Um Brasileiro do Rio Grande Do Sul.
Missão comprida deste grande herói: Um Brasileiro de Verdade.
Recostado ao tronco de uma árvore estava o grande herói, o velho gaúcho depois de tantos anos vividos nestas terras que ele diz abençoada por Deus, agora se encontra em momento de despedida, é chegado a hora; Ele que tanto prestou seus serviços nesta estância sulista.
A sua jornada de trabalho começava logo pela manhã, não havia clima que o fizesse desistir de seu compromisso com o seu trabalho, o frio castigava a pele deste seu corpo malhado pelos trabalhos incessante de tantos dias de duras labutas pelos campos.
O dia ainda estava para nascer, o vento gelado batia forte no rosto descoberto, o galope veloz do cavalo troteando em direção dos pagos em busca das reses rebelde e bravia que relutava em não tomar o caminho de volta ao retiro.
Foram tantas aventuras neste longo dos tempos que ele não conseguia acomodar todas em suas memórias, as mais marcantes ficaram impressas em suas recordações, tudo passavam em sua mente como se fosse um filme reprisando seus momentos de aventuras vividas por todo anos nestas estâncias do sul.
Tudo que ele agora revia em suas retrospectivas era o que retratava horas de grande alegria com seus companheiros de aventura em seus trabalhos ou em momentos de diversões em seus fins de semanas nas festas tradicionais oferecidos aos sulistas em descansos merecedores pelas grandes tarefas executadas, por estes grandes homens, que durante todos os dias dedicou seu ofício nesta vida de intensa atividade em lida de campo dedicado a sua missão de criar seus animais; assim como gados de engordas, leiteiros, cavalos de montarias e até os das espécies muares.
Desbravavam aqueles prados sem fins já se sentia exaustos, já estava ciente que suas forças não obedeciam mais os seus comandos, sentia que já estava na hora de desistir destas longas jornadas de trabalhos.
Ele, com seu cavalo já cansado, com o pelo molhado de suor, borrifando as narinas com desaceleração dos passos e pedia um momento para desfazer o cansaço tal qual seu cavaleiro ambos enfadonhos exalto se se encontravam em mesma situação.
O gaúcho velho por sorte desta vez não estava só, seu filho moço o acompanhava nestas cavalgadas por estes campos de infinitas pastagens, ele contava com um ótimo companheiro e ajudante além de bom filho que associava aos seus grandes dever de trabalhadores destas lidas.
Aquele forte homem, mas vivendo sua exaustão, por continuadas e repetitivas atividades campeiras se encontra no liminar de sua vida, suas pernas resistentes que tanto o sustentou, agora se encontra em fase de impotência sem qualquer resistência para lhes sustentarem de pé, ao apear do cavalo; seu fiel companheiro sentiu que algo transformava seu corpo de tantas marcas e de tantas batalhas vividas. Pôs-se ao chão com muita dificuldade tal era a gravidade que se encontrava neste instante, dirigiu-se até uma grande árvore que se encontrava bem ali próximo, encostou suas costas no tronco e por alguns minutos sentia que não havia mais possibilidade de seguir em frente, sua história estava encerrando ali naquele momento.
Aquele valente guerreiro relutava em continuar respirando, insistia em querer viver, seu filho que estava na mesma trilha e havia ficado para trás já estava aproximando e mal pode presenciar os derradeiros minutos de vida de seu grande herói e companheiro; pai que nesta hora tão sofrida estaria se despedindo definitivamente deste mundo em que viveu com tantos momentos de glórias.
O jovem nada pode fazer para conter esta fatalidade, se conformou e ficou ciente que seu sofrimento pela perca de seu querido pai seria inevitável e que um dia aconteceria com certeza.
(Autor Antonio Herrero Portilho)