Caminhando e Assoviando!

Tinha 1 Microfone Aberto...

O Corona está por aí,

Matando e amedrontado,

Saio para balada,

Porque sei que lá,

Ronco a cuica,

Bato pandeiro,

Danço funk desembolado,

Estou imunizado.

Pare de ler,

Vêm pra cá,

Fazer parte da confraria,

Você também,

Vêm!

Detesto trabalho,

Rótulos de cerveja,

À boa doce erva,

Conheço todas cartas do baralho,

Vejo tudo, baforo uns e tomo todas,

Sem o menor embaraço.

Com receio do fedor no bafo,

Giló, cebola, milho, pepino, pimentão,

Nada, nada,

Nem a pobreza do repolho com molho,

Minha mãe tempera com alho.

Aos que me julgar,

Chamando-me de vagabundo,

Sustentado pelos pais,

Lanço pedras,

Na cara não olho mais.

Perdeu o amigo de longos papos,

Cervejada no happy hour,

Filosofia que fala, critica, questiona tudo,

Nas rodadas do baseado,

Que não permite fascista,

Infiltrado.

Processado será,

E nos tribunais da justiça,

Responderá pelo ato difamatório,

Confundir um progressista estudante,

Desse povo despreparado politicamente,

Cozidos na preguiça,

Que se vende por pinga,

Valor de 600 reais.

No coreto da praça,

Tinha um microfone aberto,

O qual o discursante falava verdades da vida d'outros,

Esquecia da sua,

Por pura safadeza, linguarudice,

Olhos de abutre,

Sem pudor,

A cor púrpura da pirraça.

P.S.: sem fios, amarras e meandros,

Finalizando o discurso reto,

Já e sem desvios,

claro que o problema é vosso e Eu posso ser processado, mas indiferente à crença, credo, raça, etnia, status quo, vagabundo preguiçoso, que não lava a cueca,

Calcinha e nem o prato que come,

certamente o nobre leitor tem um,

ou vários consigo,

debaixo do mesmo teto.

A(mar-li)mentar vagabundos, é lei federal constitucionalizada!

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 11/07/2020
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