Pra onde vou?
NOTA DO ESCRITOR:
“SEI QUE NÃO TENHO, NÃO GUARDO E NÃO DIRECIONO BEM, UMA NARRATIVA ESCORREITA COM UM LAPIDADO APORTUGUESAMENTO DA ESCRITA, OU UMA ESTÉTICA FORMA EMBELEZADA DO DIZER GRAFANDO NO PAPEL AS MINHAS IDEIAS, MAS CREIO ESFORÇAR-ME PARA TRAZER AO LEITOR UM POUCO DO QUE ACHO QUE SERIA CABAL, EMITIR PARECERES SOBRE SITUAÇÕES VIVIDAS E/ OU VIVENCIAS, NO INTUITO MAIOR DE EXTERIORIZAR UM POUCO DA VISÃO QUE TENHO EM RELAÇÃO AO HABITÁVEL MUDO QUE ME SUSTENTA E ME ASSUSTA”.
Sei onde estou agora, nesse exato momento, sei o que desejo o que espero acontecer, o que almejo para minha vida, sei até o que devo fazer para viver em paz: Obedecer a Deus, cuidar do corpo e da mente, zelar pela família, tratar bem as pessoas, sem cortês, fino, educado, incentivador, saber ouvir, trabalhar em harmonia com todos ao meu redor, viver com esperança de que um dia tornar-me-ei mais útil para o mundo e partilhar momentos agradáveis com todos, deixando cada um com seus desígnios de pensamentos gestos e ações.
Aconselhar, somente quando solicitado, pois, cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é parafraseando o poeta baiano nessa sua composição tão rica (Caetano Veloso). Quando pequenos nós entregamos aos acontecimentos da vida de “corpo e alma”, é lindo ver a curiosidade e a ingenuidade de uma criança diante de um fato novo, qualquer novidade que seja. Eles acreditam que os pais e os “maiores” podem tudo! (fonte revistae.org)
O momento é agora, o instante é já a decisão precisa ser tomada e só você (Ninguém melhor do que você) para seguir o seu caminho. Chegará um momento em que você dirá: E AGORA? Por onde ir, o que fazer. Tome a decisão mais sábia que não fira teus preceitos e conceitos adquiridos ao longo do vosso existir. Voce pode ser bom para todo o mundo, mas seja o melhor para você mesmo, pois elogios por vezes, são levados pelo vento e não reverberam pois o momento foi num agora, e o instante JAZ.
Todos nós lutamos para ser lembrados, e até nos esforçamos sempre dando o nosso melhor, todavia, seremos esquecidos com a mesma velocidade de uma efêmera lembrança.
Como se achar em meio aos caminhos expostos, qual a melhor direção a escolher, porque tantas duvidas se fazem presentes se nem mesmo no passado eu as tinha como preocupação? “Falar de mim é fácil, difícil é ser eu”. Esse adágio tão comum, sempre me acompanhou e por isso acredito que tenha me tornado mais cauteloso. Hoje, (devido às experiências, ou influências vividas) o acelerador que me impulsionava está mais distante do meu pé, mas o freio se aproximou mais deste, como opção sábia e cautelosa face ao que já tive o privilégio de viver. Até aqui, pude peneirar várias fases da minha vida e simplesmente (para me achar) me perdi de tantos, me afastei de alguns e me libertei de vários que fui percebendo que na equação da minha vida, não davam o mesmo resultado na somatória do meu existir.
As quedas nos impulsionam. Como assim? Exatamente isso: AS QUEDAS NOS IMPULSIONAM. Elas servem para nos dar a visão do próximo passo, buscando um torrão mais íngreme (e não deslizante) para caminhar com mais segurança. Várias indagações perpetuam em minha mente, tais quais como: Nas mãos de quem devo buscar amparo, em qual sorriso devo acreditar, por quem clamarei quando no deserto da solidão do meu existir, eu tiver que gritar?
“Sei onde estou agora, nesse exato momento, sei o que desejo o que espero acontecer, o que almejo para minha vida, mas só não sei onde meus passos me levarão. Posso até dormir, sem ter tempo para acordar, mas antes de adormecer, preciso entregar Minh ‘alma a quem dela sempre cuidou mesmo antes do meu existir.
Para onde vou, se não tiver a certeza desse amparo como consolidação real da minha vida?
O que farei se ao invés de buscar essa força protetiva tão superior a tudo e a todos, eu continuar cercado dos risos e dos abraços de muitos que nunca de fato se importaram comigo?
Porque renegar a aproximação com Este que é o Detentor da minha vida, e quem em pouco ou em quase nada faço para lhe retribuir tamanho cuidado e zelo?
Onde estou eu sei. Para onde vou, somente Deus sabe. O que restará de mim, dos meus atos, gestos, atitudes, ações que me levaram a muitos caminhos da busca incessante de se estar inserido nesse contexto humano de vida em que ações e reações multiplicam-se em cada instante desse viver terreno? Como entender a vasta existência humana se não expormos de forma honesta as nossas visões de mundo?
Aqui é um plano de vida passageiro onde temos a obrigação de inserção nesse mundo com turbado e cheio de coisas diversas onde a inclinação para o bem ou para o mal está ao alcance das nossas mãos, a poucos metros dos nossos olhos. Dos nossos desejos, dos nossos ímpetos, das vontades mais trancadas que habitam no pulsar de cada coração.
Queremos muito sem nada oferecermos, lutamos para conquistar bens materiais, prazeres, luxos, posses, frequentar as mais belas festas da sociedade que vivem brindando a vida mas esquecem dos ice Berg nos mares revoltos do existir, por estarem cegos no Titanic das sua conquistas e dos valores acumulados que não lhes servirão para nada no dia do adormecer eterno.
