Quais os limites para inserção da religião na mídia?

Hodiernamente há um dilúvio de textos discriminatórios criticando a presença pentecostal na mídia ou na TV, sob a falsa alegação de que TV é um instrumento público, e como tal não é local para evangélicos. Criticam-se as pregações pentecostais que se fundamentam na palavra de Deus procurando resgatar famílias das drogas, da corrupção, da prostituição. Como se fosse crime pregar a palavra de Deus contra o crime em órgãos públicos.

Não é crime contra o patrimônio público a divulgação das propagandas eleitorais em horário NOBRE e “GRATUITO” - leia-se - , provavelmente pago com dinheiro de impostos do povo, pois, televisão não dá nada de graça sem receber algo em troca?

A Constituição Brasileira é clara no ARTIGO II “Todas as pessoas tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra razão”.

Logo, é incompreensível o foco sempre constante e a implicância freqüente por parte de centenas de autores ao criticarem a presença pentecostal na mídia como se tal fato fosse proibido. Como se a mídia fosse exclusividade para os grupos elaboradores de conteúdos para “entretenimento” voltados para quebrar paradigmas éticos, para afugentar o brio, a decência e a pureza de caráter; ou banalizar a família e a relação sexual como ocorre desde a quebra de censura no período chamado militar.

É crime desfrutar liberdade religiosa? Tal liberdade será respeitada ou se mudarão os textos da Constituição Brasileira e a D. U. D. H., do E. C. A. ?

Em detrimento aos estudos sobre os impactos psicológicos na mente das crianças ainda em formação, as quais diariamente são bombardeadas por programas com brigas e sexo entre casais na TV; pornografia das piadinhas picantes; o pavor dos desenhos animados à violência como: o pica-pau, piu - piu, tartarugas ninjas, e outros mais recentes envolvendo bruxaria e maus espíritos; ou cenas de selvagerias mostradas nos programas de cunho reportagem policiais; estudiosos de Cursos sobre religião nas Faculdades e Universidades pelo Brasil afora, tais como: Mackenzie, Metodista, UFPE, UFRS, onde autores como: PATRIOTA, GASPARETTO, CAMPOS, ARAÚJO, CUNHA, ROMEIRO, FONTELES, entre dezenas de outros gastam horas escarafunchando sobre a presença pentecostal na mídia.

Dissecando temas como: a compra de horários nobres pelos pentecostais e sua inserção na mídia televisiva; Matérias editadas pela Revista Graça; preocupação com o espaço televisivo como sendo um bem público, quando apenas a TV Cultura e a TV do governo são públicas. Aparentemente a presença dos pentecostais na TV está incomodando alguns.

Centenas destes autores, inclusive doutores em religião, - indoutos no discernimento da mensagem bíblica -, não conseguem elaborar conteúdos criticando a divulgação da criminalidade de forma espalhafatosa e sensacionalista como tem sido realizada através dos órgãos públicos. Divulgação sobre crimes hediondos praticados por bandidos, muitos dos quais, se passaram de ano na escola, foi apenas por que o sistema de ensino adotado pelo MEC não permite aos professores reprová-los.

Tal divulgação sensacionalista na TV transforma tais bandidos em celebridades do cenário do crime. Isto não é vergonhoso para um país emergente, cheios de “intelectuais” críticos da palavra de Deus? Tais reportagens sob a falsa alegação de manter a cidade alerta, apenas alertam aos bandidos para descobrirem o local onde a policia está atuando, favorecendo-os no processo de fuga para outro local.

Para além de colocá-los na mira dos holofotes nas primeiras páginas dos jornais, enquanto estudiosos, ganhadores de prêmios internacionais ficam no anonimato, porque estudos de intelectuais internacionais não aumentam os pontos do ibope de audiência, não deixam a cidade “alerta” contra as façanhas dos criminosos, os quais se celebridades com tanta divulgação.

