NAS DIFERENÇAS SOMOS TODOS IGUAIS: Menos nas incoerências!

É contra todas lutas, contra todas as resistências. Simplesmente, uma tremenda incoerência, sem precedentes na história. Por que incoerente? Porque, não lhe pareceria, no mínimo estranho ver você andar lado a lado com quem te perseguiu, prejudicou? Seria no mínimo estranho, ver um grupo ao qual a ditadura puniu, hoje abraçar o lado político de quem apoia os torturadores, e é isso que vimos acontecer, quando uma escola de samba apoiando um grupo político ligado ao "Mito", é um contrassenso, um evento da extrema direita tem seu evento no pátio da escola de samba Mocidade Independente. O filho de Bolsonaro, o Eduardo, criticou a postagem de Filipe Neto sobre o assunto, onde o deputado falou de uma tal "democracia relativa", agora, gostaria de ver esse ignóbil explicar o que seria isso, visto que democracia foi tudo que o grupo de apoiadores dessa ala extremista da direita mais odiou. E não é só no contexto da política brasileira não, internacionalmente, extremistas como os bolsonaristas já promoveram muitos danos a humanidade. A democracia permite que qualquer líder ou cidadão organize seu grupo e saia marchando pelas ruas, mas não para derrubar a própria democracia. A Marcha sobre Roma como se conhece, foi a grande marcha realizada pelos fascistas na cidade de Roma, em 28 de outubro de 1922. Para quê? Por quê? Um bom aluno que prestou atenção às aulas de História no Ensino Médio, deve saber, porém, receio que, muitos daqueles apoiadores da "marcha sobre o Brasil" (motociatas) e, mesmo a de 8 de janeiro de 2023, em pleno século XXI, não saberiam responder as questões relacionadas a Marcha liderada pelo Partido Fascista, a mando de Mussolini, para pressionar o governo, para que nomeasse Mussolini para o cargo de Primeiro-ministro do país. Claro, você poderá dizer: Mas ali, no contexto da Marcha sobre Roma não existia uma democracia, e sim uma Monarquia. Verdade, mas a História é feita de diferenças e semelhanças, mudanças e permanências, e o que estou aqui chamando à reflexão é para essas questões: Quais as semelhanças? Quais as mudanças e as permanências que percebemos hoje, com a extrema direita se organizando em vários países democráticos? O Brasil não é excessão, nessa reflexão, haja vista o exemplo desses levantes nos Estados Unidos. Veja: "As manifestações de Charlottesville, em agosto de 2017, entraram para a posteridade como o maior encontro neonazista da historia recente dos Estados Unidos. Então correspondente da BBC News Brasil nos EUA, o repórter Ricardo Senra foi o único jornalista brasileiro a cobrir as marchas em tempo real. Neste vídeo, ele relembra o que viu nessa cobertura -- e traz vídeos e depoimentos não publicados anteriormente. Senra também explica como o racismo dos chamados supremacistas brancos – aqueles que acreditam que brancos são melhores ou superiores aos demais – ressurgiu com força na última década a ponto de trazer desafios inclusive ao presidente dos Estados Unidos." (BBCNEWS: Charlottesville: Charlottesville: O que vi no maior protesto movido pelo ódio em décadas nos EUA)

Depois dos EUA, foi a vez da Alemanha. O ano é 2019, e neonazistas marcham nesta cidade alemã e as imagens foram registradas no DW Stories: O grupo neonazista também de chamado de "A Terceira Via" está polarizando a cidade alemã de Plauen com ideias extremistas. Políticos locais querem a proibição das marchas realizadas pelos neonazistas. Símbolos, uniformes e tambores usados pelo grupo lembram o período mais sombrio da Alemanha e assustam moradores. Podemos ver que em muitos lugares as ideias extremistas estão sendo ressuscitadas por grupos, e aqui no Brasil, uma família, a A família Bolsonaro e aliados políticos de direita, pessoas ligadas as polícias, ao Exército e à Marinha, alguns na ativa e outros na reserva, somados com grupos de milicianos do Rio de Janeiro fizeram levantes em vários estados brasileiros, bloquearam estradas, acamparam na frente dos QGs, e caminharam com tochas em direção ao STF.

