A VOLTA DO FILHO PRÓDICO
Oportunista político, e querendo derrubar DILMA ROUSSEF que lidera as pesquisas para presidente nessas eleições de 2010, Serra não mede esforços e nem tampouco o nível de seu escrúpulo e caráter. As ambições de chegar ao poder a todo custo sempre foram a bandeira maior de José Serra. Sua reputação duvidosa de suposto “ católico fiel e religioso” o induz a acreditar na facilidade de usar o nome de Deus em sua sórdida e suja campanha, tudo que ele quer é alcançar o topo do poder e tornar-se hegemônico, isso torna truculento os seus discursos mentirosos. Chega a ser ridículo quando ele fala da educação, quando fala dos aposentados, de plano de carreira para servidores públicos. Ele rasgou o plano de carreira dos professores, pisoteou a Lei quando desrespeitou as datas-base de aumentos salariais para os servidores públicos do Magistério no governo de São Paulo. Sua obsessão pelo poder o persegue, e está sempre clara em sua retórica política a sua obsessão pelo poder. Ele aprendeu bem com ma ditadura. Utilizando de um discurso ULTRA-CONSERVADOR o candidato Serra usa o lema “Deus, Pátria e Família”- mesmo lema dos ditadores do regime de 64. Ele está tentando imprimir na cabeça da população que ele é do BEM e Dilma é do mal. Ingênuo, Serra se esquece que esse velho discurso já está ultrapassado, e que o povo está aprendendo a separar o bom administrador do padre ou do pastor, o povo está aprendendo a separar a política da religião e está começando a enxergar que um falso religioso no poder pode ser bem mais perigoso que um suposto “ateu”, digo suposto, porque, até mesmo um ateu acredita em alguma coisa. Serra é um LOBO travestido de cordeiro, e o seu discurso apelativo para Deus não passa de uma ilusão. Parafraseando o apóstolo Paulo: “na infância política” o povo brasileiro “pensava como menino e agia como menino”, mas agora que o povo se tornou politicamente mais maduro e mais adulto age como adulto, e é por isso que o discurso medíocre de Serra perde o efeito nessa reta final de campanha: o povo não é besta!
Quem é José Serra?
Podemos começar dizendo que esse homem obcecado pelo poder nunca termina seus mandatos, porque seu objetivo e seu foco principal nunca foi governar para o povo, mas chegar ao topo máximo do poder e tornar-se um ditador à moda neoliberal. Por que posso afirmar que o que Serra almeja é apenas o poder?
Primeiro, porque, Serra nunca galgou o poder por sua própria competência, ou seja, sempre precisou de um padrinho político e sempre pegou carona no vácuo de outros candidatos. A primeira vez que conseguiu ser líder do movimento estudantil (de alunos de curso superior), ele colou numa figura importante da época José Carlos Seixas porque sabia que ficaria fácil tornar-se líder, na realidade, Serra nunca foi líder, ele esteve líder por pouco tempo, e estar líder é uma coisa e SER líder é outra. O líder nasce muitas vezes das massas, como Luiz Inácio Lula da Silva. Serra foi fabricado! Voltando ao assunto da época estudantil, Serra sabia que Seixas enquanto presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina e líder da JUC seria o seu trampolim tornar-se presidente da União Estudantil Paulista, a UEE-SP. Seixas, líder da Juventude Universitária Católica tinha o controle da maioria dos centros acadêmicos, e assim, os olhos esbugalhados de Serra cresceu, sem perder tempo chegou a ser presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Mas para chegar a ser presidente do movimento estudantil ele faz o mesmo que fez no passado: faz um discurso maquiado e se encosta em padrinhos empresariais poderosos, principalmente nas concessionárias que se tornaram donas das nossas rodovias (Eco-via e companhias), escolas particulares e empresas privadas. Só o Bradesco liberou para a campanha de Serra 10 milhões de reais.
Há muita diferença entre Serra e Lula. Todo mundo sabe que Lula cresceu naturalmente das massas do ABC, liderando trabalhadores em greve para que fossem garantidos os mínimos direitos que os trabalhadores hoje se orgulham de possuir, direitos que se perderam na gestão de FHC, com a reforma da CLT, feita pelos deputados e senadores, maioria defensora da ideologia neoliberal, não se percebe Lula na barra de um padrinho famoso, mas sua liderança emerge do meio daqueles que oprimidos pelos parasitas do capital só queria sugar o sangue dos operários que ganhavam salários baixíssimos. Qual a diferença entre Lula e Serra? Serra encosta-se em padrinhos, Lula cresce entre operários e se forma em um sindicato. Serra se forma em uma academia onde sempre esteve a nata da elite empresarial brasileira.
A controversa biografia de Serra o leva a cair em descrédito. A sua sina de oportunista o persegue desde a época de Jango. Num episódio já no movimento estudantil Serra teria criticado a esquerda que apoiava João Goulart, e pra quem não conhece a história, é preciso lembrar quem foi João Goulart. Carinhosamente apelidado de Jango pelo povo, Goulart foi aquele que prometeu fazer as tais Reformas de Bases que incluía a educação para todos, reforma urbana e o fim das favelas e a Reforma Agrária. Esta última o derrubou! Claro, um discurso de esquerda desses, de que lado será que Serra ficou...?
Veja só a controvérsia: Serra tentou fazer parte da diretoria do grêmio da Escola Politécnica onde estudou, veja o que fez: só para ser admitido na chapa, Serra declarou ser contra as multinacionais e a favor da Revolução Cubana. É mole ou quer mais?
