Temos que aprender a votar

O dia 03 de abril próximo passado foi a data limite para a desincompatibilização, em que agentes políticos do poder executivo que vão se candidatar nas próximas eleições deixassem os seus cargos. Obedecendo a legislação eleitoral, 10 ministros e 08 governadores entregaram os seus postos. Dentre eles, a ministra da casa civil Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência, e o governador de São Paulo José Serra, que será candidato à presidência pelo PSDB. Muitos prefeitos também entregaram os seus cargos. Em Goiás, o ex-prefeito Íris Rezende Machado será candidato a governador pelo PMDB.

No dia 03 de outubro todos os brasileiros aptos a votar, cerca de 130 milhões terão de comparecer às urnas. O voto será opcional para os maiores de 16 e menores de 18 anos e maiores de 65 anos. Serão escolhidos o presidente da república, os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal, 54 senadores, deputados estaduais, federais e distritais.

Pelé, o maior jogador de futebol da história e polêmico em suas frases, disse certa vez que brasileiro não sabe votar. Foi muito criticado na época. Mas Pelé estava certo; não sabemos votar e nem nos lembramos dos nomes dos candidatos que votamos na eleição anterior. E também não cobramos ações dos candidatos eleitos, que por não serem cobrados passam o tempo viajando.

Temos que aprender a votar, isto é, sabermos escolher os nossos representantes políticos; não podemos votar em qualquer um. Não podemos vender o nosso voto. Temos que observar em quem estamos votando, porque o voto não volta e vale por 04 anos e até 08 anos para o cargo de senador. Para um candidato eleito perder o cargo é muito difícil, há muita burocracia. Por isso muitos políticos corruptos e incompetentes persistem no poder.

O certo é não votarmos em candidato que não tem uma trajetória política convincente. Votar em candidatos que não conhecemos é um risco, porque muitos só aparecem na hora de pedir votos. Se não conhecemos o candidato, temos que passar a conhecê-lo, saber da sua vida pregressa. Se o político que escolhermos não fazer um bom trabalho, que pelo menos guardemos o seu nome para a próxima vez votarmos em outro. Só assim estaremos excluindo os maus políticos.

Alguns candidatos usam todos os meios ilegais e tecnológicos para se elegerem além da sedução de eleitores, como manipular resultados e expedir títulos eleitorais. Há propaganda enganosa, armação e difamação contra oponentes, compra de votos, uso da máquina administrativa. Nas últimas eleições os crimes políticos aumentaram, e muitos candidatos eleitos foram cassados. A legislação eleitoral está mais rigorosa. A Justiça Eleitoral também está mais atenta. E nós eleitores, precisamos fazer a nossa parte, isto é, votarmos num candidato justo.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 18/04/2010
Reeditado em 01/10/2010
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