o filho de Deus, voltaria para o céu, não poderia ficar aqui na terra e ser o "rei dos judeus" e todo o enredo levou ele para sofrer o maior castigo. A morte e morte de Cruz. Elencar o bom ou o ruim, não acho adequado e nem ser sincero a certo ponto o de instruir. E uma fala em coletivo sobre como proceder para crescer na igreja. Não!

A escrita do Max que me trouxe a razão foi: Um coração igual ao de Jesus. – Como poderia Jesus elencar o melhor e o menos melhor? É meio estranho. As relações claro que se dão de favorecer quem tem mais afinidade aqui e ali, todavia, não deveria ser uma norma a ser arrotada para ser seguida. Quantos Pedros, Tiagos e Joães teríamos? Todos precisam concordar e bajular para se sentir aceito? É um cenário Business, no comércio e na industrial, ou qualquer outro lugar é um fato bastante usual. Entretanto na igreja. Não acho certo. Enquanto a minha bronca? Persiste.

Waldryano
Enviado por Waldryano em 22/07/2022
Reeditado em 25/07/2022
Código do texto: T7565501
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