Identificando ideologicamente os cacifes da política nacional

Alguns dos principais nomes da política nacional e suas identificações ideológicas:

Luiz Inácio Lula da Silva, político de centro ou Social Liberal. Por muitos anos, especialmente, quando iniciou sua carreira política, era de esquerda; passou a centro-esquerda e, ao chegar à presidência, foi se deslocando ao centro. Chamá-lo de comunista ou socialista é de uma ignorância colossal, e assumir o analfabetismo político. Implantar políticas de assistência social, que até ideólogos liberais propuseram em seus artigos e livros, nada tem a ver com comunismo e marxismo.

Jair Messias Bolsonaro, político de “extrema direita”, pelo menos, no discurso; não na ação política. Ele, por décadas, se posicionou contra às privatizações – que são políticas de direita –, especialmente durante o governo FHC. Agora, no final do seu mandato, notadamente há poucos meses da eleição, implantou inúmeras políticas assistencialistas, ditas de esquerda, que ele mesmo passou a vida inteira criticando, enquanto parlamentar, chamando-as de "Bolsa Esmola". Eu o definiria, muito mais, como um político reacionário com algumas ideias nazifascistas. É o político brasileiro que tem o maior número de seguidores fanáticos capazes de matar e morrer por ele.

Ciro Gomes, político que já transitou da centro-direita ao centro, chegando à centro-esquerda. É, claramente, um socialdemocrata. Diferentemente de Lula, que às pessoas julgam, equivocadamente, que é de esquerda, o Ciro foi quem apresentou ideias revolucionárias nesse pleito eleitoral, como taxar grandes fortunas e grandes heranças. Ele está à esquerda de Lula.

Simone Tebet, senadora da República de centro-direita e em clara ascensão política. Extremamente bem articulada, inteligente e defensora do liberalismo econômico e do agronegócio.

João Amoedo e Romeu Zema, ambos políticos do partido Novo, legítimos representantes da direita. O Novo é o único partido claramente de direita do Brasil. Tem compromissos claros com o liberalismo econômico, com as ideias de estado mínimo, com às privatizações, com a defesa dos banqueiros e dos grandes empresários brasileiros. É a única agremiação partidária que não aceitou o chamado “Fundão Eleitoral”, financiamento público de campanha, sendo mantido por doações de seus membros. Eu os citei nesse texto, pois vislumbro que o Zema será uma grande força política em 2026.

Para saber mais sobre as diferentes ideologias políticas e socioeconômicas indico a leitura do "Dicionário Político" organizado pelo filósofo italiano, Norberto Bobbio.

Acioli Junior
Enviado por Acioli Junior em 02/11/2022
Reeditado em 02/11/2022
Código do texto: T7641259
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