Assim noticiou o Uol, e a manchete era a seguinte: '300 DO BRASIL' FAZ ATO EM FRENTE AO STF COM TOCHAS E GRITOS CONTRA MORAES'. As imagens de vídeo mostra o grupo bolsonarista autodenominado "300 do Brasil". No dia 30 de maio de2020, fizeram um protesto em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) , depois de sua principal porta-voz, Sara Winter, ter sido alvo de mandado de busca e apreensão relacionado ao inquérito das fake news conduzido na Corte na última quarta-feira. No Correio Braziliense diz assim: "Com tochas e máscaras, a imagem lembrou a muitos ações do Ku Klux Klan (KKK), organização racista originada nos Estados Unidos que fala em supremacia branca e já cometeu diversos atos violentos, incluindo homicídios. contra negros", podemos observar mais uma semelhança aqui, quando é comparado alguns atos desse grupo com a ku klux klan.

O que difere esses eventos bolsonaristas dos outros já mencionados? O diferencial é que Bolsonaro inovou, fez uso de motociatas. Mas se compararmos ao Nazismo alemão e ao Fascismo, veremos que esses movimentos extrtemistas de direita usaram a força da propaganda mentirosa hoje chamada de fak news, o que no caso era a mentira por traz dos discursos inflamados e as propagandas, o ódio, a militarização de um país, o uso e aparelhamento das igrejas evangélicas e alguns seguimentos católicos, tudo isso está presente na propaganda de Bolsonaro. E quando ele ressuscita o lema Deus, Pátria e Família, ranço do Golpe de 1964 e também introduz a outra ideia de Deus acima de tudo, e o Brasil acima de todos, isso soou aos ouvidos dos fanáticos religiosos como se fosse as palavrtas de um "profeta", e Bolsonaro passou a ser voisto, propagado e profetizado nas igrejas como? Eu digo: Um homem de Deus, aclamado ao som de um hino da Harpa Cristã (https://www.youtube.com/watch?v=tdugRgalxQU). Acredito que o hino da Harpa mais tocado foi: "Os Guerreiros se preparam" (Hino 212 harpa, com a Polícia Militar do Rio de Janeiro), como podemos ver, num desfile de soldados em 2018, quando Bolsonaro já era Presidente (https://www.youtube.com/watch?v=1gTA_yMmxFg). A religiosidade foi fortemente cooptada, e por pouco o Brasil não viu o triunfo do extremismo. Estavam aparelhadas as igrejas evangélicas, grupos militares, queriam aparelhar a educação com aquela ideia de escola sem partido e criando as escolas cívico-militares, mas não conseguiram, graças aos mais conscientes que atuam na educação, e por fim, tentaram aparelhar as forças aramadas do país e o próprio Estado Brasileiro, por meio de ministros oriundos do Exército ocupando os ministérios. Tinha mais militares no Governo Federal que civis. Qual era o objetivo? Fazer do governo Bolsonaro uma autocracia? Lembrem-se que ele disse, e ele disse isso num evento evangélico promovido pela igreja Renascer em Cristo: ‘Só Deus me tira daquela cadeira’, diz Bolsonaro na Marcha para Jesus" (Correio Braziliense: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/05/5009629-so-deus-me-tira-daquela-cadeira-afirma-bolsonaro.html). Depois ele diz o mesmo, com outras palavras, sobre a sua intenção de permanecer no governo, a todo custo: "durante o 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos de Goiás, que tem três alterativas para o futuro: estar preso, morto, ou obter "vitória". (G1- Goiás: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/08/28/bolsonaro-diz-durante-evento-em-igreja-que-tem-tres-alternativas-de-futuro-estar-preso-ser-morto-ou-a-vitoria.ghtml)

Voltando aos apoiadores de Bolsonaro e suas semelhanças com demonstrações de permanências com outros movimentos históricos de extrema direita, inclusos o Nazismo e o Fascismo, podemos afirmar, que muitas falas, ideias, discursos e propagandas e até o uso e exploração da fé religiosa, tudo isso está presente em todos esses movimentos, antes e nos de agora. Vários veículos midiáticos noticiaram isso:

"Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma "motociata" em Salvador (Bahia) na 6ª feira (8.mar.2024). Ele viajou à capital baiana para participar de um evento do PL Mulher ao lado da mulher, Michelle Bolsonaro."