Divulga-se sobre a situação de impotência que a polícia por vezes fica para enfrentar bandidos aparentemente mais armados que os policiais; ou sobre sua impotência para debelar o crime organizado, e o contrabando e tráfico de drogas responsável pela destruição de famílias a mais de quatro décadas no Brasil, causando prejuízos à nação. Tais divulgações em órgãos públicos não seriam mais criminosas que a inserção dos pentecostais na mídia para ensinarem sobre o poder divino?

O Estatuto da Criança e do Adolescente afirma que as crianças devem ser protegidas em todas as situações de calamidades; protegidas inclusive contra toda opressão e desvio de conduta. Não é crime contra a segurança e formação do caráter infantil divulgar o potencial criminal dos bandidos ao desafiarem a capacidade da polícia e o poder do governo para reeducá-los e controlá-los, tornando tais bandidos celebridades na TV, por destruírem famílias, dilapidarem patrimônio público, tornando-se assim celebridades?

A influência de tais holofotes sobre a criminalidade, não deveria ser considerada crime contra a formação sadia do caráter das crianças, por estimulá-las diariamente a entrarem para o mundo do crime, pois, vêem nesta divulgação sua única oportunidade para se tornarem astros na TV?

No entanto, tais autores sequer mencionam ser crime contra o patrimônio público: a divulgação diária - fora dos programas pentecostais-, sobre a audácia dos bandidos ao eliminarem vidas humanas, destruindo famílias atirando em policiais e transeuntes ao penetrarem nos bancos para subtrair bens alheios ou penetrarem em presídios para de lá retirarem seus companheiros de façanhas.

Dia após dia os lares são invadidos sem licença por cenas de tiroteio, sexo explícito nas novelas ensinando as crianças que podem fazer sexo à vontade é só usar “camisinha” para não gerar um bebê e se gerar a vovó ou a bolsa família o criará. Tais cenas imorais não servem como estímulo para uma vida promiscua?

Entre dezenas de outros autores Luiz Carlos de Araujo Lima, afirma que sua pesquisa visa estabelecer reflexão sobre a inserção do pentecostalismo na mídia televisiva brasileira. Afirma que um dos sustentáculos da IIGD, igreja sobre a qual se “aprofundou”, é a teologia da saúde e a prosperidade por meio da determinação.

Sequer fez ele uma exegese sobre o que está escrito em Mateus 10.8; ainda cap. 18.18 a 20; 21.21: “Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi dito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: desarraiga-te daqui e lança-te ao mar, isto vos será feito”. Inclusive na tradução da Bíblia Ave Maria o texto é o mesmo. Tais pesquisadores se esqueceram de consultá-lo.

Araujo enfatiza ainda sobre os atuais efeitos da globalização sobre a sociedade brasileira. A meu ver esse efeito já ocorreu a mais tempo sobre todo planeta de formas diferenciadas. Uns copiam, outros importam costumes como os latinos, outros tentam proibi-los como ocorreu na China e Cuba ao proibirem a utilização do Google como ferramenta para pesquisa. Muito embora esta não seja a pior face da globalização já presente há muito tempo de forma disfarçada para não ser percebida, desde a segunda grande guerra mundial.

Araujo cita Cunha numa tentativa de vincular a presença pentecostal ao analfabetismo digital resultante do processo de globalização; já que grande parte da população crê-se alfabetizada apenas por haver freqüentado a escola nos dias de prova e passado automaticamente por ser proibido reprovar um aluno.

“CUNHA declara que “como conseqüência desse processo, explicitam-se a escalada do desemprego e a construção de um novo conceito de trabalho, diante da desvalorização da mão de obra convencional, em função da automação e da especialização técnica e em detrimento das políticas sociais publicas. Soma-se a tudo isso a radicalização da situação de miséria das populações pobres (denominada exclusão sistêmica). De acordo com a lógica de mercado, para se estar incluído no atual sistema é necessário que o indivíduo seja capaz de consumir e tenha um mínimo de domínio dos aparatos tecnológicos, o que deixa de fora um enorme contingente de massas humanas, que, excluídas,” não tem salvação”, e são destinadas à própria busca de sobrevivência ou mesmo passíveis de eliminação pela morte. Com isso, individualismo e competição transformam-se em palavras de ordem do atual sistema”.

