Um povo livre ao sul
UM POVO LIVRE AO SUL (Por Joacir Dal Sotto *)
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Pelo mundo são inúmeros movimentos separatistas que existem e no sul do Brasil destaca-se o movimento democrático “O sul é o meu país”. O movimento é amplamente cercado pelo esforço de cada representante em informar a população, em ouvir os anseios daqueles que nessa terra criam os seus filhos. Aos poucos uma base sólida é construída, sendo que a escolha da maioria faz parte da necessária implantação de um novo sistema político e administrativo que contemple cada cidadão até hoje descontente. Não existe grandeza em grandes espaços, existe grandeza é naquilo que podemos abraçar e compreender.
Em um sistema democrático tudo é possível, desde que cada ação não seja para eliminar o outro. Na modernidade é até estranho um povo depender de outro povo para alavancar soluções que possam resolver problemas intransferíveis. A ideia de separar o sul das outras partes do Brasil não é atual como pregam alguns veículos de comunicação. É mais do que correto afirmar que separar um território de outro, não passa de uma maneira de tornar versátil qualquer discussão pública.
A globalização contribuiu e contribui para uma troca de favores. Precisamos mais do que autonomia dos estados e também todo povo é soberano. Outrora, muitos imperadores acreditavam que eram o centro do mundo e aos povos oprimidos tudo era mais difícil. Existiram tempos difíceis, inclusive no universo eram os humanos que disseram que a terra era o centro do universo.
Pela graça humana ou divina tudo evoluiu. Hoje é possível ver uma grande parte do mundo protegendo pequenos povoados. Cada partícula da humanidade é formada por um povo, cada povo é soberano para discutir e aplicar suas próprias leis. Ao sul do até hoje Brasil estamos fazendo história, estamos querendo mais do que nunca constituir um novo país.
Na realidade cada povo é dono de sua história, de seus sonhos, de suas necessidades. O centro do mundo é uma verdade intransferível que faz parte daqueles que lutam por liberdade. Ao sul erguemos uma bandeira que na democracia significa a aplicação da vontade da maioria que aqui habita. O mundo é melhor quando a paz reina, o mundo continua evoluindo diante o fim dos poderes centrais que sufocam povos que possuem suas nobres particularidades.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e secretário na comissão de Lages (SC) do movimento "O sul é o meu país".