Uma matança diante da corrupção
Não digam que não falei dos amores, das flores e de minhas feridas mais profundas. Antes seria justo matar por amor e agora que sou sincero é impossível sobreviver em meio de corruptos. Se digo que mato, talvez me matem, se mato, talvez me prendam e me considerem um terrível assassino.
Quando sou poeta, me chamam de belo. Quem sai pelas ruas é considerado tolo, sendo que o sábio estaria novamente com a corda no pescoço dos hipócritas. Querem a paz e nem sabem que para a paz acontecer é preciso uma grande guerra.
As revoltas acontecem em todos os cantos do mundo. Alguns matam em nome do amor que dizem sentir pela humanidade, outros matam para defenderem o sangue do próprio povo. Mal sabem, todos matam é em nome do poder, sendo que quem não mata é muito fraco para ser chefe de um exército.
Apenas os fracos fogem do campo de batalha, apenas o povo é sugado pela corrupção. Quem é parte contrária ao que existe de corrupto na política, apenas mata. Matar é o caminho para acabar com a corrupção.
Claro que na contradição humana, nunca iremos acabar totalmente com a corrupção. O problema é que algo precisa ser feito. Enquanto não matamos o corrupto, é o dinheiro da saúde que vai sendo usado para o lazer de poucos.
Eu falo em metáforas e os “miseráveis” deveriam me ouvir é no sentido real de uma matança. Não existe uma divindade liberando ou condenando qualquer matança, todas as matanças são valores demasiadamente humanos que estão em jogo. Para matar é preciso ser louco e para manter um país sem corrupção é preciso ser radical, é preciso ter um senso enorme de razão.
Muitas flores nem precisam ser levadas ou lembradas no campo de batalha. Vamos matar para que flores possam ser plantadas em meio ao corpo corrupto que entrará em decomposição. Vejam que existe uma luz, não uma escuridão de meio termo.
Escritor Joacir Dal Sotto​ .'.
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