Somente este parágrafo seria material para um livro, o que não cabe aqui. Contestarei apenas de raspagem:

As igrejas evangélicas na grande maioria não se aproveitam do analfabetismo do povo, como ele tentou fazer crer. Pelo contrário: a Bíblia é lida e ensinada em português e não em Latim como ocorreu desde os tempos em que os piratas tomaram o Brasil dos índios, e a igreja do Estado naquela época, engessou o ensino bíblico a uma série de rezas decoradas e carentes de significado, empurradas goela abaixo na garganta dos indígenas desde o período colonial.

Na atualidade o povo tem acesso à palavra de Deus para conferir e comparar o que lhes é proposto na mídia, contrastando com resultados mencionados na palavra de Deus. Nada novo está sendo dito, que não esteja lá registrado, basta ler o texto bíblico. Ocorre que, grande percentual da população vive alienada pensando em samba, futebol e novela e sexo. Sabem de cor os destinos dos personagens da novela. Sabem de cor quantos gols o Coríntias ou São Paulo marcou. Porém, não sabem qual a nota dos filhos na escola; não sabem reconhecer quando o casamento vai descambando para o adultério; não sabe livrar-se de uma dor de cabeça emocional, ou de uma crise demoníaca, ou mal olhado.

Grande parte da população não conseguiu ainda desvencilhar-se, libertar-se deste sistema escravocrata que a impedem de aprender o conteúdo bíblico. Até porque sempre foi PROIBIDO pela Igreja do Estado, - a religião oficial do Brasil, cuja padroeira cultuada dia doze de Outubro “dirige” o país -, que se ensinasse BÍBLIA nas escolas públicas. Desde o período de Cabral, só podia ser ensinada a “religião” do Estado: fazer o sinal da cruz, rezar para santos de papel, barro e gesso; bater com dedo na madeira para afugentar azar; não passar debaixo da escada para não ter azar. Nada disto está registrado ou vinculado à religião na palavra de Deus.

Sequer na BÌBLIA CATÓLICA. Inclusive o texto católico, detalha o que é a religião verdadeira, mas, não era permitido ensinar isto nas escolas públicas onde os filhos dos pobres estudavam: Tiago 2. 27 “A religião verdadeira, pura e imaculada aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as nas suas necessidades e aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo”.

Em dado momento as grupos pentecostais surgiram na mídia ensinando bíblia como Cristo fez, falando contra a corrupção, contra o adultério, contra a fornicação, contra matar as esperanças e a vida do próximo. Por desconhecerem seu conteúdo, pareceu-lhes algo estranho, de outro planeta. Talvez, lá de Marte ou de Vênus. Mas está escrito no livro de Oséias cap. 4. V. 6 “Porque o meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução; excluí-te do sacerdócio por teres rejeitado a Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos”. Versão Bíblia Ave Maria.

Doutor Campos, e tantos outros se esmeram na descrição do cristianismo histórico, não discrepou do ponto de vista histórico, preocupando-se em escarafunchar as raízes dos movimentos pentecostais e neo pentecostais. Aparentemente, fazendo uma varredura em seus caixas financeiros dada à “precisão” com que afirmam: “há um caixa único nas sedes; não há prestação de contas financeiras aos fiéis e por aí a fora, não há rol de membros. Há rol de membros no Vaticano com o nome de todos os fiéis ao redor do mundo?

Campos aborda, entre outros aspectos, sobre a presença dos pentecostais na mídia, em certo trecho ele afirma: “Também nós dedicaremos uma maior atenção à presença pentecostal na televisão. Julgamos que essa visibilidade pentecostal na mídia é um fenômeno muito significativo, e que sinaliza para grandes mudanças internas. Até porque muitos desses movimentos religiosos advogavam até recentemente o abandono da sociedade e de suas “tramas diabólicas” Observa-se que está ocorrendo um espraiar da religiosidade e das religiões para além de seus limites”. “Porém, a diversidade de leituras e de interpretações se tornou um permanente desafio à unidade dos protestantes, a ponto de um antigo professor de Teologia nos afirmar que a Bíblia se tornou “mãe de todas as heresias conhecidas”.

