Os romanos e Jesus Cristo
O primeiro imperador romano foi Caio Otaviano, ou Augusto, sobrinho-neto do ditador Caio Júlio César, que governou de 27 a.C. a 14 d.C. O último imperador romano foi Rômulo Augusto, que governou apenas dois anos, 475 a 476. O Império Bizantino que governava as províncias do oriente com sede em Constantinopla prolongou o Império Romano até o ano de 1453, quando finalmente foi derrotado pelos turcos otomanos. O Império Romano anexou muitos países da Europa, África e Ásia, e extinguiu muitas culturas e religiões.
Com base em dados históricos, Herodes I, ou Herodes, o Grande, era natural de Edom e rei cliente de Israel entre 37 a.C. e 4 a.C., em vida ordenou a morte de meninos até 02 anos com o objetivo de matar Jesus. O Evangelho de Mateus, capítulo 2, versículo 1 diz que Jesus nasceu em Belém da Judeia nos dias de Herodes, e que seus pais fugiram com o mesmo para o Egito. Pelo visto, Jesus nasceu entre 6 e 4 a.C.
Jesus era filho José e Maria, tradicional família judia descendente de Abraão. Jesus assim como seu pai, tinha o ofício de carpinteiro, e era um rabino, pregador da palavra de Deus. Aos 30 anos de idade decidiu ser batizado nas águas do Rio Jordão por João Batista, quando o Espírito Santo em forma de pomba desceu sobre a cabeça de Jesus, e Deus disse: “Este é o meu Filho amado, em que me comprazo”. (Mateus 3: 16-17).
Após ser batizado, Jesus seguiu para o deserto onde jejuou por 40 dias e 40 noites. Jesus o Cristo, ou Messias como era conhecido escolheu 12 apóstolos e saiu a pregar o seu evangelho, as boas novas. Jesus dizia: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14: 6). Noutra ocasião dizia: “Eu e o Pai somos um”. (João 10:30) E explicou: Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço, e credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acreditei que o Pai está em mim, e eu, nele. (João 10: 37-38).
Os judeus que dominavam a Judeia, Galileia e Samaria com suas crenças não aceitaram Jesus Cristo como Filho de Deus, o acusaram de blasfêmia e sedição e o entregaram a Pôncio Pilatos (governador romano da província da Judeia) para ser crucificado. Como havia predito, Jesus ressuscitou no 3º dia e subiu ao Céu. Os seus discípulos continuaram a obra de anunciar o evangelho. Depois da morte de muitos cristãos, os romanos se renderam aos ensinamentos de Jesus Cristo e fundaram a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma.
O islamismo religião fundada por Maomé (571 d.C. a 632 d.C.) com base no judaísmo, também não aceitara Jesus Cristo como Filho de Deus. Para os muçulmanos, Jesus é um profeta assim como Moisés e Elias, e não uma divindade. O Livro Alcorão recitado pelo profeta Maomé, no capítulo 4 (As Mulheres), versículo 171, diz: “Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião. ” Os essênios, seita judaica não reconhecida pela igreja católica, criam na existência de dois Jesus, um humano e outro divino, cheio de poder e glória.
Na cidade de Caná, Galileia, Jesus e seus discípulos foram convidados para umas bodas. Em certo momento a mãe de Jesus lhe disse: Não tem vinho. Disse Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Por não desapontar a sua mãe e os nubentes, Jesus transformou água em vinho. “Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a Sua glória, e os seus discípulos creram nele. ” (João 2: 11). Portanto, Maria sabia que Jesus era capaz de fazer o milagre, e que o mesmo estava ciente de sua missão celestial.
Em submissão a Deus, Jesus Cristo nos ensinou a oração do Pai nosso, ou seja: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém. “ (Mateus 6: 9-13). Para mim, a melhor oração!
Desde a fundação da igreja católica algumas dúvidas persistem até os dias de hoje. Entre elas a tese ariana, que considera que Jesus Cristo não é Deus, mas uma criatura excelsa; e a que Jesus não foi gerado por Deus. Em carta aos Colossenses, Paulo afirma: Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda a criatura. (Colossenses 1:15). Em outras palavras, Jesus é a manifestação de Deus, uma criatura ungida com todo poder e glória. Conforme a Bíblia Sagrada, Deus se manifestou em Cristo para criar o mundo material. “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. ” (João 1: 3). E sobre ser gerado, leiamos Hebreus 1:5: Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele será por Filho?