PELARAM TUDO E AGORA O QUE NOS RESTA?
Serra Pelada, Roraima, Macapá, Amazônia, o nosso maior bioma. O que mais atrai os olhares dos gananciosos? Os porcos especuladores. Quem será que está por trás dos garimpeiros vorazes Que outras mãos estão por trás da "mão invisível do mercado"? Eles sabem que o nosso solo tem riquezas visíveis (diversidade florestal incrível e hidricas) e, sabem também, das riquezas invisíveis (recursos minerais embaixo do nosso subsolo). Eles sabem disso, por isso até o que está escondido, querem furtar, explorar, pilhar. A Serra Pelada ficou mais pelada quando alguém disse que tinha ouro naquele local. E o ouro? deve estar em algum país rico, nas pulseiras reluzentes e nos anéis dos poderosos, se não nos pescoços das madames, pelo menos nas vitrines das maiores joelheiras por aí. Mas diz o ditado: "Vão-se os dedos, ficam os aneis", mas ainda não aprenderam aqueles que acumulam que nas tumbas dos faraós ficaram suas jóias, seu ouro, seu escravo de preferência e seu gato de estimação? Não sei se por ironia do destino ou simples coincidência do nome Serra Pelada já diz tudo o que estão fazendo com a nossa riqueza vegetal e natural? Do meio ambiente que no passado pre-colonoal era inteiro, nem mais a metade da maior floresta brasileira resta. Temos que nos contentar com 10% da Mata Atlântica. Não sei, o que vai vir pela frente, mas sei de uma coisa, não é preciso ser profeta pra dizer que além das últimas catástrofes, outras piores ainda virão. Brumadinho, Córrego do Feijão, Petrópolis, e até um Rio que era Doce.... Ficou amargo. Peixes mortos às margens de Ibituruna. Enquanto isso os gringos saltam do pico e cruzam com seus coloridos parapentes para o outro lado do Rio Doce. A Use Minas, a Samarco, de que país são administradas? E quando as barragens derreteram tudo em volta, despejando seus rejeitos sobre casas e rios, onde estavam aqueles que fiscalizam? O engenheiro mandou o laudo pela internet, assinou de São Paulo atestando que não havia perigos. Famílias ficaram órfãs, centenas de moradores ficaram soterrados. Os ribeirinhos e pescadores que viviam da atividade pesqueira no Rio Doce ficaram sem o sustendo da familia. O auxílio Defeso (que socorre pescadores em épocas impróprias para a pescaria) era criticado por Bolsonaro, mas ele teve que reafirmar o programa, ante as catástrofes. Mas com essas tragédias as pessoas sofrem até hoje. Caminhões de água mineral eram distribuídos, e eu vi pessoas conhecidas nas filas esperando um fardo de garrafas d'água na cidade, em Governador Valadares. O gado sofreu, os povos originários sofreram, a fauna e a flora sofreram. Quantas décadas serão necessárias pra recuperar o que se perdeu? Só o Rio levara uns 30 anos. Só quem não sofreu são os administram de longe. E a Serra Pelada? O nome faz sentido. Como não bastasse o que fizeram com a Serra, hoje ainda mais pelada, mais depenada por causa do ouro, os gananciosos estavam querendo explorar a Serra da Barriga, em Minas Gerais, e pior, com a complacência de Romeu Zema, governador do Estado. Falar das florestas, Amazônia, Serrado e outros biomas parece não ser nenhum motivo de preocupação para quem só enxerga o lucro. E o Agro? Diz a Globo que é popi?. "Tá na mesa....". De quem?
- Dos ricos.
Florestas são transformadas em pastos, plantio para a soja. E o Agro insiste, resiste para não ser Sustentável.
Dizem os extremistas ultra-direita: Sustentável é coisa de comunistas!
- Bah Tchê!!! A moda é privatizar. Esse é o discurso dos políticos ligados ao poderoso negócio do Agro - tóxico, o Agro nunca foi Popi! Está vendo as enchentes, os alagamentos no Sul? Quando tudo ficar nas mãos dos abutres do setor privado, eles irão criar meios pra prevenir as tragédias? Se vão, por que não fizeram nada no Rio Grande do Sul?
