A SEMANA DA PÁSCOA, O LIXO E O LIXEIRO

NO ATERRO DA COLINA CHAMADA CALVÁRIO

Nenhum aterro sanitário seria capaz de conter tanto lixo como a pequena colina chamada Calvário. Essa pequena colina, geograficamente localizada em em Israel, foi capaz de se tornar no maior aterro sanitário espiritual do mundo. Sabem por quê? porque JESUS estava... (João 3:167; Romanos 5:8; Isaías 53:5; Hebreus 13:12; Rom. 5:9)

Jesus! Ele fez tudo isso por nós. Satanás se encarregou de fazer o serviço de sujar, mas Jesus nos purifica com seus precioso sangue.

E saber que Ele fez isso por todos nós.

As vezes a gente se comove, se emociona e se alegra, pula, dança, grita, solta fogos, e por tão pouco o ser humano é capaz de derramar lágrimas, tão pouco mesmo, mas não é capaz de derramar uma só lágrima por aquilo que Jesus fez no Calvário por ele. Há pessoas que choram pelo clube de futebol, gente que desde cedo aprendeu, pela tradição religiosa de alguns líderes muito racionais (mas pouco espirituais), que não se pode misturar emoção e sentimento espiritual. E como os paradigmas doutrinários ficaram arraigados na memória, a doutrinação racional secou as lágrimas de muitos, e assim, essas pessoas e seus líderes, há muito tempo, perderam a capacidade de chorar de emoção diante do maior romance do universo. Será houve mesmo um pentecostes para esses líderes e para com essas pessoas de olhos secos? Será que elas sabem mesmo o sentido da conversão, do arrependimento, da Páscoa e da ressurreição de Cristo? As imagens do que aconteceu no Calvário podem ser recordadas, não apenas em dias de ceias, mas a todo culto onde se adora, onde se confessa e se glorifica o nome do Senhor. Estou tentando chamar a atenção para a frieza que há hoje nos cultos religiosos. Como deixar passar batido o maior acontecimento da história da humanidade sem vibrar, e ao mesmo tempo, sem sentir o peso que recaiu sobre Jesus no desde o momento que saiu para orar e seus discípulos dormiram e descansavam enquanto suas lágrimas durante o clamor que fazia caiam eram transformadas em gotas de sangue, juntamente com seu suor? Estou falando de um PERSONAGEM real que decidiu carregar em suas costas os NOSSOS lixos, deixando a HUMANIDADE inteira LIVRE para, na hora que decidir, lançar sobre ele o enorme saco que carrega nas costas. Um saco de lixo de frustrações, preocupações, traumatismos incrustados na memória desde a infância, ganância, insensatez, maledicências, maus costumes, religiosidade, pensamentos, conceitos e preconceitos; decepções, derrotismo, decisões equivocadas tomadas ao longo do processo de formação de vida e carácter, atitudes reprováveis por toda a sociedade. O que mais contém no enorme saco de lixo que bate nos tornozelos, tornando a pessoa encurvada por conta do peso? Imagine! Sabendo que em qualquer momento posso entregá-lo a uma pessoa em especial, capaz de eliminá-lo, de incinerar todos aqueles lixos em um único momento. Foi isso que Jesus fez.

MAS A PÁSCOA ESTÁ CHEGANDO

Pena que muitos estarão celebrando esse dia apenas como manda a tradição religiosa, e podem acreditar, as grandes fabricantes de CHOCOLATE que ESCRAVIZAM CRIANÇAS no Nordeste brasileiro, na África e na Ásia estarão saboreando o néctar dos "deuses", como diriam os Astecas. "NECTAR DOS DEUSES" , o chocolate já valeu mais que ouro e prata no Império Asteca, e o nome científico do cacau é Teobroma cacau, que significa o néctar. Pois bem, a verdadeira pascoa, que seria um momento de reflexão, tornou-se uma fonte de lucro do perverso capitalismo, e nem paramos para pensar. Cristo morreu também por aquelas crianças escravizadas, e consumir ovos de chocolate só reforça essa indústria da perversidade. O sabor e o doce da guloseima pode camuflar o amargo do sofrimento de muitos, mas com certeza, não livrará a consciência cauterizada daqueles que deixam de olhar para o que Jesus fez por essas pessoas para se lambuzar de chocolate.