Para uma afirmação tão pesada contra a palavra de Deus; para um trabalho de cunho científico, faltou a referência sobre quem fez tal afirmação. (Onde está a referência sobre isto? Quem foi tal teólogo? Baseado em quais originais bíblicos tal afirmação se fundamenta? Conhece os originais Aramaico, Hebraico, o Grego Clássico e o Koiné quem assim se pronunciou? Muito chula a afirmação, para emanar dos escritos de um doutor!)

No subitem do trabalho de pesquisa do mesmo trabalho encontramos: “A comunicação dos evangélicos centrada na mídia eletrônica: O cenário da comunicação protestante no Brasil, marcado desde o início pelo binômio literalidade x oralidade, foi alterado com a chegada do Pentecostalismo à América Latina. “Schultze (1994) sugere ter esta nova modalidade de Protestantismo se aclimatado bem na América Latina, principalmente por causa do alto índice de analfabetos e de pessoas ainda dotadas de uma cultura oral-auditiva”.

Trecho que demanda profunda reflexão à luz da Constituição Brasileira e dos direitos humanos, tanto para frente e para traz.

Refletindo que não havia mídia televisiva nem jornalística na época em que Cabral e seus piratas praticaram escambo com os índios, tomando suas terras em troca de cacos de espelhos, fósforos, ou machadinhas sem corte, tornando-se através do escambo “dono” das terras indígenas, assassinando inclusive a língua materna.

O Paraguai sendo menor que o Brasil, tem duas línguas: Tupi e o espanhol ou castelhano. Porque o Brasil o indígena foi impedido de conservar sua língua materna, e por cima ainda forçado a ser dirigido pela religião do Estado? Onde está a soberania do país?

Quem segurou - e de certa forma ainda segura - nas mãos as rédeas da educação desde os tempos de Cabral na Terra de Santa Cruz até o período da República? A Igreja do Estado. A religião oficial do país que se tornou católico à força nas mãos daqueles que mataram sua língua nativa, empurrando-lhes goela abaixo também uma padroeira Aparecida à força.

Os evangélicos, inclusive os pentecostais mesmo vivendo num país “livre” são forçados a pagarem impostos, pedágios, realizarem rodízios, a votarem em candidatos fora de seu gosto, porém, não foram consultados nem convidados para um pleito na decisão nacional para vota e decidir se desejavam ou não ter uma padroeira. A liberdade religiosa dos pentecostais não foi respeitada, para decidirem se queriam ou não uma padroeira. Só se lembraram dos pentecostais agora que chegaram à mídia?

Dr. Campos afirma que: “A oralidade e as emoções se tornariam o centro do culto pentecostal, enquanto os protestantes históricos iriam deixar para um segundo plano a ênfase na página impressa.

A Bíblia, no entanto, se tornou muito mais uma referência no linguajar, uma espécie de adorno, pulverizada em adesivos colados nos carros, do que um livro lido, manuseado e conhecido como era orgulhosamente considerado assim pelos protestantes históricos. Pela Internet, com a ajuda do cartão de crédito é possível baixar músicas, fotografias e outros produtos colocados “à disposição” do “povo evangélico”.

Muitas verdades e mentiras estão submersas neste curto trecho.

1-Culto sem emoção só for aquele decorado, rezado. Quando se cultua um Deus vivo a quem se ama, as emoções afloram.