Essa pilhagem, sem fim já provou que tem que se tomar alguma providência. É preciso frear essa visão selvagem, predatória e perversa de progresso que vem antes da palavra Ordem em nossa bandeira. Até agora, o que prevaleceu foi a ordem: ordem de se calar quem grita, ordem de se calar quem grita por justiça, ordem de se calar quem clama por direitos. Até hole se prevaleceu foi a ordem de calar o "Grito dos Oprimidos" para que os opressores continuem com o caminho aberto para "passar a boiada", como dizia o ex-Ministro BOLSONARISTA que era responsável pela pasta do Meio Ambiente, que de meio, quase foi transformado em nada, porque? Porque abriram a "porteira" pra boiada passar, pisotear tudo e arrastar o que via pela frente. As nossas "Veias Abertas" foram envenenadas pelo garimpo ilegal. Quantas metáforas né? Veias abertas, abria a porteira e passar a boiada. Veias abertas é uma alusão a obra de Eduardo Galeano, pra dizer que fizeram com nossos rios e afluentes do Amazonas, e passar a boiada nos remete ao que a política permissiva de Bolsonaro fez, autorizando vorazes exploradores a estarem ilegalmente riquezas minerais na região onde está o nosso bioma mais importante do mundo. Doenças, contaminações com metais pesados somados a fome e ao descaso do governo passado assassinava nossos povos originários, os poucos que restam.
Essa pilhagem não começou em 2018, ela é também uma herança colonial, herança maldita, ranço dos séculos XVI, do extrativismo vegetal que depenou a Mata Atlântica e deixou suas marcas no Sertão Nordestino, o Polígono da Seca não é um fenômeno natural, tem a mão dos predadores humanos naquela região, a desertificação do solo tem nessa história extrativista suas razões de existir, mas para muitos era melhor induzir e levar quem estuda certos fenômenos a pensar que é natural. Parece até que o Sol de lá de cima e mais quente que o Sol do Brasil de baixo, como dizia Patativa de Assaré em dois brasis: "Brasi de cima e Brasil de baixo". A seca nunca foi de causa natural, é um fenômeno humano. Essa herança colonial continua na sede de acumular riquezas, e continua no pensamento daqueles que estão no Senado e na Câmara, nas cúpulas e gabinetes daqueles que se intitulam os defensores do liberalismo, pior, neoliberalismo onde o lucro tem como pano de fundo o termo "enxugar", reduzir, terceirizar e privatizar. Novos nomes como "parceiros", "colaboradores" e por fim, voluntários passaram a substituir o termo trabalhadores, operários. Ninguém mais é operário, proletário, empregado: fica mais suave usar o eufemismo... Colaborador. Empregado, operário e proletário? Não, agora você é um colaborador. Peão? Nem pensar. Aliás, você nem.precisa mais brigar por salário, afinal, você no morro é"parça" e no galpão da oficina, parceiro. E não pode esquecer disso, que quem colabora não precisa ganhar, então, vamos estabelecer um contrato: seis meses, um ano, dois anos, podendo ser prorrogado. Mas antes das férias você pode ser desligado. Assim não tem férias, décimo terceiro, FGTS, tudo isso é gasto do empregador. Então... Contrato é uma boa maneira de te enganar.
Do colonialismo ao neocolonialismo, e do liberalismo do século XVIII ao neoliberalismo do século XX e XXI, os predadores os ranços e as heranças continuam. E os herdeiros das Capitanias Hereditárias estão no Congresso, e se intitulam "conservadores", estão na Direita oposta as conquistas do povo e também no centrão dos oportunistas. Agora querem até às praias privatizar em. Será que o setor privado está preocupado com o meio ambiente? Olha o exemplo do Rio Grande do Sul, onde o Agro é Popi! Quantas tragédia anunciada, desde as primeiras providências daquela ocorrida em 1941. Nada se fez. Desde 2017 verbas foram enviadas, e..., desviadas. Grana chegou, mas os prefeitos bolsonaristas...? Fizeram o que com a grana federal? Agora o que diz um dos prefeitos? Está nas redes sociais: ele desvia a discussão jogando a culpa nos terreiros de cultos afros que têm origem no sincretismo religioso pós abolição da escravidão. Para camuflar a corrupção, um dos prefeitos trouxe em suas falas procurou justificar o drama do Rio Grande do Sul a causas espirituais, como se fosse um castigo de Deus ou uma maldição do inferno que recaiu sobre a região.
As coisas não são de ordem espiritual, são de ordem natural provocada pelas mãos dos homens. Mãos hábeis em pilhar, em destruir e degradar para lucrar.
Não está na hora de parar? Caso contrário, não teremos para onde correr...
Prefeito de SC associa cenário no RS a baixo número de igrejas:
https://www.poder360.com.br/brasil/prefeito-de-sc-associa-cenario-no-rs-a-baixo-numero-de-igrejas/