A maldita condição dos brasileiros
A MALDITA CONDIÇÃO DOS BRASILEIROS (Por Joacir Dal Sotto *)
...
A miséria em que estão inseridos muitos políticos brasileiros é detestável, é ironicamente ridícula. Para corruptos e idiotas é impossível falar em metáforas, é difícil falarmos para que sejamos compreendidos como filósofos. Em uma democracia seria mais fácil colocar a culpa no povo, o problema é que existem representantes do mesmo povo. Alguns falam em Deus, em família, em amigos e deixam da federação, mesmo que na prática seja uma farsa.
Se eu fosse um homem das armas, iria assassinar o maior número possível de políticos corruptos e ignorantes. Eu sou um homem de ideias e sonhos, de erros e persistência para lutar por uma sociedade melhor. Não sei se tenho vontade de juntar pelo pescoço cada eleitor ou cada cidadão. Na maldita câmera de deputados muitos absurdos são criados e até mantidos.
Colocam a imagem daquele que chamam de cristo, daquele que talvez tenha sido apenas Jesus de Nazaré. Metaforicamente falando foi Jesus Cristo sacrificado em meio de outros poucos ladrões, no Brasil é Jesus Cristo crucificado no meio de 513 deputados, estes que nunca se reúnem totalmente, algumas baixas por atestado médico, outras por puro desinteresse. Falam bobagens ao vivo e para milhões de pessoas que aplaudem o sim pelo fim de uma “lacaia”, falam bobagens e acabam esquecendo da federação e do processo que estão tentando aprovar ou desaprovar. Caso fossemos matar ou humilhar com um bom discurso, teríamos que mudar todos os interlocutores.
Tenho vontade de chorar, sinto uma profunda tristeza diante da miséria ética instalada em nosso país. Eu não quero saber do futuro, no presente existem muitas mazelas para serem superadas pelo bem de nossos filhos. Realmente temos a comédia do século, os integrantes são o povo, são os políticos. O sangue dos ímpios deveria correr na mesma vala que já corre o sangue dos cristãos ressentidos, frequentemente surgem discursos de ódio, como se os argumentos não existissem.
Deveriam queimar e crucificar todos os ladrões, especialmente aqueles que detestam o diferente. Literalmente é preciso dar um foda-se ao que chamam de constituição e “povo feliz”, são atrasados, são selvagens no sentido mais puro da palavra humana. Não querem livros, não querem argumentos, não querem justiça, não querem sabedoria, não querem amor, não querem revolução. Jamais irão refletir, precisam morrer para que talvez o sangue da ignorância sirva de exemplo para as futuras gerações, estas que já nascem corrompidas pelo ressentimento.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".