2-A oralidade não está restrita ao pentecostalismo. Como os frades ou padres “empurravam” goela abaixo o seu “portugália” aos indígenas, para empurrarem também o seu catolicismo que de bíblico, sequer tinha o nome? Não era oralmente e de forma precária; já que mataram as línguas nativas: tupi guarani, xerente, tupiquiniquim. O indígena não compreendia o “portugália” de Portugal=piratas, Itália=monges. O portugália, foi emprestado aos indígenas sem retorno. O português não é “nossa língua”. O é por empréstimo forçado, não estávamos lá para decidir se o queríamos ou não. Assim, como o catolicismo nos foi empurrado, não houve opção para escolhas. Agora sim, há opção, e querem roubar-nos tal possibilidade? Nenhum xerente, tupiniquim, tupi guarani do Brasil foi consultado para saber se queria adotar o português como forma para se comunicar com o intruso que veio lhe roubar terras, pau Brasil, cortado, colocado nos navios pelos indígenas; para além do ouro foi enviado ao vaticano.

Na atualidade, sequer a Ópera “O Guarani” é valorizada no contexto estudantil como deveria ser. Colocaram-lhe um estigma de ser a trilha sonora do programa “A voz do Brasil”, extinto a alguns anos. Os alunos são induzidos a “gostarem” de enlatados importados, ou a construírem seus enlatados próprios sem estruturação musical de peso.

3-Campos enfatiza sobre a pulverização da Bíblia em adesivos nos carros. Questiona também a utilização da Internet pelo público pentecostal. Fico pasma com tal incoerência: Queria ele que a população pentecostal ficasse alienada dos recursos tecnológicos, como ocorreu com os índios?

A Bíblia está sendo pulverizada? Maravilha! Melhorar pulverizar Bíblia na cabeça do povo do que pulverizar LSD, maconha, sexo explícito, camisinha, ou domesticar o povo na perca de tempo precioso vendo novelas, trocando fofocas no facebook. Fofocas que não levarão ninguém a passar num vestibular ou em algum concurso público. Tem-se a impressão de que é seu desejo ver a população alienada, sem capacidade de ler e refletir sobre o poder da palavra de Deus para mudar suas vidas para melhor.

Até onde eu haja pesquisado não há dois presos no Brasil por haverem seguido a palavra de Deus, ou por haver orado e sido curado pela fé no único Deus vivo.

No entanto, as cadeias estão repletas de presos físicos e espirituais, por haverem se drogado e matado ou roubado alguém; os hospitais estão repletos de drogados dando prejuízo ao país ocupando leitos que poderia estar vazios para serem ocupados por pessoas acidentadas; mulheres parturientes; ou idosos com AVC.

Não haveria necessidade de tantos juízes para julgarem causas de assassinatos, advogados para libertarem assassinos, não haveria necessidade de tantos policiais, tantas cadeias de segurança maior se as pessoas conhecessem ao Deus que ordenou: “Não matarás”, “Não roubarás: o dinheiro, a vida, as possibilidades, os bens alheios”, não haveria tantos filhos sem lares se o divórcio não houvesse sido liberado como instrumento para facilitar a consumação dos desejos carnais ilícitos. Não se pagaria tantas pensões a filhos extra casamento, sequer seria necessário elaborar-se Estatuto da Criança e do Adolescente, se os pais seguissem o que a Bíblia ensina sobre como criar responsavelmente seus filhos.

4-Poucas vezes a Bíblia fala sobre religião. Centenas de vezes ela ensina sobre estilo de vida que agrade a Deus. Paulo escreve Aos Gálatas 5.1 “Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de escravidão”. O pecado escravize, a religião escraviza. Jesus Cristo liberta para um viver sadio. Vida cristã deriva de Cristo. Religião deriva das invenções humanas para sojigar os demais. O dízimo é bíblico. As oferendas é uma forma de obrigação para escravizar o individuo.

Cristo liberta, o diabo aprisiona, seja nas crendices, numa vida sem perspectivas de vitórias, seja nas drogas, nos vícios.

