A história do Cristianismo
No capítulo 9, versículo 6, livro de Isaías, do Antigo Testamento, da Bíblia Sagrada, o Senhor dos Exércitos revela: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre os ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
No século I a.C. o mapa mundial só constava 03 continentes, Europa, Ásia e África; não constava América, Oceania nem Antártida. Países como Egito, Grécia, Síria e Etiópia já existiam, assim como as cidades de Damasco, Atenas, Jerusalém e Belém. Conforme a Enciclopédia Britânica, a população mundial era em torno de 300 milhões.
Uma época em que os conflitos por terras eram frequentes. Roma era uma cidade-nação que se expandia além da península itálica, em volta do mar Mediterrâneo na Europa, África e Ásia. A monarquia romana teve início por volta do século VII a. C, logo após os etruscos dominarem os italiotas, e a aldeia romana se tornar uma cidade-estado. A civilização romana tem a sua origem 600 anos a. C., e passou do regime monárquico ao republicano clássico até se tornar num grande império.
Caio Júlio César foi um ex-Ditador e mártir do Império Romano, nasceu em 13 de julho de 100 a.C., e afirmava ser descendente de Ascânio, filho do legendário troiano Enéias , que segundo a mitologia romana, era filho da deusa Vênus, e por isso adotou o título de “Augusto”, nome sagrado dado aos deuses. Apesar de descender de uma família tradicional da aristocracia romana, não era influente no meio político. Na carreira militar chegou ao posto de general, e por suas façanhas conquistou poderio militar e político.
49 a.C. Júlio César assumiu Roma como Ditador absoluto, com suprema autoridade religiosa e política, o que fez aumentar a oposição. Os senadores temendo a volta da monarquia planejaram assassinar César; e liderados por Marco Júnio Bruto, numa sessão no senado na Cúria de Pompeu, em 15 de março de 44 a.C., deram fim a vida de César com 23 facadas. Dizem que antes de morrer, César pronunciou em latim a célebre frase: “Et tu, Brute” ou “Até tu, Bruto”. César foi amante de Cleópatra Tea Filopátor, rainha do Egito, com quem teve um filho: Cesarião. E é considerado por muitos acadêmicos, um dos maiores comandantes militares da história.
Em 31 a.C. Caio Otaviano Júlio Turino, sobrinho –neto de Júlio César e general republicano vence Marco Antônio e Cleópatra na batalha de Áccio na Grécia. Marco Antônio outrora homem forte de César e aliado de Otaviano se junta a Cleópatra, com que teve 03 filhos, e é considerado traidor da pátria. Após a derrota, Marco Antônio e Cleópatra fogem para o Egito, onde juntos se matam.
O senado romano, em 27 a.C., atribui a Otaviano poderes absolutos e o novo título de “Augusto” decretando o fim da República. O primeiro imperador romano inseriu os cultos pagãos inspirados na mitologia greco-romana e o culto imperial em que o imperador era idolatrado em todas as províncias, e falecido o imperador considerado digno de honra podia se tornar uma divindade.
O imperialismo romano no seu apogeu nos primeiros dois séculos atingiu 21% da população mundial e expandiu até 5 milhões de quilômetros quadrados, e era uma ameaça à cultura e religiões das nações e territórios invadidos. As religiões predominantes na época eram o hinduísmo, confucionismo, budismo, zoroastrismo, judaísmo e mitologias pagãs.
Os judeus, hebreus ou israelitas oriundos das doze tribos, filhos e netos de Jacó (ou Israel), que é filho de Isaque, que é filho de Abraão, habitavam a região de Judá (judeia), Galileia e Samaria desde a travessia do Mar Vermelho pelo profeta Moisés há cerca de 1.400 a.C., e tinham como religião o judaísmo, a crença em um só Deus – monoteísmo. (Conforme o livro de Gênesis do Antigo Testamento, Abraão em nome da fé em Deus deixou Ur dos Caldeus para formar sua família em Hará e depois Canaã, terra da promessa). Por volta do ano 63 a.C os romanos invadiram a região, subjugando os seus costumes e lhes tirando a paz.
O povo judeu esperava por um Salvador, conforme a promessa de Deus no Velho Testamento, mas ansiavam também por rei armado que os libertassem do jugo dos romanos. Jesus Cristo nasceu na Galileia, num clima de muita hostilidade e opressão, por isso viveu na obscuridade até os 30 anos, quando escolheu os seus doze apóstolos (Pedro, Tiago, João, André, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, um segundo Tiago, Tadeu, Simão, o Zelote e Judas Iscariotes) e saiu a pregar o evangelho, doutrina de fé em Deus, esperança e amor; mas ao se declarar Filho de Deus, foi rejeitado e crucificado por seus compatriotas.
No ano 70 d.C os judeus se revoltaram contra os romanos, mas foram derrotados por tropas do general e futuro imperador Titus Flavio e deportados como escravos, e muitos fugiram para outros países. O templo, símbolo do judaísmo, construído pelo Rei Salomão em 970 a. C e reconstruído pelo Rei Herodes, o Grande, em 19 a.C, foi incendiado e destruído. Só o muro das lamentações ficou como lembrança. Os judeus ficaram sem pátria e exilados em muitos países, até a criação do Estado de Israel em 1948, que hoje em dia comporta menos de 20% de judeus e cristãos.
Após a crucificação de Jesus Cristo, os seus seguidores foram denominados de cristãos e a doutrina de Cristo o Cristianismo logo se espalhou pelas províncias romanas e outras regiões; mas por ser uma doutrina de um Deus único foi considerada uma afronta aos cultos pagãos greco-romanos e imperial, e, consequentemente, muitos cristão foram assassinados sem piedade por ondem das autoridades romanas. Mas os cristãos conseguiram se organizar como igreja e fundar o Catolicismo.
Flavius Valerius Constantinus, ou Constantino I 306 d.C., o Grande, imperador Romano se converteu ao Cristianismo e convocou o Primeiro Concílio Ecumênico, em 20 de maio de 325 – 19 de junho de 325, em Nicéia da Bitínia, atual Iznik (Turquia), o que causou uma reviravolta nas religiões pagãs e politeístas na Grécia e Roma, e o fim do culto imperial romano. Por fim, o Imperador Flavio Teodósio, Teodósio I 379 d.C., o Grande, oficializou o Catolicismo como religião do Império, e proibiu de vez os cultos pagãos romanos e helenísticos.
O Império Romano foi dividido em oriente e ocidente e não resistiu, foi derrotado por vários povos que se fortaleceram, como os otomanos e russos. O Cristianismo (que inclui católicos, protestantes e ortodoxos), ao contrário, continuou crescendo e se tornou na maior religião atingindo um terço da população mundial ou 2.400 bilhões de pessoas. Os homens fazem planos, mas jamais podem impedir os planos de Deus que são perfeitos, porque Deus conhece o passado, o presente e o futuro da humanidade. E Deus quer o melhor para os seus filhos e para a sua igreja.