Terça-feira, 4/10/2016
Política desilusão da juventude brasileira
Antonio Feitosa dos Santos 

 
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Hoje 4 de outubro de 2016, a polícia federal está nas ruas de Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, para uma operação denominada “Hidra de Lerna”, em referência ao monstro com corpo de dragão e três cabeças de serpentes da mitologia grega. Reza a lenda que para cada cabeça cortada nasciam duas.

Essa operação tem por finalidade desbaratar uma quadrilha, segundo a polícia federal, especializada em fraudar eleições. Mais uma vez tendo como um dos alvos o diretório do PT em Salvador.

Não me estranha saber por meios de cientistas políticos e sociais, o fenômeno de retração política da juventude, mesmo dos adultos, descontentes com a velha e ultrapassada política, apregoada por partidos e políticos brasileiros.

Nosso sistema político vigente é de coalizão, entre os 35 partidos, (ainda há mais de 30 solicitações para novos partidos no TSE), os quais se unem para formar uma chapa e concorrer em um pleito eleitoral, para eleger um representante do povo.

Cada um desses partidos tem sua ideologia própria, ou pelo menos deveriam ter, tornando difícil aos nossos jovens escolher uma, que represente seus anseios, ideais e convicções políticas duradouras.

Daí o campo da ideologia não existe e se existir não funciona, a opção da juventude é o indivíduo, a pessoa física independente do partido.

Nessas eleições de 2 outubro de 2016, só na cidade do Rio de Janeiro, aproximadamente um milhão e duzentos mil eleitores deixaram de votar. O perfil desse eleitorado jovem é de até 24 anos, assim como adultos desmotivados com a política em toda sua extensão.

No Brasil, como um todo, houve uma abstenção sem precedência na nossa história das eleições.

Parece que os eleitores despertaram de um sono de pesadelos e descobriram o verdadeiro sentido do voto. O voto é como um cheque em branco confiado a um estranho, que se encarregará de fazê-lo render juros e correções de valores, mas ao acordar viram que o retorno não era o esperado.

Em relação a política brasileira, nossa juventude está acéfala e à deriva. Não desponta nenhuma nova liderança, enquanto isso as velhas raposas se refastelam das regalias do poder.

Nesses dois anos da operação “Lava Jato”, vimos cair por terra, as falsas lideranças, criadas por partidos políticos e as velhas raposas do velho sistema do “é dando que se recebe”.

Fica cada vez mais nítido a carência de líderes nessa seara. Quanto mais a juventude se afasta, mas deixa a porta escancarada as raposas e rapinas do patrimônio brasileiro.

Fica a dica a todos: juventude e jovens adultos, olhos abertos, vale muito se libertar do julgo odioso da omissão pela intromissão dos velhos políticos e seus velhos hábitos. Cortem as cabeças da Hidra de Lerna de uma só vez, ao mesmo tempo e elas não renascerão. 

Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 4/10/2016 às 18h07 

 
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