Como vimos, não somos o único país a enfrentar esse desafio de ter tomar medidas legais para coibir esses levantes antidemocráticos, e essas medidas devem mesmo ser votadas: Marco Civil da Internet, pra coibir e punir os divulgadores de mentiras pelas redes sociais para apoiar ou derrubar um governo e ameaçar todo o sistema democrático, ameaçando inclusive a vida de pessoas, causando mortes de inocentes, linchamentos e assassinatos em público, esse é o perico de uma Faknews gente, e tem bolsonaristas no Congresso contra esse controle, eles alegam que tais medidas vão contra a liberdade de expressão e a livre imprensa, e chamam isso de censura. Eles não são favoráveis a nada que proteja a vida, exceto o tal do aborto, que falam tanto. Porém, defendem um sujeito adulto pegar em arma pra defender a sua suposta honra. Outra medida que está sendo votada no STF é a que revisa o artigo 142 da Constituição Federal, para evitar más interpretações de quem nunca nem Direito fez, e se fez, fez, não o fez direito. Esse artigo já foi interpretado no Golpe de 31 de Março de 1964, como algo legal, simplesmente constar na Constituição Federal. A celebrada data é até hoje comemorada pelos militares por marcar a data em que o General mineiro, Olímpio Mourão Filho, chefe da 4ª Região Militar de Juiz de Fora – saiu da cidade da Zona da Mata mineira e marchou rumo ao Rio de Janeiro, antecipando o plano de tomada de poder por parte dos militares. (Qualquer coincidência com o Mourão, vice de Bolsonaro, não é mera coincidência). Como explica o pesquisador e historiador Kaminsk em um de seus artigos: “Se pegarmos esse momento, a gente fica com o dia 31 por ser o início da deflagração do processo golpista. Isso ficou gravado na história”, (...)". E prossegue dizendo: "...porém, que a concretização do plano só ocorreu, de fato, em 1° de abril. Foi nesse dia que a tropa de Mourão Filho chegou ao Rio, unindo-se a outros militares que promoveram a tomada do Forte de Copacabana." (https://www.otempo.com.br/politica/golpe-militar-de-64-foi-em-31-de-marco-ou-1-de-abril-especialista-responde-1.3358025)

Veja outra semelhança com o passado recente do Brasil, tudo teve como principal foco o Rio de Janeiro. Onde estão as milícias apoiadoras de Jair Bolsonaro? Precisa dizer mais? Quase tivemos que ver tudo acontecer de novo, e na nossa cara, o ranço do militarismo ainda está na cabeça de uma parcela da população civil e militar, especialmente na mente de gente que talvez tenha sofrido de algum tipo de amnésia, porque quem viveu, pelo menos a década de 1970, jamais poderia querer de volta um regime tão perverso e cruel como aquele. O Brasil é uma democracia, porém, muito frágil; é uma democracia, recente, ou seja, uma democracia jovem ainda, que mal alcançou a puberdade, saiu de uma ditadura de 21 anos, e passou pelas Diretas-Já, exigindo mudanças e, reivindicando o direito de voto, sendo todos os anseios das diretas-já, derrotados parcialmente pelas a manobras políticas da direita conservadora e ultraconservadora, que enterrou a Emenda Dante de Oliveira, impondo pela última vez um tipo de eleição que interessava apenas as elites da época: a eleição de Tancredo Neves, Presidente da República, eleito para fazer parte de uma transição mal feita. E depois de aguardar as próximas eleições para poder eleger diretamente o seu novo Presidente, o povo caiu nas Fak News e falácias que divulgavam uma propaganda que colocava medo nas pessoas o medo do velho comunismo, e assim, o povo escolheu Collor, o "Caçador de Marajás", no lugar de Lula. Pois é, o "Caçador de Marajás" surrupiou o dinheirinho da Caderneta de Poupança, daqueles pobres medrosos que elegeu Fernando Collor de Melo, o salvador da pátria, evitando assim o perigo comunista. Inclusive, o meu falecido pai que dizia para mim que, se votasse em Lula, ele iria perder seu terreninho 250 metros, dizia também, que as igrejas seriam fechadas, caso o Partido dos Trabalhadores vencesse. Que as futuras gerações saibam disso, que assisti de novo, levantes bolsonaristas, em pleno século XXI, com os mesmos apelos, discursos e propagandas. Os mesmos velhos argumentos, ideias empoeiradas, e as mesmas propagandas que apostam no terror e no medo das pessoas menos instruídas para quê? Para tentar manter no poder um Presidente ligado a grupos de milicianos, belicista, cheio de maldades contra os pobres e todas as minorias. Era pra isso que queriam manter no governo. Um sociopata, genocida e negacionista e metido a cristão evangélico, mas que vivia cercado pela Maçonaria. Cristão? Onde? Foi isso que assistimos: Grupos organizados focavam seus atos na destruição das instituições democráticas, e chegaram a invadir a ocupar a Sede dos Três Poderes, queriam minar a jovem democracia, e alegavam, que seus atos eram democráticos, diziam que tinham inclusive, o direito de pedir a volta do AI-5 e o retorno dos militares ao poder, retirando de lá o Presidente legitimamente eleito pelo voto popular, destituindo assim Luiz Inácio Lula da presidência, porque não aceitaram a derrota, mas tudo articulado pelo seu derrotado e inelegível Jair Bolsonaro, o "imbrochável" e o "inominável" que seus fanáticos ainda chamam de "Mito". Nunca saiu da cabeça dos bolsonaristas a ideia de que homens de farda seria uma boa para governar o Brasil, elçes são fissurados por uma farda, uma roupa camuflada e um coturno.

