A CPI do Cachoeira

O Brasil está vivendo mais um escândalo no cenário político. A chamada CPI do Cachoeira veio à tona no início do ano, depois das operações Vegas e Monte Carlo deflagradas pela Polícia Federal. As investigações da PF revelaram uma quadrilha que comandava uma rede de jogos ilegais no Estado de Goiás com utilização de máquinas caças-niquéis, praticava corrupção no poder público, entre outras atividades ilegais.

A Polícia Federal através de grampos telefônicos registrou conversas de agentes políticos com Carlos Augusto de Almeida Ramos, O Carlinhos Cachoeira, e seus comparsas; entre os envolvidos estão governadores, senador e deputados federais e estaduais. Também estão no inquérito empresas particulares acusadas de licitações irregulares e até empresas que não existem, ou de fachadas.

O contraventor Carlos Cachoeira convocado para depor, amparado por direito constitucional e Habeas Corpus do STF, ficou em silêncio, ou seja, não respondeu a nenhuma das perguntas dos parlamentares. O senador Demóstenes Torres principal envolvido, acusado de usar o mandato para beneficiar Carlos Cachoeira, negou todas as acusações; mas na segunda convocação, se recusou a depor. Os outros acusados também preferiram ficar em silêncio.

O senador Demóstenes Torres por responder a um processo por quebra de decoro parlamentar, no Conselho de Ética do Senado, deve perder o cargo e ainda ter os direitos políticos suspensos por 08 anos, quando não poderá se candidatar a nenhum cargo político. Os outros agentes políticos envolvidos não devem sofrer nenhuma punição.

O bicheiro Carlos Cachoeira deve se julgado pela Justiça Federal; mas devido a pena pequena imposta pelo Código Penal a crimes desta natureza, logo vai sair da cadeia. Os outros envolvidos não políticos também vão ser julgados pela Justiça Federal, e assim como Cachoeira devem pegar uma pena pequena.

Dizer que uma CPI acaba em pizza é uma ilusão. A CPI só pode julgar os seus membros e tem pouco poder, não pode condenar nenhum parlamentar à prisão e nem a devolver bens adquiridos ilicitamente. Portanto, o melhor julgamento deve ser o do eleitor ao escolher os seus agentes políticos. Nós eleitores precisamos aprender a votar! É bom lembrarmos que este ano temos eleições municipais. Então, vamos escolher bem nossos candidatos!

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 01/06/2012
Reeditado em 06/06/2012
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