TREM DE FERRO - poesia infantil



MANUEL BANDEIRA
Manuel Bandeira

Nasceu a 19 Abril 1886
(Recife, Pernambuco, Brasil)
Morreu em 13 Outubro 1968
(Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil)
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. 

Manuel Bandeira, em seu livro “Estrela da Manhã” - consta o poema, ora em pauta. 


Leia,  junto à versão musicada de Tom Jobim - Espetacular!

https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=YylaXbvEGJs&feature=emb_logo


 

TREM DE FERRO

Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria o que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa fumaça
corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo na fornalha
que preciso
Muito força
Muita força
Muita força

Aô ...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De inagaseira
Debruçada
No riacho
Que vontade de cantar

Aô ...
Quando me prendera
No canaviá
Cada pé de cana
Era um ofício
Aô ...
Menina bonita
Do vestido verde
Me da sua boca
Pra mata minha sede
Aô ...
Vou mimbara vou mimbara
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricirri

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente .


 
“Café com pão, café com pão, café com pão… Virje Maria, que foi isso maquinista?” Quem não se lembra do poema “Trem de Ferro“, de Manuel Bandeira, presente no livro “Estrela da Manhã”?
 Você deve se lembrar deste poema graças a leitura obrigatória da escola, ou por o livro está presente em alguma lista de faculdade ou apenas pelo inconsciente popular. Quando eu era criança, cantarolava o poema sem nem imaginar que se tratava de uma obra de Manuel Bandeira.
O poema não dá conta de dizer que pão é esse, mas provavelmente era o que as spessoas levavam para se alimentar durante o trajeto de trem, e para se alaimentarem no trabalho, para onde provavelmente estavam sendo levados, pelo trem. 
Comidas mais sofisticadas costumam eazedar com mais facilidade, então provavelmente o alimento mais adequado, o pão com queijo, e café, tão tipicamente brasileiro, fazia a alegria das pessoas, enquanto, viam a natureza passar, deixando tudo pra trás., como nos relata tão lindamente, e simplesmente, o poema de Manuel Bandeira - tipicamente brasileiro, com certeza.  Pode faltar macarrão, caviar, leite - mas pão, café e água, nunca faltou nesse nosso Breasilsão... E pão, vamos e convenhamos, num momento de grande forme, não precisamos de nada melhor...
😉
É engraçado como eu recebi a lembrança dessa obra, hoje – :

{
17/12/2019 09:02
Oi, bom dia! Tua poesia me lembra de um poema do meu tempo de menina, na escola... 'passa boi, passa boiada, passa galho de ingazeiro...' / Hummm... vou pesquisar; grata pelo 'tema' rs Bom dia, cheio de amor, justiça e alegria. Deus é fiel! Amemos!
Para o texto: O apito (T6820875)
De: Versentir  }


poema “Trem de Ferro” é sensacional pelo jeito como ele foi montado.  As palavras vão dando a sonoridade que um trem de ferro faria ao começar a andar.
Esta imitação sonora de um trem em movimento é incrível e marcada pelo número de sílabas das palavras. Por exemplo, quando ele está em alta velocidade, as palavras têm três sílabas, quando está com pouca velocidade, há duas sílabas.Dá para você perceber isso na versão musicada feito por 
Tom Jobim. Ouve aqui embaixo: 


https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=YylaXbvEGJs&feature=emb_logo

VIAJANDO DE TREM COM CHUVA
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