Esse artigo, ao fazer um paralelo com os acontecimentos aqui ocorridos com outros movimentos de forte teor extremista, com claros objetivos de exercer pressões sobre governos democráticos, como a Marcha Sobre Roma, cujo intuito era pressionar a monarquia italiana para nomear Benito Mussolini seu Primeiro-Ministro, e assim, seu líder fascista teria o poder acima do próprio monarca (rei), ocorrendo o mesmo com a Alemanha, onde Hítler reivindicava o cargo de Chanceler (e conseguiu), para depois derrubar o governo da Alemanha, assumindo o posto de Führer, condutor, guia da nação. Aqui, Bolsonaro queria ser o único capaz de comandar, sendo ele um ex-capitão, pesava que o Brasil seria facilmente transformado novamente numa caserna. E o povo iria bater continência para ele. No Exército o capitão é responsável por liderar e comandar uma tropa de soldados, mas os cidadão de um país não poderão jamais serem tratados como soldados subalternos de um governo qualquer, a final, a Constituição de 1988, no seu Artigo 1º define o Brasil como um Estado Democrático de Direito. Um Estado no qual, os governantes são escolhidos de maneira democrática com a realização de eleições diretas e que acontecem há cada quatro anos, e o Código Penal é bem claro quanto as manifestações, que tanto chamavam de "pacíficas" e "democráticas", no Título XII da Parte Especial, que trata "Dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito". Diz no capítulo II desse título são previstos os "Crimes contra as Instituições Democráticas", e dentro desse mesmo título se insere o artigo 359, L, que tipifica o delito de atentado violento ao Estado democrático de Direito. O que diz? Simplesmente isso: constitui infração penal punível com reclusão de 4 a 8 anos, mais a pena correspondente à violência, "tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". Claro, somando outros crimes, se condenado, custará a Bolsonaro uns 20 anos ou mais de cadeia, porque cada crime tem um agravante que somados aumenta a pena. Tem sido assim com os manifestantes do 8 de janeiro, o que pegou pena menor até agora foi um que pegou apenas 16 anos de reclusão. Ainda tem as multas, outros tem pego 17 anos.