Esse momento é um momento para refletir, clamar das pessoas para salvação dos homens e pela sua libertação daqueles empreendedores (investidores do capital) que criaram métodos de opressão dos homens e também, parar orar para que haja a libertação das prisões espirituais que caminham juntamente com as amarras físicas e psicológicas que se encontram na alma, tornando as pessoas escravas dos homens de "negócios" e de demônios.

Enfim, a Páscoa é o momento do maior romance do Universo, e é hora da Igreja se voltar para essa realidade espiritual. Gosto muito de um livreto que li: "Seus Pecados Esatão Perdoados".

Max Lucado conta em seu livreto “Seus Pecados Estão Perdoados” a história de um navio o Pelicano, que era o mais indesejável do mundo, porém o problema não era o navio, mas o lixo da Filadélfia que estava dentro do navio, e ninguém queria esse lixo que havia sido incinerado e jogado no interior do navio. “Quem iria querer um navio potencialmente tóxico?” O Pelicano é uma metáfora de um coração cheio de lixo que não se sai muito bem. Tal como o navio Pelicano, o qual nenhum candidato quis dar nenhum lance no leilão, existem muitas pessoas que se sentem assim: indesejadas na casa em que vive, na comunidade, pessoas que se afastam cada vez mais dos amigos e familiares. Mas tudo pode mudar. Como diz Lucado, ‘é preciso só procurar o lixo no seu coração. Quem quer abrir espaço para um coração malcheiroso? A vida tem um jeito próprio de jogar seu lixo em nosso convés. “ Qual o seu problema?

- Se marido trabalha demais.

- Sua esposa reclama demais.

- Seus filhos resmungam demais.

Resultado? Lixo.

Carga e mais carga de ira. Culpa. Pessimismo. Amargura. Intolerância. Tudo isso se acumula, e nos afeta, contamina os nossos relacionamentos. Foi isso que aconteceu com Caim que deixou a ira entrar em seu coração, antes de matar o próprio irmão. Como se pode ver, lixo encima de lixo vai se acumulando dentro da gente, e assim:

- Os pensamentos de hoje são as ações de amanhã.

- O ciúme de hoje é o ataque de nervos de amanhã.

- A intolerância de hoje é o crime de ódio de amanhã.

- A ira de hoje é o abuso de amanhã.

- O desejo de hoje é o adultério de amanhã.

- A ganância de hoje é a fraude de amanhã.

- A culpa de hoje é o medo.

Os pensamentos de hoje são as ações de amanhã.

Como o Pelicano, deixe em seu coração o lixo a bordo e sentirão o jocoso cheiro dele. E prensar que os problemas do navio Pelicano começaram com a primeira pá. Por que a tripulação deixou? Deveria ter impedido logo na entrada. A vida teria sido mais fácil para todos se nunca tivessem permitido que o lixo se acumulasse. Há pessoas que não se convertem, fica de igreja em igreja, outros de balada em balada, de boteco em boteco, de farra em farra como o Pelicano cheio de lixo toxico navegando de porto em porto, sendo que “O Capitão” tem planos melhores para essas pessoas. Estou dizendo isso, porque por meus longos 52 anos de minha vida eu vivi assim, DE PORTO EM PORTO, MAS NENHUM SEGURO. Só depois de meio século de vida reencontrei-me com a minha verdadeira identidade de Filho de Deus, identidade essa que havia ficado perdida em Adão, mas reencontrada em Cristo Jesus tal como a dracma que a mulher procurava (Lc 15:8-10). Fui encontrado e incluído na poderosa graça de Deus. Parei de agir como o navio Pelicano, carregado de lixo. Agora estou ancorado em um Porto Seguro, o mais seguro do mundo, e faço parte de um mar de gente e um oceano de amor infinito e incondicional de Deus.

“VOCÊ NÃO QUE ME ENTREGAR O SEU LIXO?”

Jesus faz essa pergunta. Mas o que Ele está dizendo?

