Corações Paladinos
Si vis pacem, para bellum é um provérbio em latim. Traduzido como "se quer paz, prepare-se para a guerra".
Quando há guerra, lembram de sangue esparramado em poças. Na presença de sangue esparramado em poças, lembram da paz. Em paz, de nada se lembram.
Diante de tal verdade, lembro-vos que isso são Coisas do Coração humano, óbvio! Por que coraçãozinho de frango é servido mal, ao ponto ou bem passado no espetinho, no churrasco familiar.
Fato que deveras, não causa a dor de guerra ao frango ou à franga, ao galo ou à galinha, o qual um dia cada coraçãozinho do espetinho bateu e pulsou sangue, por quem o possuía.
Em certas circunstâncias, de posse de um vaso cheio de bebida fermentada / alcoólica e um bom charuto, churrasco em família é guerra pacífica. Paz entre os familiares; e para os animais mortos que proporcionam o banquete, guerra não declarada.
Novamente, coisas do coração humano, óbvio! A saber, gente humana antropofágica aniquila, criva de bala, espeta e come corações, qualquer; mas jamais aceita espetar o seu. A mente possuidora do coração, justifica dizendo que o seu, além de ser apenas um, é por demais frágil e carregado de sentimento.
Salve, salve as esfarrapadas justificativas, injustificáveis, dos corações (pa)ladinos.
Ajuntamento
Quando a Pandemia atinge todos os continentes, todos os povos, tal qual pássaros em revoadas e certas espécies de animais, voltam e refugiam-se nos vossos ninhos e tendas; pois, o momento não é para isolamento, mas sim, para ajuntamento.
Em tempos de virtualismo nos lares, por mais Pandemia mundial, até para reforçar o laço familiar consanguíneo; afinal, o mundo foi construído por mutirões de homens pacíficos, altruístas e operosos que gozavam de boa saúde física e mental.
Ademais, verdade é que o fraternismo empático, desprendido, puritano, não é para qualquer coração. Pois, os corações dos homens que construíram o mundo transformavam sentimentos em solidariedade.