MAAKE DE HAARDT E O LIVRO SEM PÁGINAS

I

O outono havia chegado e o frio úmido circundava a casa. A noite estava bucólica na penumbra das luzes que iluminavam o orvalha que cai sobre a rua com seus postes com luzes. A casa estava fechada, escura, alguns transeuntes que despercebidamente passassem com olhar meio soslaio naquele momento, perceberia no vácuo tênue, um luz imperceptível por entre árvores que saia da área para meu quarto, pelas frestas da ventana. Mas seria impossível tal olhar... Só uma pessoa sem moradia poderia vagar pela noite intranquila por causa da violência da urbana cidade.

Eu estava observando as duas gatas que dormiam, de certa maneira eu também estava acostumado com a rotina, sorri e sentei-me diante da máquina, pensei: " o que ei de por entrelinhas?" Eu não sabia de certo o que desejava escrever ou queria por alguns segundos, minutos sem chegar em horas...O motor da geladeira fazia o barulho, me sentia incomodado, sentia um leve dor de cabeça, passageira para vir na mente o desejo de expurgar algo que trouxesse inspiração, algo de concreto que me desse a certeza de escrever com inspiração.

O ronco barulho do motor da geladeira me azucrinava, sorri!

"Já passam das duas da madrugada." - Pensei em silêncio.

II

Escutei o relógio badalar três horas. Despertei meio sonolento porque eu queria escrever e havia cochilado... Banhei o rosto. Comi um fruto. Pensei: "Maaike de Haardt" ...

Há muito tempo atrás eu havia lido algo sobre uma teóloga holandesa, feminista, um mulher que falava sobre a linguagem do ser humano na sua importância quanto espécie da natureza do ser macho e fêmea, porém, o que chamou-me atenção foi o paradoxo da teoria em si abordada pela Igreja Apostólica Romana nos idos do século XVII, e de maneira racional, busquei compreender a teóloga em sua abordagem atual - Linguagem - que no linear dos séculos até estarmos nos dias atuais o homem especulou páginas e não encontrou respostas, então, comecei a lembra-me da então Maake de Haardt, que mostrava-se bastante transparente ao ir de encontro as muitas abordagens que haviam perpassado entre os doutos da Santa Madre Igreja e até mesmo pelos eruditas protestastes que em sua maioria viviam procrastinando em teorias numa estrutura discursiva da Igreja Cristã o porquê de haver homossexualidade, uma das 'propostas' sempre ríspida para a Igreja.

O ser Homem ou Mulher em ênfase a genitália ou sexualidade poderiam ter e tinham um diálogo inter-religioso diferente, de certa maneira houve alguns preâmbulos sobre a questão sem ir além pelo ainda terem uma conotação errônea sobre a linguagem entre nós humanos, de Deus como Eterno, oculto, de homens e mulheres e família.

Quando Maake de Haardt fala sobre a liberdade teológica da expressão da linguagem entre os seres vivos, ela não especifica um questionamento entre o racional e o irracional vivente, ou seja, ela como doutora em teologia sistemática e como mestra no campo dogmático da área especifica, busca apresentar uma pluralidade no âmbito espiritual do ser, obvio que ela contraria não só a classe clerical como também outras áreas sem maiores prejuízos sócio-educativo. Apenas ela tenta em suas tessituras mostra a realidade da vida contemplativa entre todos os seres humanos que em infinita grandeza engloba os outros seres biologicamente estudados dado as Ciências Biológica.

No construção da teológica sistemática existe uma disciplina que é bastante importante, Cristologia, então é nesse cenário cristológico que a abordagem da teóloga é desenvolvido numa dialética empírica em sua total realidade contextual. E, quando eu menciono por ter lido uma matéria dela, posso atestar a veracidade que aflora na minha alma por ter contribuído em meu desenvolvimento humano como teólogo e agente pastoral.

III

Em 1943, a Brillat-Savarian do século XX, Mary Frances Kenneth Ficher, em seu cânon-gastronômico, pode dá-se o direito de 'comer' e ser 'comida', uma linguagem sacro-profano do seu livro de diálogos femininos 'The Gastromical Me' ( Eu Gastronômico ), Fisher deu-se o direito de falar do humano sobre a fome e a compaixão.

Maaike de Haardt foi bem mais além em todos aspectos entre a integridade religiosa e a fome do ser que engana-se por questões banais, pois, o ser humano é muito bem representado na cristologia como único para com toda sua liturgia interior, um busca incessante do eu sou pela caminhada de vida desde sua formação como criança até suas escolhas, ou melhor, escolhas feitas pela transformação cristológica da essência vivida na sua clareza de discernimento interior não dogmatizada por homens de letras. Sendo assim, o belo que existe cravado na alma e o imperfeito também cravado em síntese da alma do cotidiano algoz. Porque nós vivemos numa paradoxalidade entre o bem e o mau, o certo e o incerto, uma fome humanitária de ajustarmo-nos e seguirmos entre caminhos de natureza sólida, que nos transmite a liberdade e, mesmo que estejamos sobre olhos alheios, podemos nos considerar livras das agruras do destino com prudência e perspicácia na luz do evangelho. Todos nós temos fome de amor e isso nos leva a colhermos o que plantamos no decorrer da vida e, a teóloga, em seu artigo para revista, mostrou que a liberdade cristológica encontra-se na beleza do ser humano que converte-se a integridade sem perder o foco da sua vida na existência imaterial, de maneira que todos os anjos são livres com fé, e quando ela pronuncia a palavra anjo, refere-se ao cristo que só apregoou o amor para Ele e para Deus em única esperança de fé. E está fome nós sentimos como a Maaike de Haardt refere-se, é justamente a comunhão entre todos os seres humanos sem uma condição genética, e sim, espirituosidade, porque Deus na sua unicidade disruptivo na historia, nos mostra na Sagrada Escritura que homens e mulheres, entre raças, povos, bem como diferenças econômicas, culturais e religiosas, podem se transformar em relações libertadoras. Onde pessoas constroem relações de amor uno e trino sem absorver o dogmatismo religioso imposto que nos é revelado diferentemente da imagem de Deus.

IV

Maaike de Haardt que nasceu em Nijmegen, Holanda, só nos apresenta a liberdade incondicional de todos os seres humanas para com Cristo e, por sermos imagem e semelhança, os seres vivos não racionais, merece nossa atenção como vida. Somos espelho da alma no oceano da sabedoria.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 27/08/2019
Reeditado em 27/08/2019
Código do texto: T6730121
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