5 - Interessante é notar a grande preocupação do Dr. Campos e outros tantos que pesquisam com relação à venda de quinquilharias pelas igrejas evangélicas, em especial os pentecostais. Ele cita: “Pierucci e Prandi (1996: 260), ao se referirem ao surgimento do fenômeno da “religião paga” e do fiel como um “consumidor de bens e serviços”, mostram a inexistência de quaisquer mecanismos de proteção do consumidor ou de regulação do mercado religioso. Os consumidores estão desprotegidos, longe da intervenção das autoridades e da legislação, à mercê de pregadores que a mídia considera “enganadores”, “aproveitadores” e “exploradores”. A quem reclamar? Ao Bispo, ao Missionário ou ao Apóstolo? Daí a ausência na propaganda evangélica daqueles famosos slogans: a “sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta”. “No mundo da comunicação religiosa, diferente do mercado de bens apresentados na televisão, não há instâncias (um Procon religioso?) encarregadas de eliminar e resolver tensões, pendências e conflitos surgidos da insatisfação pelo produto escolhido. Daí ser possível o aumento no número dos descontentes, insatisfeitos e frustrados com as promessas religiosas contidas na propaganda dos prodígios, milagres e maravilhas”.

Seria, interessante aplicar-se a mesma régua e lei de mercado e consumo, esse “Procom” do Dr. Campos para promover direitos e deveres iguais, regularizando o intercâmbio comercial em todas as igrejas, inclusive na Igreja católica.

Ou ela não comercializa: santinhos de papel, de gesso, terços de ouro. Não cobra para realizar casamentos, inclusive de pessoas já casadas e separadas pelo divórcio, recebendo duas, três vezes da mesma pessoas por casar-se novamente. As procissões para Aparecida do Norte, até onde se tem conhecimento não são gratuitas aos fiéis. Os ônibus saem anualmente, cheios e bem pagos. Quando ocorrem acidentes nas estradas com ônibus com romeiros, quem paga as indenizações?

As quinquilharias existentes nas catedrais como: da Aparecida do Norte, da Candelária, da Penha em Vitória, Senhor do Bonfim na Bahia, e centenas de outras pelo Brasil a fora, são distribuídas gratuitamente? Os CDs do padre Marcelo são doados para os fiéis? O livro “Àgape” entre outros do padre Marcelo são doados nas livrarias? Nunca ouvi dizer que os itens saem de lá de graça, até aquelas fitinhas de promessas para se amarrar nos punhos e testas, são pagas.

Não há como compreender a estranheza dos pesquisadores com relação a se vender livros e Cds nos meandros evangélicos. Nenhuma editora no mundo faz livro de graça; nem gravadora não faz os CDs de graça; A televisão não doa espaço gratuito em horário nobre a não ser para o governo na época de eleições.

A igreja pentecostal paga água e luz que consome, e os aluguéis do espaço onde se reúnem. Se não pagar, cortam-lhe luz e água, despejam-lhe do imóvel. Alguém consegue pagar sem receita financeira?

6- A compra de espaço foi permitida. A posse de emissoras como um bem qualquer é permitida pela Constituição brasileira pelo mínimo que se pode ler no ARTIGO XVII 1. “ Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.  Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade”.

É inconcebível o descontentamento demonstrado pelos pesquisadores com relação ao direito à propriedade por parte dos pentecostais. Como o direito a escolher em que grupo comungar. O ser humano tem liberdade para crer na proposta bíblica de prosperidade, pois, ela não está restrita à prosperidade material. Abrange área espiritual, emocional, cultural entre outras. A incapacidade humana de interpretação a engessou ao aspecto financeiro. Muito embora esta aspecto seja muito importante.

O dízimo bíblico, inclusive no texto usado pela Igreja católica. Qualquer estudioso que queira abordar o tema, terá que contrastá-lo com a bíblia. O texto é claro em Malaquias 3.10 “Trazei ou pagai todos os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento e mantimento em minha casa – diz o Senhor dos exércitos- e vereis se não abro os reservatórios dos céus, e se não derramo minhas bênçãos sobre vós, muito além do necessário.”