Não adianta, essas controvérsias do Serra, continuam a fazer dele uma figura frustrada, pois ninguém é tolo para engolir tais controvérsias. Ele diz uma coisa, mas na realidade faz outra. Tudo que ele disse em 1962 contra multinacionais ele demonstrou totalmente o contrário em sua prática política. Serra defende as privatizações, e quando se privatiza, nas mãos de quem o patrimônio público vai cair? Nas mãos de poderosos grupos estrangeiros é claro. Serra nunca foi contra multinacionais! Agora ele diz que é contra as privatizações, mas é só ver o vídeo da entrevista dada por FHC que irá ver que Serra não é confiável.
Acesse http://www.youtube.com/watch?v=grbeuBaY9Kk&feature=player_embedded. Serra foi o que mais defendeu a privatização da Vale e da Ligth.
Serra só quer mesmo o poder, para isso, usa seu discurso de exilado, na verdade, ele fugiu da luta contra a ditadura, ficou foi com medo de morrer e de ser torturado, preferiu fugir a resistir como outros companheiros. Quem resistiu ficou, foi preso, torturado ou morto. Dilma ficou, não fugiu. Serra foi um covardão!
UM DISCURSO QUE É RANÇO DA DITADURA: “Deus, Pátria e Família”
DEUS: é fácil usar o nome DEUS agora para tentar ludibriar os eleitores. O discurso religioso é tão forte na cabeça dos menos instruídos que Marina do Partido Verde conseguiu arrancar 20% dos votos dos brasileiros, isso, entre os protestantes, principalmente depois do discurso da mulher do Serra de que Dilma era a favor do aborto, e por causa dos boatos de que o vice da Dilma é do Mal. É isso que Serra faz. Seu gnóstico discurso tenta imprimir no subconsciente das pessoas a falsa religiosa de que a luta de Serra pelo poder é a luta do “Bem” (ele) contra o “Mal” (Dilma). Para confundir a população Serra vai à Aparecida do Norte e mostra-se um contrito fiel católico. Sua esposa aparece segurando a figura de Nossa Senhora Aparecida, enquanto isso, panfletos para denegrir a imagem de Dilma eram distribuídos entre os fiéis. Serra usa o discurso da fé como uma apelação, porém, no fundo ele sabe que a ala conservadora da Igreja Católica que ajudou os militares a chegarem ao poder em 1964 continua tão forte quanto na época da ditadura, por isso usa no seu discurso Deus, e se ele pudesse, realizaria novamente a famosa “Marcha da Família com Deus pela liberdade” contra o “comunismo”, como foi feito em São Paulo e no Rio pela Igreja a favor dos militares. Se Serra pudesse, retomaria a “Marcha da Família com Deus pela liberdade”, só que desta vez, contra Dilma, acusada pela esposa de Serra de “Comer criancinha” nos indecentes panfletos.
PÁTRIA: os militares para alcançar o poder usou o discurso ufanista de exaltação à pátria. Serra está fazendo o mesmo. Tentando impressionar os eleitores e dizer que o “Vermelho” é perigoso e comunista, o tucano José Serra faz questão de frisar na TV: No Brasil a onda é “Verde e Amarela”. Que ele quer dizer? O mesmo que disseram contra Lula na sua primeira candidatura: o “vermelho” é perigoso, Lula vai mudar a “cor” da nossa bandeira, diziam os tucanos naquela época. Pois bem, o mesmo discurso ufanista volta com a “onda verde e amarela”. Na verdade, esse falso espírito patriótico é defendido por um candidato que tem um projeto político de entregar o patrimônio público a setores privados. Sem pestanejar, Serra entregará a Petrobrás aos estrangeiros, e de tacada também o Pré-Sal descoberto no governo Lula. Fernando Henrique mesmo diz em sua entrevista...
“O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale. Digo isso porque muita gente diz: ‘ah o Serra é um estatista’, não... “.
Serra não é estatista, é privatista!
FAMÍLIA: o discurso ultra conservador que os militares fizeram volta à tona, tudo isso para tentar convencer a população que Serra é um defensor dessa instituição. Por isso ele faz questão de se apresentar com sua esposa ao lado. Sua esposa levantou a polêmica do aborto e acusou Dilma de ser favorável. A esposa de Serra é mal instruída e revela uma grande deficiência intelectual, tem dificuldade em articular as palavras e não consegue desenvolver um discurso. Talvez por sua incompetência intelectual ela é tão submissa e não possui ideias próprias, ela subestima e denigre a inteligência feminina quando tenta denegrir a imagem de uma mulher que se encontra à frente de seu tempo como Dilma Roussef. A ignorância e o analfabetismo político de esposa de Serra mostra que outras mulheres evoluíram para competir de igual pra igual com os homens, porém, essa senhora ficou pra trás. É por isso que alguns estão comparando Dilma com grandes mulheres da História: Anita Garibaldi, Olga e outras.
Serra pode evocar o discurso “verde e amarelo”, utilizar discursos da época da ditadura da qual fugiu, pode dar uma de patriota ardoroso e ufanista, pode apelar para a religião e dizer que vai governar em defesa da família, povo seu José agora sabe votar e separar a política e a religião, o padre e o pastor do bom administrador. O povo sabe que embora haja a defesa constitucional da liberdade religiosa, a Constituição é LAICA, e que política se discute fora dos púlpitos das igrejas. Igrejas são locais de adoração à Deus. Política se faz nas “Pólis” e não dentro em Acrópole. E por mais que se apele ao discurso religioso, são os homens que votam e não os anjos, portanto, pode espernear seu “Zé”...
É Dilma!