Sócrates: "A verdade não está com os homens, mas entre os homens!".
Sócrates: "A verdade não está com os homens, mas entre os homens!".
E assim chegamos a uma das máximas que aprendemos nos estudos antropológicos, de que as definições para verdade ou cultura carecem do vivenciar, sendo edificadas pelo que experienciamos, sem conclusão existencial.
Por isso Sócrates, que foi um grande filosofo, também está representado pela figura de maestro e goleador, pois entendeu que a verdade não é do homem propriamente dito, mas ela é construída pelo convívio dos mesmos. No interagir social ou familiar é que damos consistência a nossas opiniões e ao que passamos a crer como sendo a verdade. Verdade construída e não achada do nada, ou até pensada como dogma ou intuída pelas hostes divinas, é que deverá marcar nossas atitudes e nossas impressões.
Dizer algo como verdade sem adentrar no âmago do assunto ou no convívio necessário para experienciar, é negligenciar que cada ser humano é impar e ao mesmo tempo igual a todos nós. Pois não há ninguém, dentro da nossa espécie, que tenha estrutura biológica diferente, nem ao menos supremacia de sexos, mas a necessidade de harmonia entre eles, para que uma espécie perdure por mais gerações.
Quando sobreveio a imposição da cicuta, que buscava calar um ícone dos questionamentos sociais, esmagado pelo medo das elites em ver suas "verdades" postas em xeque, ele foi autentico em dizer aos que lhe buscavam ou seguiam, de que não fugiria para escapar da morte, já que a morte só atingiria o corpo, mas não teria domínio sobre o ser, o pensar e o declamar, pois ele acreditava na imortalidade da alma.
Assim, buscando a máxima socrática, podemos declamar que "Quem de nós irá para o melhor é obscuro a todos, menos a Deus!", pois o dom da vida é gratuito e o que virá em outra dimensão não nos é dado conhecer e nem convencer aos outros, como se falássemos verdades.
Texto publicado no Facebook em 15/04/2018