ESQUERDA: 16,5 bilhões para a lei rouanet em 2023
A quantia de 16,5 bilhões é a maior da história da lei. E maior do que o autorizado nos 4 anos de governo bolsonaro. O que pode ser bom ou nem tão bom assim. Já que os percentuais das regiões beneficiadas não se alteraram.
A região sudeste tem mais da metade dos aprovados, está com 68% dos projetos que vão para captação. O nordeste ficou apenas com 10%, um percentual justo seria ter ao menos uns 26%, a região nordeste ainda precisa se desenvolver muito para chegar a esses números.
Não há números quanto as cidades beneficiadas, aquelas que são grandes, com milhões de habitantes e aquelas pequenas, com algumas dezenas de milhares de habitantes. Nem há promessa de vir a ser tão claras as prestações de contas.
Acredito que o principal motivo para a alta concentração de projetos aprovados no sudeste, vem da capacitação que essa região possue. Sem sombra de dúvidas ela é a mais técnica do país.
Para que o nordeste aumente sua participação, há a urgente demanda por formações de roteiristas, diretores e produtores. Se não houve uma elevação nos números desses profissionais, não haverá aumento na inscrição de projetos.
16,5 bilhões é um número estratosférico, por isso cabe um estudo do que está se incentivando, se realmente está empregando e se há uma preocupação em gerar renda, nem que seja a renda mínima.
Vamos torcer para que o MinC não tenha apenas autorizado a abertura das torneiras fiscais, mas que tenha planejado valorizar a cultura raiz e gerar renda para os trabalhadores da cultura.
No cenário de formação, temos no seu horizonte que a cultura poderá ser manuseada por todos da sociedade, desde bolsas-família, até PHDs.
Ainda há defensores que levantam a tese de que, os que tem mais recursos, tem direito maior ao fomento. Mas mesmo que a passos lentos, aqueles que tem apenas um MEI - Micro Empreendedor Individual, estão ganhando espaço.