O que lucraremos com tudo isso ao alimentarmos os nossos prazeres ocultos, se tudo será arrastado de nós como o tsunami da compensação desses e de outros tantos atos que guardamos e por vezes os exibimos para que vejam que temos PODER para fazê-lo?
O mundo da fantasia e das coisas tão mundanas fez com que a humanidade acreditasse que (sem exceção) tenhamos a atenção despertada por papeis de embrulho de presentes que são ofertados, ou seja: Coloridos, com laços bem feitos ornando desde o involucro até a abertura da caixa (ou do pacote, do envelope) que guarda ou traz uma surpresa agradável que fará o coração saltitar de alegria. Os laços do inimigo agem exatamente assim. Te atrai para as armadilhas te mostrando apenas as coisas belas que você poderá obter. O enfeite é lindo, mas o presente pode não ser agradável. E nunca será, pois tudo aquilo que vem fácil, acaba virando vício para aprisionar quem o recebe.
E você, (propositadamente faço um brusco parêntese aqui só para que você faça uma rápida autoanalise da sua vida) ONDE VOCE ESTÁ AGORA?
Voce está fazendo tudo para merecer saber para onde vai, ou os presentes da vida que tanto massageiam o teu ego alimentam em ti a ânsia possessiva em adquiri-los sem se importar de quais mãos venham?
Porque as pessoas ao nosso redor querem que você seja aquilo que agrade a elas, façam tudo aquilo que elas gostem, tenham os mesmos gostos (Sem nunca pensar em divergir) tenham a mesma opinião?
Não. Definitivamente isso não é amizade, é alienação.
Isso não é companheirismo, é egoísmo seguido de fraqueza espiritual para tentar persuadi-lo a seguir sempre os mesmos caminhos que elas acreditam ser os melhores, somente porque seguem a cartilha daqueles que acham que Deus, família, religião, bons costumes, honestidade, felicidade são apenas palavras pronunciadas por sonhadores e/ou conservadores de uma fatídica vida que não levará ninguém a nada.
Vou falar um pouco de mim, perdoe-me por atrever-me fazê-lo, mas a intensão é tentar descrever um pouco do que acreditei que existisse.
Eu abracei tantas pessoas, alegrava-me ouvir elogios que me deixavam mais alto do que sou, (rss) acreditei em muitos pensando que o mundo a seguir seria aquele que a mim estava sendo apresentado. Eu também tinha que aprender mentir, fingir, tecer elogios que não eram de fato a minha realidade. Fui canalha? Não! Tem pessoas que adoram ser elogiadas, bajuladas, mas quando chegam em casa se olham no espelho e é aí que a verdadeira máscara é revelada quando se perguntam: O QUE ESTOU FAZENDO DA MINHA VIDA?
Sentindo-se só, nota que todo aquele glamour é falso, transitório e não faz o menor sentido. Eu já vivi isso, fui obrigado pois foi assim(e de certa forma agradeço) que eu consegui entender o que existe por trás da pele humana, do riso largo, do abraço apertado com os famosos tapas nas costas e palavras ditas ao pé do ouvido como sendo as mais sinceras do mundo.
Engoli muito sapo, vomitei pererecas e aranhas, mas tudo isso foi para poder reunir em meu cerebelo, a tese de que: TODO ELOGIO DEVE SER RECEBIDO SIM, MAS COM CAUTELA COMPREENSIVA DE QUE NÃO SEJA MAIS UM, A QUERER TIRAR DE TI, O QUE AQUILO DE POUCO TE RESTOU.
Existem sim, os sugadores de energias, aqueles que descarregam tuas baterias com cargas negativas tão fortes, que se você não estiver amparado na crença protetiva de uma carga mais positiva, você descarrega e não dá mais sinal de partida.
Ampare-se nas mãos dAquele que te ampara, e aqui repito o que citei anteriormente:
“Porque renegar a aproximação com Este que é o Detentor da minha vida, e quem em pouco ou em quase nada faço para lhe retribuir tamanho cuidado e zelo?”
Eu tenho medo de todos e até mesmo de mim. Por isso, volta e meia, dou meia volta e volto para o meu mundo onde o meu eu luta para não cair nos laços dos passarinheiros, dos pervertidos, daqueles que querem te ver na lona e ao entender assim, eu sei (E TÃO SOMENTE EU SEI) que tenho a certeza de agir corretamente em respeito aos meus mais prestimosos princípios de vida herdado pela experiência que se faz presente nesse meu viver, pelos tempos nos quais fui moldado pelo meu proprio tempo e pela vida quando: Me perdi de tantos, me afastei de alguns e me libertei de vários. Esse é um verdadeiro poder analítico que cada cidadão tem o direito de fazê-lo, para saber se está vivendo de acordos seus princípios.
Preciso sim de amigos, posto que, ninguém vive só. Porém, sou igual comprador de frutas, que aprende selecionar as que mais terão aceites no mercado e no gosto de quem realmente aprecia aquela fruta produzida.
No mais, é seguir buscando entender a capacidade dos metamorfosicos seres humanos paridos pela vida, num ato de concupiscência (ABORTIVA OU NÃO) desse conturbado mundo de incompreensões alusivas a cada ser que aqui por enquanto ainda habitam.
Sei onde estou agora. Amanhã...
Carlos Silva
(*) Sei que poucos leem textos longos, mas provoco e mando mais esse. A quem fizer a leitura, lhe serei agradecido, mas só se lhe aprouver o teor da minha narrativa