OS MEDOS DE CADA UM ( Primeira Parte )
Passaram-se anos para que eu entendesse os meus medos, que fugiram do meu controle e seguiram por umas avenidas de difícil acesso, de vários destinos de muitas cores e muitas vezes de dores, de pensamentos coitados para que não se fossem revelados, de sentimentos calados no mais último ser.
Parecia que eu buscava lembrar de coisas que eu pensava esquecido, de tantos desejos e promessas, de boas lembranças que passaram por vários cominhos de eu canto e prantos, alguns para esquecer e outros reavivando a mente com perfume de doces momentos vividos, buscando realizações. Mas para que haja a busca é necessário a confiança para o alcance de objetivos...
Ai então vem o medo dos desencontros, de sentimentos não compreendidos, de erros não corrigidos, de amar outra vez, das ausências permitidas, do silêncio sem resposta, da solidão. O medo de andar sozinho pelos caminho de nós dois, da fala mansa da saudade, que não acaba, o medo de falar das mágoas que deixei em tua alma por não entender como querias ser.
Como é difícil chegar até a alma! Compreendê-la e enriquecê-la de novas motivações.
O corpo se curva diante dos sofrimentos e desilusões . A alma não, ela possui toda a energia do universo, ela se basta...
Nós passamos, o tempo continua no seu último à disposição, dizendo que nunca é tarde para se pedir perdão.
Perdoa a minha incapacidade de não fazer-te feliz e levar-te a arrastar pela vida essa mágoa que agora é minha também.
Seja feliz para que um dia quem sabe,eu também possa ser.
Lúcia Gaiafi Maciel (In Memoriam)
02 de fevereiro de 2012
O Livro de Eclesiastes da Sagrada Escritura deu-me inspiração.