Alfabeto fonético

Um alfabeto fonético é um sistema de notação gráfica de sons, constituídos de símbolos e convenções que representam os sons [36]. Nesses sistemas, têm-se o cuidado para que cada som seja representado por um e um só símbolo e que cada símbolo do alfabeto represente um único som da língua. Por exemplo, o símbolo representa casos como zangado, exame e peso.
Apesar de parecer simples, esta forma de notação contrasta com a relação entre fonemas-grafemas descrita anteriormente, fazendo necessário um tratamento especial para casos como o dos dígrafos, onde um único som pode ser representado por uma combinação de grafemas.

O International Phonetic Alphabet (IPA) - Alfabeto Fonético Internacional - é um sistema de notação que começou a ser desenvolvido pela Associação Fonética Internacional, no final do século XIX, com o objetivo de descrever os sons do idioma falado. O IPA ainda guarda as informações referentes às posições e comportamentos dos órgãos articulatórios (posição da língua, abertura/fechamento da úvula, etc.)  no momento em que determinado som é produzido. O IPA também define que a silaba tônica de uma palavra deve ser especificada com o símbolo <’>.

O Speech Assessment Methods Phonetic Alphabet (SAMPA) - Alfabeto Fonético dos Métodos de Avaliação da Fala - é um alfabeto fonético baseado no IPA que usa caracteres ASCII de 7 bits. Começou a ser desenvolvido no final da d´década de 1980 pelo projeto ESPIRIT, com o objetivo de facilitar o processamento de intercâmbio de dados das transcrições na tecnologia da fonética e do discurso. Em sua primeira versão, continha apenas línguas presentes na comunidade europeia como o alemão e o francês, num total de seis idiomas. Em 1993, o português, o grego e o espanhol foram acrescidos ao dicionário que hoje acumula todos os sons de aproximadamente 26 idiomas.

Referências

HOLMES, J. N.; HOLMES, W. J. Speech synthesis and recognition. T & F STM, 2001.

WELLS, J. C., 1997. SAMPA computer readable phonetic alphabet. In: GIBBON, D.; MOORE, R.; WINSKI, R. (Ed.), 1997. Handbook of Standards and Resources for Spoken Language Systems. Berlin and New York: Mouton de Gruyter. Part IV, section B. Disponível em: https://www.phon.ucl.ac.uk/home/sampa/index.html. Acesso em: 20 jun. 2017.
 
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PROPOSTA DA PROFESSORA LANA MARA RODRIGUES REGO VARIZO TAVARES
 
Leia o texto de Jô Soares, reproduzido a seguir:
 
"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala" (Jô Soares. Revista "Veja" - 28.11.90)
 
"Pois é. U purtuguêis é muito faciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamente cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabi iscrevê."

No texto de Jô Soares, percebemos que ele, propositadamente, escreve como fala. Com base nos conteúdos abordados nas aulas 1, 2 e 3, produza um parágrafo, com no máximo 12 linhas,  discutindo a importância do alfabeto fonético, sistema de transcrição dos sons da fala. Não deixe de incluir, em sua discussão, a relação entre fala e escrita e a falta de correspondência entre letra e fonema.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 21/06/2020
Reeditado em 26/10/2020
Código do texto: T6984335
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