A Polícia e a política corruptas do Distrito Federal: omissão do governador e do secretário de Segurança Pública Distrital geram estragos irreparáveis ao país

Brasília foi fundada em 21 de abril de 1960, no governo de Juscelino Kubitschek, tornando-se capital do país no lugar do Rio de Janeiro, antiga capital federal.

Desde a sua fundação, a polícia distrital – a PM de Brasília – sempre foi uma das mais bem treinadas do Brasil. Especialmente, sua cavalaria e sua tropa de choque são dotadas de profissionais capacitados para evitarem invasões às repartições públicas, depredação e dilapidação do patrimônio público, principalmente, da Praça dos Três Poderes, centro político da nação. E, de maneira honrosa e digna, sempre a Polícia Distrital manteve a lei e a ordem, isso até o dia 12/12/2022, quando ocorreu a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa data aconteceram inúmeros protestos violentos, depredação de viaturas e queima de ônibus na cidade e, ontem (08/01/2022), dia da nefasta invasão ao Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Vejam só: ontem, havia pouquíssimas pessoas em Brasília, se comparado às mais de 200 mil que manifestaram em junho de 2013, contra o governo Dilma, na famosa "Jornadas de junho", que tomaram conta da nação. Mesmo com esse mar de pessoas revoltosas não conseguiram entrar no Congresso Nacional, nem no STF, nem no Palácio do Planalto. Este último, é o local de trabalho da Presidência do Brasil, onde está situado o Gabinete do Presidente da República e a Casa Civil.

Mas, por que os criminosos de ontem conseguiram esse feito extraordinário, criminoso e nefasto de invadir os prédios dos Três Poderes? Porque a polícia do DF, parte das Forças Armadas, assim como da PF e PRF foram corrompidas e cooptadas por Jair Bolsonaro. Essas instituições se esqueceram do seu papel constitucional, de que elas não servem a nenhum governo, nem aos políticos, nem aos partidos, mas ao povo brasileiro, sendo elas instituições de Estado que devem manter a lei e a ordem. Além disso, devem proteger o país, a população, o Estado Democrático de Direito e as instituições nacionais.

Ao se tornarem braço do bolsonarismo, os policiais, outrora defensores da lei, da ordem e do ordenamento jurídico, agora, estão a serviço de golpistas e protegendo marginais que, além de fanáticos, não aceitam os resultados das eleições e pregam, abertamente, o Golpe de Estado e a deposição de um governo legitimamente constituído através do voto popular. Foi justamente por isso que, em meio às invasões, os próprios policiais filmavam e fotografaram os atos terroristas, riam e se solidarizaram com os invasores, ao invés de cumprirem suas funções de proteção do patrimônio público, da manutenção da ordem e do enfrentamento aos baderneiros.

Junta-se a isso a complacência com os invasores criminosos e as “vistas grossas” dos atos abjetos praticados pelo próprio governador distrital, o também bolsonarista Ibaneis Rocha, do MDB, e do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro, atual secretário de Segurança Distrital, Anderson Torres. Este último e o ex-presidente estão fora do país, pois, obviamente, ambos já sabiam do que ia ocorrer: ausentaram-se do Brasil para se eximirem de qualquer culpa pelo ocorrido. Assim sendo, mascaram seus envolvimentos nos crimes e nos atos antidemocráticos.

Pois bem, muito antes desse ato horrendo e criminoso ter conseguido ser efetuado pelo poder dos manifestantes ou por seu número, ele, de fato, ocorreu por concordância, apoio, amparo e complacência da PM, do governador distrital Ibaneis Rocha e do seu secretário de segurança pública, ex-ministro de Jair Bolsonaro. Como se não bastasse o "silêncio" criminoso do golpista-mor, o ex-presidente da República, derrotado na última eleição.

Acioli Junior
Enviado por Acioli Junior em 09/01/2023
Reeditado em 09/01/2023
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