Filosofando sobre a vida, morte e Deus!

Penso: Logo existo! Nem sempre isto é verdadeiro!

Muitos pensam que existem. Se enganam, por assim dizer.

Porém, vegetam de um lado para outro como se não existissem.

Pelo menos, não existem para aqueles que a seu lado “vivem” ou vegetam, como mortos ambulantes. Ignoram que estão semimortos!

Mas, O que é morte? Ausência de vida?

O que é vida? Ante sala da morte?

O ser humano é empurrado - independente de seu querer ou não -, lugar este que ninguém desejaria cruzar, porém, não há escape, nem fuga.

Começa-se a morrer um pouco a cada dia, quando se nasce. E a cada momento quando se perde a alegria de viver!

Não se trata de poesia ou um jogo de palavras bem elaboradas para acalmar infortúnios de uma alma aflita e amedrontada por monstros internos, invisíveis.

Muitos dos quais criados pelos próprios pais, e injetados no mundo mental dos filhos durante seu desenvolvimento.

Quem nunca viu ou ouviu uma mãe ou pai dizerem a seu filhinho: “Filho(a) fique quieto (a) senão o 'bicho papão' te pega”?

Este é o primeiro “bulling” ao qual a criança é submetida. E diga a tais pais que eles estão fazendo bulling. Te matam!

Só se lembram desta palavra ou comportamento perverso quando a criança vai para a escola e outros coleguinhas repetem aquilo que os pais já fizeram com tal criança indefesa.

Então, muitos pensam em Deus! Outros dele descreem!

Faz-me lembra de um jogral do qual participei há muitos anos, lá na igrejinha do interior a qual frequentava. Tal jogral afirmava:

Diz o néscio em seu coração:

Não existe Deus!

“Deus? Mero conto de fadas!

Quem é Deus? Não existe Deus!

Não acredite em lorotas!

No entanto a descrença humana não invalida o que afirma o salmista ainda afirma no cap. 14.1:

“Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos!

Um dia faz declaração ao outro dia”.

E Jó afirma no Cap. 24 “Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus. Quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas; Quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões”; (Jó 28. 24-26);

Também o profeta Isaías o afirma: “Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças”? (Is 40.12)

Um cientista cônscio da importância de seu trabalho não perderia tempo tentando provar a existência de algo que não existe. Se Deus não existe para quê perder tempo tentando prová-lo?

Ele trabalha para provar como aquilo que existe pode ser útil, ou descobrir a forma como aquilo pode combater outra coisa ruim existente, a qual prejudique o ser vivo, seja homem ou o planeta.

Desafio a qualquer néscio que duvide da existência de Deus ou quem dele desacredite a que:

a) Crie um feto saudável no útero de uma mulher – SEM a utilização do óvulo e espermatozoide -, ambos criados pelo Deus do qual ele desacredita e faça tal estátua viva lhe chamar de pai sem mecanismos eletrônicos ou computadorizados;

b) Produza vida no ser humano, após a retirada do fôlego dado pelo Deus em quem ele não crê. Não me refiro ao tipo de respiração artificial. Refiro-me ao mesmo tipo de vida que havia antes da morte;

c) Produza o folego de vida numa estátua, transformando-a num ser vivo e pensante que o ame, tenha sentimentos e capacidade de reflexão e tomadas de decisões não automáticas como ocorre com o “cérebro” de um computador o qual é alimentado pelas mãos humanas matematicamente. Refiro-me a capacidades inatas e não artificias.

Na impossibilidade de o fazer, convido-lhe a acreditar na existência de um ser superior que faz tudo aquilo que não o podes. Reconheça suas limitações como humano. Por mais que seja um livre docente, éreis limitado, diante daquele que a tudo criou. Crendo ou não n'Ele. Seu folego de vida e capacidades intelectuais vem daquele ao qual não crês.

Tão real quanto Deus e suas ações no mundo e na vida daqueles que nela acreditam, é a morte para aqueles que tem medo de enfrentá-la, inclusive. Não adiante negá-la, ou fingir que ela não chegará – cedo ou tarde virá-, e terás que enfrentá-la.

Ter medo dela ou não falar sobre ela, não impedirá sua chegada.

Este não é um discurso amedrontador, nem intimidador, como alguns querem fazer outros pensarem. É um discurso realista – muito embora seja cruel- para aqueles que dele tem medo, por não estarem preparados para enfrentá-lo.

Negar a morte e só falar em vida e vida boa é uma falácia de muitas religiões, as quais só divulgam o lado bom de Deus, ou da vida. Como se o outro lado não existisse. O auto engano nunca foi benéfico para ninguém. Nem merece credibilidade.

A Bíblia afirma em Lucas 12. 21, 22: “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será”? 21. Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus”.

Não basta ler o texto e descartá-lo como se ele não existisse. Esta é uma realidade a qual terá de ser enfrentada, goste ou não de tal realidade. Não refletir sobre tal verdade não a fará deixar de existir.

Sábios e ignorantes chegarão um dia _ de alegria espiritual- ou numa noite – de tristeza e escuridão eterna-, na presença daqueles que deu o folego de vida para ser desfrutado. E Ele pedirá contas sobre como usastes não apenas a vida, mas também as oportunidades que dele recebestes. Ricos ou pobres financeiramente se igualarão neste acertos de contas. Um acero de contas que não envolve poderio financeiro. Envolve uma herança não corruptível.

Tal acerto poderá ser cruel para aqueles que levaram uma vida dissoluta.

Este não é o evangelho da intimidação! É o evangelho da realidade e reflexão!

Todos haverão de correr pela linha do tempo, cujo marco inicial é a entrada para este mundo e o marco final é o cruzamento do limiar do portal eterno. Chamado vulgarmente de morte.

Durante o vive terreno é possível observar:

Morte de muitos sonhos e projetos. Outros poderão ser construídos;

Morte de esperanças sobre: a restauração de um casamento destruído pelo adultério; de um filho que morreu fisicamente ou morre diariamente pelas drogas que o acorrentam; ou morte da beleza física. Esperanças podem ser renovadas. A vida não tem como ser devolvida;

Um dinheiro que você perde poderás recuperá-lo. A vida não!

Quando se perde a vida, perdeu-se o bem, o patrimônio maior.

Sentimentos e paixões são fugazes como nuvens as quais o vento leva! A vida é algo subjetivo por não ser palpável nem tangível com os dedos. Porém é concreta quanto à sua existência, quanto a ser um alvo fácil de ser destruída.

Há um adágio muito utilizado para afastar os fofoqueiros, o qual afirma:

“Deus deu a vida para que cada qual cuide da sua”.

Até certo ponto é vero, tal ditado. Cada qual prestará contas a Deus sobre o bom ou mau uso feito da vida que dele recebeu como herança para ser administrada.

Dele recebemos a vida como maior herança, e maior patrimônio a ser bem administrado.

Quem a mal administrar terá que dela prestar contas.

Cada qual terá de prestar contas: queiras ou não, o acerto virá!

Ninguém escapará! Não se iluda!

E o que tens preparado de que te servirá neste momento?

Mesmo que tenhas angariado cem bilhões de dólares.

De quê te servirão no outro lado do portal?

Que banqueiro te financiará hábeas córpus após transpores o limiar da morte?

Nadir Neves
Enviado por Nadir Neves em 04/04/2012
Código do texto: T3593809
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