- Entregue-o a mim. Lá no aterro. Pode ser? Essa é é a pergunta. E um convite:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mateus 11:28-30)

“VENHA COMIGO À COLINA DO CALVÁRIO”

Assista enquanto os soldados jogam o Carpinteiro no chão esticam seus braços sobre a travessa da cruz. Um pressiona um joelho com o antebraço e um prego contra uma mão. Jesus volta o rosto na direção do prego no exato momento em que o soldado ergue a marreta para bater.

Jesus não poderia tê-lo impedido? Com uma flexão do bíceps, com um fechar do pulso, ele poderia ter resistido. Não era aquela mesma mão que acalmara a tempestade? Que purificara o templo? Que ressuscitara o morto?

Mas o pulso não se fechou. E o momento não foi interrompido.

A multidão junto à cruz concluiu que o propósito dos golpes foi espetar as mãos de Cristo numa trave de madeira. Mas isso é só meia verdade. Não podemos culpar a multidão por não perceber a outra metade. As pessoas não podiam ver. Mas Jesus podia. O céu podia. E nós podemos.

Através dos olhos das Escrituras vemos o que outros não perceberam, mas que Jesus viu. Ele “cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”. (Cl 2.14)

Entre a sua mão e a madeira havia uma lista. Uma longa lista. Um inventário de erros: desejos, mentiras, momentos de ganância e anos de esbanjamento. Uma lista de nossos pecados.

Pendurado na cruz estava um catálogo detalhado de nossas transgressões. As decisões ruins do ano passado. A atitude imprópria da semana passada. Ali, em plena luz do dia para que todo o céu pudesse ver, havia uma lista dos nossos erros.

Deus escrevera uma relação de nossas faltas. Esse rol que Deus fez, porém, não pode ser lido. As palavras não podem ser decifradas. Os erros estão cobertos. Os pecados estão ocultos por sua mão; os debaixo estão cobertos por seu sangue. Seus pecados foram varridos por Jesus (Is 44:22).

Vocês estavam mortos em pecados, e seus desejos pecaminosos ainda não tinham sido afastados. Então ele deu-lhes participação na própria vida de Cristo, porque lhes perdoou todos os pecados, e apagou as acusações confirmadas contra vocês, a lista dos mandamentos aos quais vocês não tinha obedecido. Tomando essa lista de pecados, ele a destruiu, pregando-a na cruz de Cristo.

(Colossenses 2.13-14, NBV)

O que impediu Jesus de resistir? Esse mandado, essa tabulação de nossos erros. Ele sabia que o preço daqueles pecados era a morte. Ele sabia que a fonte desses pecados era você e, uma vez que não podia suportar a ideia de passar a eternidade sem você, ele escolheu os cravos.

“ELE ESCOLHEU OS CRAVOS”

Jesus era um carpinteiro, aprendera essa profissão com José, e sabia muito bem o ofício. Como diz Max Lucado...

“A mão segurando o cabo do martelo não foi a mão de um militar romano.

A força por trás da ferramenta não foi a de uma multidão irada.

O veredito por trás da morte não foi dado por judeus enciumados. O próprio Jesus escolheu os cravos.

Assim, as mãos de Jesus se abriram. Se o soldado tivesse hesitado, o próprio Jesus teria martelado. Ele sabia fazer isso; bater pregos e cravos não era uma atividade que ele desconhecia. Como carpinteiro, Jesus sabia o que era preciso fazer. E como Salvador, sabia o que aquilo significava. Sabia que o propósit do cravo era colocar nossos pecados onde seriam ocultados por seu sacrifício e cobertos por seu sangue.

Desse modo, portanto, o próprio Jesus manuseou o martelo.

A mesma mão que acalmou os mares acalma a sua culpa.

A mesma mão que purificou o templo purifica o seu coração.

A mão é a mão de Deus.

O cravo é o cravo de Deus.

E assim como as mãos de Jesus se abriram para os cravos, as portas do céu se abriram para você”.

É graças a tudo isso que João diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (1 João 1:9)

Além das opiniões dessa reflexão, acrescentei trechos do autor abaixo. Para se inteirar mesmo daquilo que estou escrevendo, pesquise mais, leia mais, inclusive o livreto "Seus Pecados Estão Perdoados".

Referência

LUCADO, Max. SEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS- Convite para um novo começo. Mundo Cristão. São Paulo. Lisboa. 1ª edição, 2013