TRIBUTO A HONESTIDADE
José Ribeiro de Oliveira
E pensar que todas essas desgraças sociais ocorrem tão somente pela ausência da Honestidade!?
E o que seria a honestidade? Uma qualidade, um atributo, uma forma de conduta, um comportamento, uma postura ou uma virtude? Certo é que só podemos exigí-la do ser humano.
Como qualidade não poderíamos entender, vez que a racionalidade humana é incompatível com a desonestidade, sob todos os aspectos da vida em sociedade, até mesmo no campo da espiritualidade e da religiosidade, onde a honestidade é o próprio elicerce.
Se entendermos que a honestidade é um atributo estamos conceituando-a como uma coisa personalizada, uma qualidade particular de pessoa determinada, uma espécie de propriedade, um bem do próprio sujeito.
Da mesma maneira não nos parece correto dizer que a honestidade é uma forma de conduta, um comportamento ou uma postura, pois estas significam apenas formas pelas quais a honestidade se materializa.
Então podemos dizer que a honestidade é uma virtude. Sim, a honestidade é uma virtude, que tem como ingredientes os princípios da moral, da ética, da confiança e da retidão; e se manifesta com o habitual comportamento que transmite bondade, sensibilidade, justeza e sentimento de alto grau humanitário.
De notar que mesmo sendo inerente ao ser humano e um fator componente da racionalidade, nem todas as pessoas são honestas. Também é correto dizer que nem todas as pessoas são virtuosas. Portanto, infelizmente, ser honesto não é regra, mas exceção.
Como uma virtude, a honestidade deve conviver com o indivíduo e ser exercitada em todos os sues gestos, atitudes e ações. A honestidade deve ser manifestada pela conduta justa, séria e sincera, para que gere respeitabilidade e eficácia plena nas relações interpessoais.
A honestidade demonstra honradez, postura, o comportamento social ideal e sustentáculo da boa índole; a proteção espiritual que se transforma em barreira de segurança ao indivíduo e não permite macular sua alma.
A honestidade gera no ser humano a satisfação plena de existir e de ser útil aos outros. Promove maior contemplação ao ato de dar do que ao de receber. A honestidade revela o ser humano com semelhança ao seu criador.
A honestidade conduz a nobreza na alma e a humildade no coração.
A honestidade é a maior das virtudes do homem, pois somente aquele que é honesto ama verdadeiramente, não deseja aos outros o que não quer para si, não deseja e nem pleiteia o direito que não lhe pertence; não se esquiva na solidariedade e compreende os sentimentos, as fragilidade, as diferenças e as fraquezas de um semelhante.
Quando está presente a honestidade, todas as boas qualidades e as outras virtudes humanas se convergem para ela, tornando-se um corpo uno e cercado da honradez, da integridade moral e ética, da probidade, da dignidade e tantos outros fatores que constituem um ser humano com a consciência de cidadão, e nas suas relações com o outro, o faz prescindir do ordenamento jurídico positivado.
Por isso acho que a honestidade deve ser um elemento intrínseco no ser humano, um princípio de vida; um verdadeiro modo de ser.
Que bom seria se todos nós tivéssemos a virtude da honestidade! Certamente não estaríamos vivendo estas angústias que a todos atormenta e torna a nossa sociedade um ambiente de permanente conflito.
O comportamento individual e as ações pessoais também são grandes contribuições que se pode prestar à sociedade e à humanidade. A honestidade, por si só é uma grande contribuição social. Por sorte nossa, ela ainda vive entre nós, nas atitudes dos homens de mulheres de bem, nas expectativas dos otimistas, nos gestos de solidariedade das pessoas anônimas, como ingrediente essencial dos que têm esperanças, no sentimento das pessoas que amam etc.
Imagine um homem honesto chegando no meio de pessoas que não possuem esta virtude? Sua presença é como um reflexo de luz que passa e a todos envolve. Mesmo que os outros não queiram, sentirão a sua presença, o seu carisma, a sua força, a sua postura; e ainda que não copiem, por mera fraqueza de espírito, não conseguirão esconder a enorme admiração que sentem, e lá no fundo do seu impulsionador sanguinio dirão: quisera eu ser assim.
Seja então honesto, primeiramente consigo mesmo, a seguir, com sua família, com seus amigos, com a sociedade, com sua pátria; seja honesto com Deus e nunca tente fugir aos olhos do Pai, pois ele te verá pelos teus próprios olhos. Então demos viva à honestidade! viva a honestidade! viva a honestidade!
José Ribeiro de Oliveira
Delegado de Polícia, Imperatriz/MA.
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