Necessitaria cem páginas para recheá-las com textos, porém, concluo com o seguinte:

Creio ser mais importante chegar-se a um consenso sobre o que fazer para tirar o universo do caos climático que está do que ficar aumentando querelas por questões espirituais fora da capacidade de abordagens, ou com conhecimento bíblico acéfalo e incompleto.

Bem como, creio ser mais assertivo elaborar-se estudos que visem analisar sobre os impactos da mídia televisiva perversa, adulta e sem escrúpulos sobre os infantes de pátria portugália.

Nossas crianças estão se tornando adultos precoces. Não no sentido de saberem fazer escolhas assertivas, mas no sentido de vivenciar a vida de adulto, cortando a fase da infância e adolescência. A criança namora, faz sexo com oito dez anos. Tem seu bebê oriundo de sexo sem estruturação familiar aos doze.

Quando chegam na fase da juventude, deveriam ir para a Faculdade, porém, já está as voltas com a separação num relacionamento prematuro, acéfalo, sem sustentação emocional, espiritual nem financeira. Porém, gerou filhos indesejados. Filhos que são pessoas habitarão o Plante Terra se não forem mortas prematuramente. Governarão o país, se chegarem, à idade adulta.

Que país os atuais adultos estão deixando pata tais crianças?

Com que base continuará suas vidas?

Com que tipo de ética governará quando chegar sua vez para atuar de forma contributiva na sociedade?

Quais serão seus alicerces para se firmarem e levarem o país a seu destino?

Saberão respeitar leis, ou melhorar as leis já existentes, ou continuarão a serem cobaias dos países mais desenvolvidos e perversos nas decisões em tempos de guerras?

Como traçarão diretrizes para o país se não tiveram diretrizes para guiá-las na infância? Sequer infâncias tiveram, pois, viveram como adultos precoces. Terão forçosamente que se tornarem cobaias dos padrões estipulados pela Internet e o próprio instinto. E o alto preço que pagarão por tal situação?

A Bíblia aponta melhores caminhos. Ser religioso apenas não traz segurança. Em Mateus 19. 16 a 30 nos traz o relato de um jovem que procurou Jesus para saber o que fazer para herdar a vida eterna. Ou vida com significado. Ao que Jesus lhe respondeu: “Se queres ser perfeito, vende tudo que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu: Vem e segue-me”. O texto nos mostra que o jovem abandonou Jesus e saiu triste. Pois, a parte da religiosidade ele havia praticado a vida toda. Doar-se e seguir a Cristo lhe era difícil. Esta é a religião perfeita. Doar-se e ser como Cristo.

O limite da religião seja para inserção na mídia ou não, é um viver como Cristo viveu. Pregar o que ele ensinou, e ajudar as pessoas sofredoras a vencerem seus conflitos, é ajudá-las a conhecê-lo como ele é. Mostrar que é possível viver bem sem podridão, sem adultério, sem fornicação, sem puxar o tapete de ninguém, sem roubar a vida, o cônjuge, ou os bens do próximo.

Fora disto, qualquer programa passa a ser apenas mais um entre muitos. Jesus não foi apenas mais um entre muitos.

Religião é ritual externo. Ser cristão é ter um estilo de vida semelhante ao de Cristo. Eis a grande diferença. Cristo é o modelo perfeito a ser seguido por qualquer que deseja ser cristão sem ser religioso.

A Bíblia é o maior manual de todas as épocas, inclusive o maior manual de Direitos Humanos que já se conheceu. A Constituição Brasileira, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ajudam a viver melhor, pois, repetem aquilo que já estava na Bíblia a milhares de anos e os homens se negaram a ler e enxergar.

Ele foi suigeneris entre todos os demais.

Exclusivo, poderoso, Maravilhoso, realizador de milagres.

E estabeleceu os limites da verdadeira religião, quando afirmou: “QUEM CRER EM MIM FARÁ AS MESMAS OBRAS QUE EU FIZ”!

Esse é o meu Jesus. Mas pode ser seu também. Aleluia!

Nadir Neves
Enviado por Nadir Neves em 11/01/2013
Código do texto: T4079467
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