A MOCIDADE INDEPENDENTE ENVERGONHOU O SAMBA BRASILEIRO

A Mocidade independente, escola famosa do Rio, que sempre representou bem o SAMBA, cedeu seu pátio para eventos BOLSONARISTA, e contou com a presença do próprio Bolsonaro, justamente uma escola que tão bem sempre representou o samba, duramente perseguido e reprimido pela ditadura militar, agora essa escola parece ir na contramão da luta dos negros na sociedade. Não coaduna... Não combina. É um acinte. A luta dos negros por espaço na sociedade, por mais reconhecimento, respeito e dignidade, contra o racismo e todo tipo de violência sofrida ao longo da história agora parece ser ignorada pelo fato de vermos uma escola de samba apoiando quem? Aqueles têm uma ideologia que prega a violência e não respeita as diferenças em uma sociedade tão diversas, inclusive nomeando uma pessoa como presidente da respeitada Fundação Zumbi de Palmares, que afirmou que o movimento negro tinha que acabar. Agora, é preciso ser justo, não foi apenas a Mocidade Independente, mas muitos cantores e celebridades apoiaram Bolsonaro, mas perderam sua credibilidade: Além de Gusttavo Lima, Leonardo e Zezé di Camargo, também apoiam Bolsonaro, por exemplo, os cantores Marrone (da dupla com Bruno) e Eduardo Costa, Fernando (da dupla com Sorocaba), Cuiabano Lima, Pedro Manso, Elba Ramalho e Sula Miranda. "Chitãozinho afirmou que “o mundo sertanejo” está com Bolsonaro". Até o grande Zé Ramalho passou a usar as cores da iluminação verde , azul e amarela em seus shows de abertura da música Gado Novo, mas não era em referência ao "gado", apelido dado aos bolsonaristas. Tudo indica que Zé Ramalho teria adotado essas cores porque elas são em apoio a Bolsonaro. Em outros momentos da apresentação, a iluminação cênica do show de Zé Ramalho utiliza cores brancas, vermelhas e azuis. Pode ser que tenha me equivocado, ou pode ser que tenha mudado de ideia, porém o cantor não respondeu quando perguntado sobre essa questão do apoio. Uma coisa que nos deixa dúvida é isso: Zé Ramalho não emite opiniões políticas. Em 2021, porém, o artista cancelou uma parceria com Sérgio Reis (uma regravação de Admirável Gado Novo, inclusive) após o sertanejo defender intervenção militar durante um ato bolsonarista. Pra esse cidadão que vos escreve, não tem nada demais um artista declarar apoio a candidato algum, a questão a pensar é: depois de cortar verbas destinadas a promoção da arte e da cultura, o que afetaria diretamente os shows e eventos culturais e a arte brasileira, é mesmo coerente que um artista apoie alguém que tenha feito declarações nervosas contra esse universo cultural. Criticou tanto a Lei Rouanet, e ainda tem o apoio de famosos do mundo artístico, das artes e da música. As artes foram as primeiras a serem confiscadas nos regimes nazistas, livros foram queimados. As únicas artes permitidas eram as que faziam alusão ao nazismo. Operas eram as músicas favoritas e permitidas pelo controle nazista.

Como uma escola de samba apoia um grupo extremista da direita opressora, racista e preconceituosa? Pois é como jogar no lixo, toda a luta que tantos outros travaram durante a história. O pior de tudo é saber que apoiaram uma pessoa que queria dar um golpe de Estado, e decretar estado de sítio, onde todas as liberdades seriam reprimidas. Como podemos ver, o bolsonarismo ainda continua realizando eventos, e o último mais recente foi organizado pelo pastor Silas Malafaia, na Paulista. Porém, a população brasileira precisa abrir a mente e entender que a lavagem cerebral religiosa não pode continuar a fortalecer esse movimento e que nem as igrejas, nem as instituições do Estado, nem o Congresso, nem a educação, nem as forças de segurança do país e dos estados devem ser aparelhadas. É preciso compreender que todas as instituições públicas são laicas, desde as escolas ao Congresso Nacional. Apesar de ser garantida a liberdade religiosa, a pluralidade de crenças deve ser respeitada nesses espaços, e respeitar não significa dar a cada uma o direito de transformar esses espaços em um lugar de culto religioso. Mas isso não significa que todas não tenham seu lugar em cerimônias que visem promover esse respeito e pluralidade, e onde estiver uma nesses espaços, deve ter lugar para outras, mesmo que alguns discorde. O que pode mediar a pluralidade religiosa, cultural e política é a capacidade de dialogar de cada indivíduo.

Que país nós queremos para nós e para as futuras gerações? Uma ditadura ou, uma democracia?

Fontes:

https://pleno.news/brasil/cidades/felipe-neto-critica-mocidade-por-permitir-evento-com-bolsonaro.html

https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/11/20/presidente-da-fundacao-palmares-critica-dia-da-consciencia-negra.ghtml

https://www.youtube.com/watch?v=8kqQjztmI_M

https://www.youtube.com/watch?v=WhFzRFaFbsw

https://www.youtube.com/watch?v=-4G79ToPPI8

https://www.youtube.com/watch?v=oO9Qc8SG9oY

https://www.youtube.com/watch?v=swpnSotLdPs

https://www.conjur.com.br/2023-set-21/controversias-juridicas-crime-atentado-democracia-analise-juridica/#:~:text=De%20acordo%20com%20mencionado%20dispositivo,o%20exerc%C3%ADcio%20dos%20poderes%20constitucionais%22.

ONILUAP ONABRA
Enviado por ONILUAP ONABRA em 18/03/2024
Reeditado em 02/04/2024
Código do texto: T8022928
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.