Nem Picanha, Nem Carro Novo

O governo cortou vários beneficiários do bolsa-família porque supostamente teriam uma renda acima de R$218,00 por pessoa. Isso resultou milhões fora do programa, e para lastimar, esses não teriam mais do que R$650,00 de renda, tornando a picanha utópica e ideológica, ou seja, inacessível para os pobres, já os paupérrimos tem contas a pagar, e quando se quitam essas, sobra quase nada.

A classe média por outro lado, vê a redução de preço que possibilita a compra do carro novo com desconto, mas tem limites, um valor de R$800mi no programa. O que mostra que de fato, muitos classe média ficarão de fora da oportunidade.

Não vou negar que o presidente Lula está tentando, porém, tem muitos no governo dele que praticam: lucros para os ricos, um pouco de aquisições para classe média e arroz, feijão, ovos e salsichas para os pobres, isso quando possível.

Tentar muda a situação não é fácil, mesmo sendo de conhecimento da maioria que para migrar da classe baixa para classe média o melhor caminho é a formação; da classe média para classe alta, o empreendedorismo. Mas quem disse que a adesão é considerável, pois não é, e predomina o acomodamento.

Assim continuarão sendo insuficientes a picanha para os pobres e os carros novos para a classe média. Já que é cultural ter poucas conquistas nas duas classes.

Um pobre que tem uma remuneração informal de R$650,00 ficará impedido de se beneficiar com os R$600,00 do bolsa-família para comprar sua picanha do churrasquinho no final de semana e o classe média ver o limite dos descontos no carro novo acabar em um curto espaço de tempo.

Por isso podemos dizer que não se cumprirá de maneira satisfatória as aquisições de picanhas e carros novos.

Querendo que funcione de verdade os programas, tem-se que subir o teto do bolsa-família e aumentar a produção de carros, sem essas medidas, criou-se com alguns itens populares, uma utopia momentânea que pode não marcar época, mas marcará um governo.