OS MEDOS DE CADA UM ( Segunda Parte )
Para falar sobre meus medos medos foi preciso dar um mergulho interior, no mais intimo do ser, arranca-los e expô-los timidamente como que tentando resignar a alma desse turbilhão de sentimentos às vezes invisíveis aos olhos alheios.
Mas falar dos medos é como desentoxicar a alma de magoas, de anseios de desejos não realizados, da auto estima em baixa, do grito silencioso na noite, das lembranças que me falam de você e da imensidão desejo que atravessei por teu amor, sim caminhos de voltar, das lágrimas que chorei sem se quer o rosto molhar...
Medo do sono consciente para esquecer de dormir e não sonhar com a ilusão da fala mansa da saudade que as vezes tenta destorcer a realidade, mas abro os olhos e vejo que tudo é diferente, pois só sabe amar e de saudade quem já ficou só eu fiquei...
Medo das estradas tortuosas por onde muitas vezes caminhos sem visualizar horizonte...
Medo do desconhecido, quando se chega ao outro lado da vida, incertezas, e eu quiquei muito tempo sem resposta.
Por tudo isso preciso encontrar a solidão para saber se esse medo de amar novamente ainda é só meu, pois se esse medo de amar novamente ainda é só meu, pois se hoje pudesse escolher, não teria amado tanto assim...
Com medo o silêncio e a noite triste e fria me viu mais uma vez chorar até adormecer...
Ainda bem que vem surgindo um outro dia trazendo o amanhecer!
Lúcia Gaiafi (In Memoriam)
25 de fevereiro de 2012